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Billy Idol traz seu 'grito rebelde' de volta ao Brasil após mais de 30 anos

Lenda do punk faz show memorável em São Paulo; foi a primeira apresentação do cantor no país desde 1991

Música|Gabriel Solti Zorzetto, da Record TV


Billy Idol se apresentou no Popload Gig, no Pavilhão Pacaembu, em São Paulo, nesta quinta (8)
Billy Idol se apresentou no Popload Gig, no Pavilhão Pacaembu, em São Paulo, nesta quinta (8)

A personalidade estilosa, provocativa e anárquica criada por Billy Idol há mais de quatro décadas tem se provado resiliente e à prova do tempo, com sua música soando tão fresca e relevante nos dias atuais como nos anos 1980. Um feito que não se constrói da noite para o dia, mas nada que não seja impossível para quem atravessou a geração do punk rock, iniciada no final dos anos 70, para se tornar um dos rostos mais reconhecidos da era MTV. Agora sexagenário, avô e completamente sóbrio, Idol segue compondo e fazendo shows pelo mundo. Na noite desta quinta-feira (8), o astro do punk rock entregou uma das melhores apresentações do ano no Brasil e animou os milhares de fãs que estiverem no Pavilhão Pacaembu, em São Paulo, para conferir o show.

Pontualmente às 20h30 soaram as primeiras notas do riff inconfundível de Dancing With Myself, canção dos tempos de Generation-X, no confortável espaço do Pavilhão Pacaembu. Escolher um dos mais aguardados sucessos da carreira para a abertura foi uma estratégia arriscada, mas certeira. A partir daí, Idol - sempre brincalhão e fazendo caretas - cantou para público ganho. "São Paulo, é um prazer estar aqui. Graças a Deus nós viemos", saudou, antes de emendar uma série de clássicos. Cradle Of Love, Flesh For Fantasy, Speed (do filme com Keanu Reeves), Blue Highway, Mony Mony, White Wedding, Rebel Yell e a nostálgica balada Eyes Without a Face enriqueceram o enérgico setlist de quinze canções, que compensou o salgado preço dos ingressos daqueles que estavam no Pacaembu. Ainda teve tempo para um coro de Hot In The City puxado por Billy - provavelmente por conta do raro calor que fazia na noite paulistana.

O local, apesar de ter sediado grandes shows na capital, agora tem uma nova configuração reduzida com capacidade para até 9 mil pessoas. O palco fica montado no meio de onde normalmente estaria o gramado do finado estádio, com público dividido em duas pistas (comum e VIP), sem qualquer opção de cadeiras. Tudo parece meio improvisado, mas funciona. Além disso, a qualidade de som estava surpreendentemente melhor do que as tradicionais casas de show da cidade.

É importante lembrar que o roqueiro inglês, aos 66 anos, viveu meses difíceis durante o primeiro semestre deste ano. Uma grave sinusite o forçou a cancelar uma turnê inteira em conjunto com a banda Journey, nos Estados Unidos. Nem mesmo uma bateria de antibióticos resolveu o problema e foi necessária intervenção cirúrgica. Dito isso, sua voz não apresenta fragilidades aparentes e quando é mais exigida conta com apoio pontual do guitarrista Billy Morrison e do baixista Stephen McGrath - que compõem a banda ao lado do baterista Erik Eldenius, do tecladista Paul Trudeau e do guitarrista Steven Stevens, este último uma atração à parte no palco. Braço direito e principal responsável pela sonoridade de Idol desde o início dos anos 1980, Stevens tem momentos reservados exclusivamente para seus solos virtuosos, incluindo uma homenagem ao Led Zeppelin com trecho de Stairway To Heaven.

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O cantor começou seu show pontualmente às 20h30
O cantor começou seu show pontualmente às 20h30

Os discos mais recentes do britânico também tiveram destaque. Tanto em The Roadside, de 2021, quanto em The Cage, com lançamento previsto para 23 de setembro, Idol entrega composições contemplativas e poderosas, exorcizando seus demônios na tentativa de superar os traumas acumulados em uma trajetória incomparável na música pop. Apesar do concerto integrar a turnê The Roadside, apenas uma canção do EP foi tocada: a ótima Bitter Taste, presente na trilha da série The Umbrella Academy. Já The Cage, também um EP, conta com duas das quatro faixas inéditas no repertório: Cage e Running From The Ghost.

Nesta sexta-feira (9), Billy Idol se apresenta no Rock In Rio, palco onde esteve pela primeira e única vez no Brasil em 1991. Ele quase voltou na edição de 2017, mas cancelou por "imprevistos particulares". O show será um pouco menor do que em São Paulo, já que na sequência se apresentam Fall Out Boy e Green Day. A parceria com a banda de Billie Joe Armstrong, por sinal, vai se repetir na terça-feira (13), em Buenos Aires. Após os shows na América do Sul, a turnê segue para a Europa e depois termina com uma pequena residência de apresentações em Las Vegas.

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