Com revolução no design, Hyundai Creta tem motor 1.0 turbo de respeito e parte de R$ 124 mil
Consumo médio de 8,5 km/litro com etanol na cidade é atrativo; versão topo de linha, 2.0 16V, chega a custar R$ 171 mil no país
Garagem R7|Do R7
Quando cruza com um Creta nas ruas, você logo o identifica pelo design arrojado, os vincos marcantes das laterais, a grade frontal cromada em formato de colmeia e os faróis cravados no para-choque.
Principal diferencial do SUV compacto da Hyundai, o visual divide opiniões entre os fãs de novas curvas na lataria ou aqueles cansados da mesmice e os clientes mais conservadores, que torcem o nariz para fabricantes que avançam demais a linha da inovação.
Polêmica à parte, gostar do design do Novo Creta é um aspecto completamente subjetivo. Vai da opinião de cada um. E mais: o novo compacto da montadora sul-coreana vai muito além do “corpinho” moderno e exótico que percorre ruas e estradas do país.
O R7 acelerou a versão Limited, a segunda mais barata da escala de preços, que começa em R$ 124 mil e chega a até R$ 171 mil na Ultimate – única da gama equipada com motor 2.0 16V. As outras cinco versões contam com motor 1.0 turbo de 12 válvulas. Todas são flex.
Esse é outro ponto positivo do Novo Creta. Inicialmente, gera desconfiança a relação entre o peso do SUV e o motor escolhido para empurrá-lo. Mas aqui não há percalço. Apesar de robusto, são 1.270 kg de peso. Então, o 1.0 turbo dá conta do recado e surpreende no ambiente urbano, com a potência necessária para uma troca de faixas sem sustos por exemplo.
O câmbio automático de 6 velocidades casa perfeitamente com o SUV, seja pelas trocas suaves ou a redução quando você precisa de mais torque.
Já que o assunto é conforto ao alternar os pedais do acelerador e freio, a dirigibilidade do Novo Creta agrada demais. A começar pela altura do solo, de 19 centímetros, a versão Limited vem com bancos revestidos em tecido na cor preta – em couro, só a partir da Platinum, a terceira desde a versão de entrada.
Quanto ao consumo, a reportagem conseguiu cerca de 8,5 km/litro de etanol na cidade – não colocamos o carro na estrada, mas a ficha técnica indica 8,7 km/litro com etanol. O fabricante promete ainda 11,6 km/litro na cidade e 12 km/litro na estrada se você abastecer com gasolina.
O painel do Creta Limited é simples e bem encaixado, mas merece algumas ressalvas e tem pontos a melhorar. Primeiro, vale destacar a integração da central multimídia de 8 polegadas é muito intuitiva e funciona sem segredos com os sistemas Google Android Auto e Apple CarPlay. O ar-condicionado automático digital, disponível a partir da versão Limited, facilita a definição da temperatura, com botões ao alcance das mãos do motorista ou do passageiro.
O volante esportivo, revestido em couro preto e com a base com ângulo recortado, confere arrojo para quem pilota. O ponto negativo, porém, é o conta-giros, temperatura, nível de combustível e a velocidade medidos com ponteiros analógicos. Outro recurso que merece um cuidado maior no futuro é o computador de bordo, que é digital, mas aparece acoplado entre o conta-giros e o velocímetro. Neste caso, a simplicidade destoa do perfil moderno do carro.
Para os passageiros, o Novo Creta não deixa nada a desejar. Quem anda atrás tem espaço suficiente desde que sejam apenas dois adultos, com bom espaço para esticar as pernas. Para completar, o porta-malas de mais de 400 litros é ideal para famílias ou casais que precisam ou gostam de levar uma mala extra — ou um carrinho de bebê — na viagem.
Novo Creta e o mercado
O Novo Creta já caiu no gosto do brasileiro, e os números da Fenabrave (federação das montadoras) mostram isso. De janeiro a julho, 34.378 unidades do SUV sul-coreano foram vendidos, o que o coloca em terceiro lugar no ranking dos SUVs, atrás apenas de VW T-Cross (36.404) e Jeep Compass (35.429).
De olho no copo meio cheio, fica à frente de concorrentes de peso como o Chevrolet Tracker, o Jeep Renegade e o Nissan Kicks. Em percentual, o Novo Creta abocanha quase 10% dos negócios da categoria de SUVs, praticamente o mesmo patamar dos dois rivais à sua frente.
Em julho, foi o 9º modelo mais vendido do país (5.125 unidades) – o líder foi o VW Gol, com 11.925 exemplares.
Considerando que parte dos R$ 124 mil, os números do Novo Creta são bons seja na própria categoria ou no placar geral. A versão Limited, que custa R$ 136 mil, traz alguns mimos e acessórios a mais, o que pode ser decisivo na decisão de compra.
Mesmo sabendo que a briga entre os SUVs é dura, o Novo Creta está preparado para duelar. E, sem dúvida, não apenas por causa do novo design.
Lista de preços do Novo Creta sugeridos para São Paulo conforme a versão:
Novo Creta 22/23 1.0 TGDI 12V Flex Confort - R$ 124.090
Novo Creta 22/23 1.0 TGDI 12V Flex Limited - R$ 136.790
Novo Creta 22/23 1.0 TGDI 12V Flex Platinum sem teto solar - R$ 148.790
Novo Creta 22/23 1.0 TGDI 12V Flex Platinum com teto solar - R$ 157.390
Novo Creta 22/23 1.0 TGDI 12V Flex N Line - R$ 165.090
Novo Creta 22/23 2.0 16V Flex Ultimate - R$ 171.090
Veja as melhores imagens do Hyundai Creta:
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