Esqueça carro de aplicativo, prepare-se para depender de transporte público
É claro que o governo está descontente com a autonomia de trabalhadores e clientes e teve várias ideias...
Melhor Não Ler|Do R7
Eis que sob o manto do paternalismo, o governo brasileiro – que não sabe tapar buraco de rua, que não está preocupado que 50% da população não tem saneamento básico e nem com o número absurdo de analfabetos funcionais – quer “defender os direitos” dos motoristas e entregadores de aplicativo.
Você aí que está feliz por ter serviços de transporte e entrega rápidos, acessíveis e que funcionam tanto para passageiros e clientes quanto para motoristas e entregadores, já pode voltar a ficar triste, pois o Brasil faz questão de se manter um país atrasado. Estamos prestes a ver o governo destruir – mais uma vez – algo bom para a população simplesmente pelo fato de não poder exercer controle.
Na semana que vem, lá vai o governo enviar ao Congresso um projeto de lei complementar que acha que os trabalhadores de aplicativo são explorados e precisam que o Papai Estado saia em sua defesa. A ideia é que as empresas arquem com uma série de burocracias que serão pagas pelos clientes e que obviamente não beneficiarão os trabalhadores. Típico.
Então, seguindo a “trend” do “é claro que”, veja o que o desgoverno brasileiro pretende:
É claro que o governo que ama dar bom dia com o chapéu dos outros inventou uma “remuneração mínima”. O desgoverno ama nivelar tudo por baixo e adora estabelecer “mínimos” para manter as pessoas conformadas.
É claro que essa remuneração mínima sairá do seu bolso, deixando o serviço mais caro a ponto de você não poder usar mais.
É claro que muitos motoristas e entregadores ficarão mais do que satisfeitos em receber o mínimo e a oferta de serviço cairá como um meteoro. Ah! E com menos oferta o preço sobe, tá?
É claro que o governo não quer que o trabalhador que trabalhar mais ganhe mais. Ele quer determinar a carga horária máxima de trabalho, limitando seus ganhos. Afinal, é claro que o trabalho precisa ter limites máximos e só a remuneração é definida pelo mínimo.
É claro que o governo quer encher as empresas de “burrocracias”, obrigando-as a recolher a contribuição previdenciária, pois os trabalhadores não podem escolher entre contribuir ou não.
Mas fique tranquilo, pois é claro que o transporte público brasileiro e a eficiência dos Correios estão aí para levá-lo confortavelmente (ou não) para onde você quiser e para entregar rapidamente (ou não) as suas encomendas.
Por fim, é claro que o brasileiro não tem um dia de paz.
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