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Jabuticaba: sabor e tradição que movimentam a economia de Sabará

Desembarcamos na cidade histórica mineira para conhecer as delícias feitas com o "ouro negro".

Quitandas e Quitandeiras|Do R7 e Mayara Folco

Subi no pé de jabuticaba, pela primeira vez, e adorei a experiência.
Subi no pé de jabuticaba, pela primeira vez, e adorei a experiência. Subi no pé de jabuticaba, pela primeira vez, e adorei a experiência. (Arquivo pessoal )

A primeira viagem do "Quitandas e Quitandeiras" não foi muito longa. Fomos para Sabará, cidade da região metropolitana, que fica a pouco mais de 20 quilômetros da capital, Belo Horizonte. O município carrega fragmentos da história de Minas Gerais por todos os cantos. O charme está presente na arquitetura dos casarões, no calçamento das ruas e até nos detalhes dos sobrados.

Sabará surgiu na época do Brasil colônia e de lá muito ouro foi extraído neste período. Do solo fértil um outro tesouro também foi descoberto: a jabuticaba. A bolinha preta, brilhante e saborosa ficou conhecida como ouro negro.

Quem tem o privilégio de ver a cidade de cima, consegue perceber que até hoje os pés da fruta tomam conta dos quintais. Confesso que nunca tinha subido num pé de jabuticaba e fiquei feliz demais ao viver a experiência pela primeira vez.

Quem recebeu a nossa equipe foi a Beth Torres, que é presidente da associação de produtores de derivados da jabuticaba. Quando passei em frente a casa dela, não consegui imaginar o tamanho do terreno. A parte de trás abriga um montão de pés de jabuticaba. São enormes! Para alcançar os frutos mais altos, precisei de uma escada. E foi sentada na escada que fiz a entrevista.

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A Beth me contou que o lote foi herdado de geração em geração. "Foram meus bisavós que começaram com a jabuticaba. Nossos pés são centenários. A gente tem muito carinho e faz questão de manter."

Beth e eu no pé de jabuticaba.
Beth e eu no pé de jabuticaba. Beth e eu no pé de jabuticaba. (Arquivo pessoal)

Além da tradição, a fruta gera renda em Sabará. Tanto é que, de acordo com a prefeitura, a partir dos anos de 1970, a jabuticaba se tornou principal produto econômico da cidade.

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Na casa da Beth, por exemplo, quando chega a época da safra, a família aluga os pés. É isso mesmo! Turistas e moradores podem alugar um pé de jabuticaba para ser devorado. "As pessoas podem comer a fruta direto do pé, é um sucesso!" comemora.

A associação que a Beth preside conta com a participação de quase 30 produtores. Eles fazem verdadeiras delícias: geleias, licores, biscoitos, sorvete, cachaça e o que mais que a criatividade permitir. Tudo com jabuticaba, claro!

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O primeiro Festival da Jabuticaba foi realizado no Centro Histórico de Sabará em 1987. Anos mais tarde, em 2008, o evento passou a ser considerado patrimônio imaterial do município, pelo Patrimônio Histórico Cultural. Atualmente, o festival atrai mais turista do que o carnaval e é o evento que mais movimenta a economia sabarense.

A nossa equipe foi até a casa da Lázara Camponês acompanhar de perto a produção da geleia de jabuticaba. As receitas da professora aposentada já conquistaram o primeiro lugar no concurso que é realizado durante o festival. A quitandeira participa desde a primeira edição da festa.

Além da geleia, Lázara produz bolos, roscas, pão recheado, compotas e balas. Ela montou pra gente uma mesa maravilhosa e eu tive o prazer de comer o bolo com geleia quentinha!

Lázara Camponês e as delícias que ela faz com a jabuticaba.
Lázara Camponês e as delícias que ela faz com a jabuticaba. Lázara Camponês e as delícias que ela faz com a jabuticaba. (Arquivo pessoal)

Recomendo fortemente que você visite Sabará durante o Festival da Jabuticaba, geralmente realizado em novembro. Alugue um pé de jabuticaba, coma a fruta diretamente da fonte, converse com as quitandeiras e caminhe, sem pressa, pelas ruas do centro histórico. Garanto que vale a pena!!

Bastidores da gravação.
Bastidores da gravação. Bastidores da gravação. (Arquivo pessoal)

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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