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Empresa penalizada por não cumprir cotas e razão social intolerante

Depois de batalha judicial, empresa terá de fazer contratações de acordo com o sistema de cotas e alterar sua razão social

Melhor Não Ler|Do R7

Empresa do ramo da construção civil se adaptou
Empresa do ramo da construção civil se adaptou Empresa do ramo da construção civil se adaptou

No ramo da construção civil há mais de 120 anos, a multinacional Aliança Anglo Brasileira, ou AAB Edificações, enfrentou uma longa batalha judicial depois de processo por não cumprir o sistema de cotas e por sua razão social que desrespeita a diversidade.

A empresa alegou que está no Brasil há mais de um século respeitando as leis locais e gerando milhares de empregos. Disse também que seu nome é um reforço do compromisso da corporação com o país. “Assim que iniciou as atividades no Brasil, meu bisavô fez questão de deixar claro que havia vindo para ficar, por isso a palavra aliança. Ele não veio ganhar dinheiro e voltar para a Inglaterra, mas sim, para firmar uma aliança duradoura com esta nação, como de fato fez e continuamos até hoje”, afirmou o presidente da companhia John Smith.

Mas as alegações da defesa não bastaram e a empresa perdeu a causa, pois as leis brasileiras não admitirão nomes machistas e homofóbicos. Agora, a AAB terá de mudar sua razão social em um prazo de 90 dias, registrando o novo nome determinado pela justiça: Arco-Íris Angle Brasileire. Segundo o juiz que decretou a sentença, o novo nome permitirá que a empresa mantenha a mesma sigla, AAB, diminuindo os gastos que terão para alterar toda sua comunicação visual.

A multinacional também perdeu a ação por não cumprir a lei de cotas, mas diz que vai recorrer da decisão. Em entrevista, o advogado de defesa da AAB, José Soares, afirmou que não é possível cumprir as cotas conforme determinado pela justiça. “O que nos foi imposto é matematicamente impossível, pois temos de cumprir a cota de 10% de funcionários para cada letra da sigla LGBTQIARSTUVXZ. Isso ultrapassa os 100%, logo, como poderíamos cumprir?”, questionou Soares.

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Mas a acusação rebateu o argumento da defesa: “Os advogados da empresa estão tentando colocar a matemática acima do bem e do mal, achando que isso será suficiente. O que eles estão pensando? Que nós caímos nessa balela de dois mais dois igual a quatro? São uns terraplanistas, isso sim! Não é porque empregaram mais de 500 mil funcionários ao longo de sua existência que podem mandar no Brasil. Aqui mandamos nós”, declarou enfaticamente o advogado João Sab Chawn. O jurista aproveitou para fazer outra acusação: “E ainda tem mais: Essa tal de AAB nunca superfaturou uma obra pública sequer. Isso é um absurdo ‘a nível de’ Brasil! Já estamos dando entrada em um novo processo para que a empresa responda por mais essa conduta irregular no país”.

Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...

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