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Entrando Numa Roubada aposta em mescla de gêneros e elenco opina: "É difícil colocar um rótulo no filme"

Misturando drama, ação e comédia, produção foge do lugar comum do cinema brasileiro

Pop|Felipe Gladiador, do R7

Pôster de Entrando Numa Roubada
Pôster de Entrando Numa Roubada Pôster de Entrando Numa Roubada

As comédias são, sem dúvida alguma, as responsáveis pelas maiores bilheterias no cinema brasileiro atual. Com isso, outros gêneros parecem ter dificuldade de encontrar espaço entre investidores e produtoras. Mesmo assim, o diretor e produtor musical André Moraes não teve medo de apostar num filme que fugisse do lugar comum. 

Entrando Numa Roubada é o primeiro longa de André e chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (3) em cerca de 200 salas. A trama que mistura drama, ação e comédia mostra um grupo de amigos que decidem rodar um filme com pouco dinheiro, mas um deles cria um plano mirabolante, fazendo com que todos cometam crimes acreditando que tudo faz parte do tal filme. 

Durante uma coletiva para divulgar o longa, o elenco e a equipe falaram com jornalistas. O ator Lúcio Mauro Filho comentou sobre a fórmula inusitada do filme, que foge do convencional que estamos acostumados a ver nos filmes brasileiros.

— É um filme muito diferente, um filme que é difícil colocar um rótulo nele, difícil encontrar em qual prateleira ele vai, mas acho que é muito mais legal que a gente conseguiu fazer um filme que as pessoas ainda estão tentando entender qual é o gênero. 

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O diretor André Moraes brinca quando é questionado sobre as dificuldades na hora de fazer o filme.

— Todas, né? [risos] Fazer cinema no Brasil, seja lá qual for o seu orçamento, é difícil pra caramba. Primeiro que o roteiro mudou muito, meu primeiro roteiro é de 2007. Foi a primeira dificuldade que eu tive, mas foi algo comigo. Eu pensei “Que filme eu vou fazer? Preciso decidir”. Depois você tem a questão orçamentária. Nós temos cenas de ação no filme. Numa perseguição, a gente rodou em três diárias. Uma diária a gente não conseguiu fazer e na outra a gente fez meia só, porque choveu muito. Era uma estrada que a gente não tinha ela fechada 24 horas pra gente filmar, então a gente tinha o apoio da polícia local de Piracaia, que fica há uma hora de São Paulo. Eles fechavam uma ponta da estrada e a outra, mas quando começava a acumular muitos carros, eles tinham que abrir. Então a gente tinha que rodar os takes, parava, esperava todos os carros passarem para começar a gravar de novo, demora muito tempo. 

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O ator Júlio Andrade ressalta que a união do elenco foi fundamental para que tudo desse certo.

— A gente virou amigo mesmo, nesse um mês de gravações a gente colou. 

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André já tinha trabalhado com grande parte do elenco, incluindo Deborah Secco, Lúcio Mauro Filho e Ana Carolina Machado, com quem é casado. A atriz fala sobre a dinâmica de trabalho com o marido nos sets.

— Trabalhar com o André é muito fácil, eu diria. Acho que não só eu penso isso, mas outras pessoas que estão aqui diriam também. A gente está junto há cinco anos, então a gente já trabalhou em outras situações, nem sempre ele como diretor e eu como atriz. A gente cria muito juntos, temos uma produtora. A gente se respeita muito na vida e no trabalho, então acho que esse é o grande segredo. A gente nunca teve nenhum problema no trabalho, embora todos os casais tenham problema na vida real, mas dentro do ambiente de trabalho a gente sempre se acertou muito bem, porque cada um respeita o espaço do outro e eu acho que não temos grandes crises. Apesar de ele gostar muito de trabalhar com amigos, pessoas próximas, ele tem também toda uma postura profissional. Não é “oba-oba” só porque é amigo ou só porque é a esposa, então isso facilita muito.

Deborah Secco, que vive no filme uma atriz que ela mesma diz ser "bagaceira", também é só elogios ao trabalho de André.

— Depois de dois filmes muito densos, eu precisava de um respiro, precisa fazer algo que nunca tinha feito, brincar com a comédia, que é algo que eu faço na TV e nunca fiz no cinema. Com o André eu faria qualquer coisa, além de ser um amigo e um irmão, eu admiro muito ele artisticamente, ele sempre te surpreende. 

Produtor de váris trilhas sonoras elogiadas, André quis caprichar na trilha de seu primeiro filme como diretor.

— Eu sou conhecido por fazer trilhas, então meu primeiro filme como diretor tinha que ter uma trilha bacana pelo menos, né? No Brasil, é inviável gravar nos estúdios, porque está muito caro. Além de que é muito difícil você conseguir recrutar bons músicos para gravar em estúdio, porque a maioria já acompanha algum artista. A gente falou “vamos tentar fazer fora”, conseguimos em Los Angeles de um jeito fácil, porque lá é um grande mercado, né? Eu queria uma outra pessoa para me dar um novo olhar nessa trilha, foi aí que eu chamei a Vivian [Buff], que tem muita experiência em trilhas de ação. Ela fez filmes como Capitão América, Operação Big Hero, Capitão Phillips. A Vivian entrou para dividir comigo essa trilha.

E Vivian também ressalta a liberdade de trabalhar com André como ponto positivo.

— O André tem o lado rock muito forte e eu tenho o lado de música eletrônica forte, o lado digital da música com orquestra também. A gente se deu super bem, o André é uma pessoa muito fácil de trabalhar, ele dá muita liberdade criativa. Eu nunca tinha trabalhado com um diretor que falasse “Olha, coloca a sua ideia”. Acho que é o que todo artista quer. Melhor impossível. Além de ter o trabalho, tive o poder de criar livre, que é uma oportunidade que a gente quase nunca ganha. 

O grande vilão do filme é vivido por Marcos Veras, que faz um falso religioso que engana o grupo de amigos que quer fazer o filme.

— Ele poderia ser qualquer líder que usa o poder do mal, por ambição, dinheiro. Ele é um cara que abusa da fé das pessoas. 

O ator Bruno Torres diz que a experiência de interpretar um personagem que também é ator torna tudo mais interessante.

— O fato de ter um filme dentro do filme é um prato cheio para uma transformação física e psicológica. 

E para finalizar a coletiva sobre o filme, André Moraes fala sobre a escolha do título, que pode até remeter a uma comédia tradicional, mas ele garante que o filme não é assim.

— O projeto inicial tinha o título de A Estrada do Diabo, é um nome que te remete a algo mais terror. O filme nunca foi uma comédia, sempre teve um humor negro. Ficamos dois anos pensando no título. Todos concordaram com o título Entrando Numa Roubada, que pode remeter a uma comédia mais tradicional, mas passamos por vários títulos como O Troco, mas já existe outro filme com esse nome, e acabamos achando este como o mais adequado. 

Assista ao trailer do filme abaixo!

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