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O único problema de "Eu Sou Georgina" é que não somos ela !

Alvo de críticas, memes e fofocas, série que mostra a vida surreal da mulher de Cristiano Ronaldo provoca a pior das invejas

Keila Jimenez|Do R7 e Keila Jimenez


Georgina e Cristiano Ronaldo
Georgina e Cristiano Ronaldo

Era uma vez um conto de fadas kardashiano, em um reino muito, muito distante, o reino dos sem boletos para pagar. Nele vive uma vendedora de loja de grife, que um belo dia atende o maior e mais rico jogador de futebol do mundo e termina o expediente indo embora para sempre de Bugatti, rumo a um jato particular e uma vida em um palácio árabe ao lado do bonitão. O roteiro da série "Eu Sou Georgina", que mostra a vida luxuosa de Georgina Rodriguez, mulher do supercraque Cristiano Ronaldo, até poderia ser um filme de Bollywood se não fosse tão real, ou, melhor, tão surreal.

Bastou a primeira temporada estrear para os dramas da pobre menina que ficou bilionária da noite para o dia, Georgina, tornar-se um sucesso inegável no streaming (com novas temporadas garantidas), um poço sem fundo de memes, críticas e muitas notícias maldosas. A mais recente dá conta que o casamento do astro do futebol estaria em crise após o sucesso da série, pois Georgina estaria 'egocêntrica' demais, focada somente no sucesso que está fazendo.

Oi? Cristiano Ronaldo incomodado com o egocentrismo? Pois é. Desde o primeiro momento, "Eu Sou Georgina" desperta na maioria dos mortais um misto de sentimentos contraditórios, que alimentam o que há de pior na internet. Ao mesmo tempo em que torcemos pela Cinderela que vende gravatas da Gucci em vez de limpar o chão da madrasta má, ficamos indignados com os inúmeros empregados que hoje limpam o chão para ela passar.

Georgina se diz 'simples', repete que o 'dinheiro não compra tudo', enquanto ela 'compra tudo' em uma única visita a uma única loja, gastando mais de R$ 180 mil em umas 'roupinhas' básicas para ir jantar com o marido.

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A argentina de 29 anos fala várias vezes que é uma pessoa sem excentricidades, enquanto garante que não consegue fazer xixi, nem cocô em um avião comercial. Sim. A mulher de Cristiano Ronaldo diz que 'nunca' fez necessidades em um avião que não fosse o jato particular da família. Não consegue, 'é um bloqueio' intestinal, explica ela.

A influenciadora também insiste que não é materialista, e que compra só o essencial. No Natal passado, por exemplo, Georgina deu apenas um único presente para o amado. Um só: um Rolls-Royce Dawn customizado no valor de R$ 2 milhões. E o amor deles, gente, o amor deles é tradicional, comum, sem exageros. No aniversário dela, por exemplo, Cristiano Ronaldo alugou a fachada de um edifício em Dubai para que lá fosse exibida uma mensagem de 'parabéns'. Tudo muito bá-si-co.

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É puro entretenimento. Como não esquecer dos problemas do mundo real vendo Georgina discutir com a arquiteta da nova mansão quantos bides devem ter a casa? O que é guerra infinita da Ucrânia diante de tamanha dilema familiar?

Mas o melhor é quando Georgina se esforça para provar que sabe bem o valor do dinheiro e que passa essas noções para os filhos. “Não somos materialistas", acrescenta, tendo explicado também que educa os filhos para que percebam o valor do dinheiro e das oportunidades que têm.

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Sim, Georgina ensina 'educação financeira' para os pequenos. Na hora de comprar roupas, Georgina não compra quase nada na Arábia Saudita, onde hoje eles vivem e CR7 joga. Lá, as roupas de grife costumam ser 30% mais caras, explica ela. Para economizar, Georgina pega o jatinho de R$ 130 milhões do marido e voa até a Espanha para fazer umas comprinhas. No caminho ela pode fazer tranquila, sem bloqueios, o número 1 e o número 2 no banheiro.

É, a falta de noção de Georgina mata, mas muito menos que a inveja que sentimos dela. E é a piordas invejas, aquela em que criticamos o que nunca teremos, e temos raiva de quem tem, justamente porque não temos.

Está justamente aí o segredo da produção da Netflix: as pessoas detonam e questionam tanto "Eu Sou Georgina" porque na verdade queriam 'ser' ela.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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