Raquel Nunes teve um grande desafio em 2006, quando interpretou Iolanda na novela Prova de Amor. Sua personagem tinha a responsabilidade de tratar o tema das crianças desaparecidas e das mães que não desistem de buscar o reencontro.
Em entrevista ao R7, a atriz diz que não se esquece da repercussão da novela.
— Lembro perfeitamente de tudo! De todos os momentos que passei lá. Foi uma novela linda, leve e com conteúdo inteligente, algo que precisamos muito hoje em dia. A repercussão foi ótima, começando pela audiência altíssima, na época. E o que as pessoas mais falavam da minha personagem foi da cena em que ela reencontra a filha, que havia sido sequestrada. Ponto alto da trama do sequestro e que todos estavam ansiosos para ver. A cena foi muito emocionante! Inesquecível!
Prova de Amor volta a ser exibida na Record nesta segunda-feira (27), às 14h45. Ao mesmo tempo em que será vista bem novinha nas telinhas, Raquel está em cartaz no teatro com o espetáculo Toda Donzela Tem um Pai que É Uma Fera.
Uma curiosidade é que a atriz divide o palco com André Segatti, o vilão Gerião de Prova de Amor.
R7 – Como foi viver Iolanda em Prova de Amor?
Raquel Nunes – Na época, eu ainda não era mãe e eu já chegava na novela para gravar a minha primeira cena, de muita emoção, em que ela chorava num programa de TV, dando depoimento e pedindo para os telespectadores ajudarem se a vissem. Tentei imaginar a dor de uma mãe naquela situação e trazer aquilo forte para dentro de mim. Assisti muito a depoimentos de mães de crianças desaparecidas, que me deram uma base boa. Foi muito intenso e prazeroso viver aquela personagem. Agradeço e sempre vou agradecer ao autor, Tiago Santiago, e ao diretor, Alexandre Avancini, pela oportunidade de vivê-la.
R7 - Você se tornou mãe pela primeira vez anos depois. A maternidade te faria mudar alguma coisa na personagem ou acha que conseguiu captar bem a essência da Iolanda?
Raquel Nunes – Acho que consegui dar conta do recado. Só acho que se eu já fosse mãe teria me facilitado para chegar mais rapidamente a certas emoções.
R7 - Depois que você virou mãe, mudou alguma coisa na forma como você encara o ofício do ator?
Raquel Nunes - Sim, tudo! A responsabilidade de ter um trabalho, de precisar trabalhar, aumentou significativamente. Me deu mais garra, mais empenho nas minhas personagens e mais força. E sorte também [risos].
R7 - Você está em cartaz com Toda Donzela Tem Um Pai que é uma Fera. Você gosta de fazer humor?
Raquel Nunes - Sim, estava com saudades de fazer humor! É uma delícia vivenciar um texto inteligente e engraçado por si só, com as situações engraçadas e ouvir as risadas do público, senti-lo se deliciando naquele momento. E o mais importante, saber que todos saem dali leves, com o coração alegre, esquecendo um pouco dos problemas e coisas ruins da vida. Essa é um pouco a função do humor. É gratificante e também difícil de fazer, não é fácil. Tem seu grau de dificuldade. Existe na comédia o tempo certo, a combinação certa para fazer rir. Se fizer um pouquinho diferente, já perde a piada.
R7 - Que tipo de personagem gostaria de fazer e que não teve a oportunidade ao longo da carreira?
Raquel Nunes - Uma louca, uma vilã.
Toda Donzela Tem um Pai que É Uma Fera
Quando: Sextas e sábados, 21h30, domingos, 20h. Até o dia 30 de agosto
Onde: Teatro Fashion Mall (Estrada da Gávea, 899, São Conrado, Rio de Janeiro. Telefone: 0/xx/21 2422-9800)
Quanto: R$ 90 a R$ 70
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 90 minutos
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