Velório das cantoras Leny Andrade e Doris Monteiro será realizado no Theatro Municipal do Rio
As duas cantoras eram amigas e morreram nesta segunda-feira (25); elas serão veladas no mesmo dia
Música|Do R7

O velório das cantoras Leny Andrade (1943–2023) e Doris Monteiro (1934–2023) será aberto ao público nesta terça-feira (25), entre 10h e 13h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. As duas eram muito amigas e morreram no mesmo dia.
Leny Andrade, cantora de jazz e da bossa nova, morreu, aos 80 anos. Ela estava internada desde a última semana no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense, e a causa da morte ainda não foi revelada. Já Doris Monteiro, conhecida pelo trabalho em samba-canção e na bossa nova, morreu no Rio, aos 88, em decorrência de causas naturais.
Leny Andrade
Nascida no Rio de Janeiro, em 1943, Leny começou a carreira na música cantando em boates e passou boa parte da vida morando no exterior.
Importante nome do cenário musical brasileiro, a cantora se destacou no jazz, na bossa nova e no bolero. Entre 1961 e 2018, ela lançou 34 álbuns.
Formada pelo Conservatório Brasileiro de Música, Leny fez grande sucesso na década de 1960, período em que lançou seus álbuns mais celebrados, como Gemini V (1965), gravado ao vivo durante um show na boate Porão 73.
Grande intérprete de compositores brasileiros, como Tom Jobim, Djavan e Ivan Lins, a cantora alcançou reconhecimento internacional e se orgulhava de cantar em português mesmo fora do país. Ela era amiga do cantor americano Tony Bennet, morto na última sexta-feira (21), que chegou a desenhá-la.
Doris Monteiro
Natural do Rio de Janeiro, Adelina Doris Monteiro, conhecida como Doris Monteiro, nasceu em 1934. A artista começou na música durante a adolescência, quando participava de programas de calouros em rádios.
No começo da carreira, a artista fez sucesso ao interpretar músicas do samba-canção, gênero musical que estava em alta no momento. Com o sucesso nas rádios, Doris foi convidada a lançar o primeiro disco, em 1951.
Doris Monteiro se tornou uma estrela da música brasileira em 1950, com a canção Se Você se Importasse, que ficou no topo das paradas. Na década seguinte, já consagrada no cenário cultural do país, a cantora se lançou em um repertório moderno e passou a fazer parte do movimento da bossa nova.
Com o sucesso na música, a artista estreou no cinema, no filme Agulha no Palheiro, pelo qual foi premiada. Ao todo, ela atuou em nove filmes ao longo de dez anos e também chegou a apresentar um programa de televisão, mas sempre teve a carreira de cantora como uma prioridade.
O último trabalho de Doris Monteiro foi em 2019. Ao lado das cantoras Claudette Soares e Eliana Pittman, ela estrelou o espetáculo As Divas do Sambalanço, que virou um álbum, lançado no ano seguinte.