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CeeLo Green: 'Quero todos no palco comigo quando eu voltar ao Brasil'

Em entrevista ao R7, artista falou sobre o processo de criação de novo álbum 'CeeLo Green is... Thomas Callaway', amor e vinda ao país pós-pandemia

Música|Gabriela Piva, do R7*

CeeLo Green, conhecido por músicas como Crazy ou Fuck You, lançou recentemente o álbum CeeLo Green… Is Thomas Callaway com 12 músicas inéditas. Os singles do disco que ganharam destaque até agora foram Doing It All Together e Lead Me.

CeeLo não tinha planos de lançar uma obra na pandemia da covid-19, mas disse que "encontrou uma saída" para trabalhar. Ele também frisou que "quer ser conhecido por quem ele é", em vez de ser famoso "por uma coisa ou outra".

O artista conversou com o R7 para falar mais sobre a produção do álbum, que contou com participações de Dan Auerbach, do The Black Keys, e a influência da cidade natal do artista, Atlanta, nos Estados Unidos. Confira a entrevista

R7 – Como tem sido a quarentena? Você está passando mais tempo com seu filho?

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CeeLo Green – Eu acho que está "tudo bem", é um momento ambíguo, sabe? Devido às circunstâncias. Estou aproveitando para ficar com a família. Meu filho está sentado do meu lado agora, inclusive.

R7 – Você planeja vir para o Brasil para realizar uma turnê pós-pandemia?

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CeeLo – Eu quero que a pandemia termine, que as pessoas se curem de todas as formas. Assim, nós voltamos ao nosso estado natural de celebração para podermos socializar novamente com os festivais, por exemplo, que me fizeram ir para o Brasil para apresentar o meu trabalho – sabendo que as pessoas estavam unidas para se curtirem, comemorarem, cantarem e dançarem. Eu amaria que tivéssemos a oportunidade de nos juntar para celebrarmos, mesmo que seja por uma única vez. Acho que ainda vão demorar anos antes de nos encontrarmos novamente. Eu não quero parecer ridículo ou qualquer outra coisa, mas ainda estou em negação. Mantenho a fé de que voltarei logo e, quando isso acontecer, todo mundo vai estar no palco comigo para podermos nos divertir juntos (risos).

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R7 – Você usou seu nome verdadeiro nesse álbum, que é Thomas Callaway. O que te inspirou a deixar CeeLo Green, seu nome artístico, de lado?

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CeeLo – Eu acho que é um ponto no processo de crescimento e desenvoltura em que o objetivo principal é ser alguém completo, sabe? É ser, essencialmente, tudo o que você é, tudo pelo que você é inspirado. Você quer que a verdade seja uma transparência que brilha. Uma emoção multiplicada pela diversão.

R7 – Eu sei que esse álbum teve muita influência do sul dos Estados Unidos, que é de onde você veio. Como isso te influencia em uma obra?

CeeLo – Eu acho que, no geral, tudo é um produto do ambiente, sabe? Sou um produto do que gosto de chamar de "uma pequena grande cidade". Eu venho de uma cidade que parece ser comunitária. O indivíduo lá também é celebrado, porque você pode ser você mesmo. Não tem tanta competitividade. Você não precisa competir com ninguém, você pode ser você. É um espaço que os artistas daqui compartilham. É um lugar que apoia o artista. A tradição dos artistas de hoje em dia está sendo passada para frente.

R7 – Você tem uma carreira muito longa e está nesse ramo há decadas. Como é, para você, lançar um álbum durante a quarentena? É muito diferente? 

CeeLo – Eu não tinha planos de lançar um álbum na pandemia e, claramente, tivemos que encontrar uma saída mesmo assim. Em termos de oportunidade, as pessoas estão escutando melhor o álbum, as músicas. Não acho que tivemos tanta oportunidade assim para escutar música. Acho que ouvimos músicas em uma natureza caótica de ir para as boates e coisas desse tipo. Uma coisa que dá para falar sobre as pessoas é que ninguém quer estar sozinho. Quando se lança um álbum, dá para unir as pessoas. Independente do conteúdo, é um sentimento intangível que acontece de tempos em tempos. Música é algo especial para as pessoas. Eu acho que é um sentimento gratificante. E, quando lancei o álbum, queria que as pessoas me conhecessem por quem eu sou. As pessoas me conhecem por uma coisa ou outra. Queria usar o elemento surpresa e expandir o indivíduo criando algo desafiante, sabe? Essa é a minha filosofia.

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R7 –Você pode me falar um pouco melhor sobre a história por trás de Doing It All Together? É sobre amor e a sua filosofia...? Tem a ver com o que você acabou de falar? 

CeeLo – Bem, o compromisso entre duas pessoas é o mais íntimo. Inicialmente, músicas de amor começaram falando sobre o amor romântico. Mas amor é uma coisa universal que é aplicável a experiência de todo mundo. É uma população que adoraria saber como é sentir amor e o que é amor. Mas você precisa desacelerar para o amor te alcançar, às vezes. É por essa razão que as pessoas estão em relacionamentos sólidos e saudáveis. Elas querem compartilhar, mostrar, testemunhar para ninguém desistir de si, desistir do mundo, o amor ainda existe. É dessa forma que você acaba "fazendo tudo junto" (Doing It All Together), porque você tem consideração por todo mundo. O amor deve ser exposto para as pessoas terem um exemplo do que o amor é. Os outros também devem ser expostos ao amor. Pra mim, essa é a forma que a gente "faz tudo junto". A música é o jeito de espalhar e validar a mensagem do amor universal e inclusão.

R7 – Ouvindo você falar, eu fico pensando na falta de amor que existe na sociedade. Pelo menos, sinto que é isso o que você está me dizendo. O que você pensa sobre o amor e a falta dele na sociedade?

CeeLo –A falta de amor… O amor é passado por gerações, mostrado em tempos de apoio, estabilidade, gentileza, consideração, cortesia. Todas essas diferentes fases são expressões do amor. O amor é gentil, sincero, altruísta. A gente vive numa sociedade que nos padroniza, de certa forma, por termos que sobreviver. Eu não acredito que algumas pessoas acreditam que outras podem amá-las sem motivo algum. Muitas vezes, as pessoas precisam de motivação. Por exemplo, elas sabem que são capazes de amar, mas precisam de alguém para amá-las primeiro e é o que as motiva para mostrarem o amor que possuem. Existe uma frase de Budha muito boa: "Seja a mudança que você quer ver no mundo". Às vezes, você precisa ser corajoso o suficiente para liderar e amar alguém primeiro. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de Camila Juliotti

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