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Bodes gritalhões são a maior diversão do novo 'Thor', que escapa por pouco de ser o pior da Marvel

Natalie Portman empunhando o Mjolnir também é uma boa surpresa do quarto longa do Deus do Trovão

Odair Braz Jr|Do R7


A Thor Natalie Portman e o Thor tradicional do universo Marvel lado a lado
A Thor Natalie Portman e o Thor tradicional do universo Marvel lado a lado

Ninguém nega que a Marvel Studios já fez e faz pencas de filmes divertidos e interessantes, mas que também repete uma fórmula que vai, aos poucos, cansando a beleza do público. E é isso o que acontece em Thor: Amor e Trovão, quarto longa solo do Deus do Trovão.

A nova aventura do asgardiano tenta repetir o espírito de comédia que teve Thor: Ragnarok, lançado em 2017. Esse terceiro longa já tinha muitas piadinhas — talvez em excesso até — mas também trouxe ação de primeira, e a participação do Hulk ajudou a melhorar tudo também.

Amor e Trovão tenta seguir por este caminho bem-humorado, mas não chega ao nível de Ragnarok e só consegue, na maioria das vezes, arrancar um sorrisinho de canto de boca. Para ser mais justo, o filme tem, digamos, três boas piadinhas, sendo que uma delas é a presença de dois bodes gritalhões que realmente fazem o público gargalhar. O resto é quase tudo bobajada sem graça.

Os bodes Tanngrisnir e Tanngnjóstr
Os bodes Tanngrisnir e Tanngnjóstr

O tom de humor e comédia fica mesmo fora da medida e, qualquer um pode notar que o diretor Taika Waititi errou na mão por aqui, na passagem em que Thor conversa com Sif. A asgardiana está entre a vida e a morte após uma batalha, e o tom da conversa e da interpretação da atriz Jaimie Alexander é todo errado, meio engraçadinho. Só lembrando: ela está próxima da morte. Claro que isso não é culpa de Jaimie, mas sim de Waititi, que preferiu dar este tipo de andamento à produção. E esse jeitão vai se espalhando ao longo do roteiro, virando uma coisa bem chata.

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Para não dizer que Amor e Trovão é um completo desperdício, é muito legal ver Natalie Portman empunhando o Mjolnir como Thor. A presença dela como super-heroína cria situações divertidas com o Deus do Trovão. Só é uma pena a personagem ser desperdiçada num longa tão fraquinho como este. Christian Bale, o Batman dos filmes de Christopher Nolan, vai bem como o vilão Gorr, embora o personagem não empolgue muito.

O filme é uma aventura meio isolada de Thor e não tem maiores ligações e repercussões no universo cinematográfico da Marvel. Há uma citação ou outra aos eventos de Ultimato, mas tudo bem de leve. Aliás, há uma menção a um megapersonagem da Marvel que ainda não apareceu em seu universo cinematográfico e que pode ser algo bem interessante para o futuro.

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E, finalizando, alguém entendeu o motivo de Thor: Amor e Trovão ter tantas músicas do Guns n’Roses? A banda é boa e tal, tem seus hits clássicos, mas pra que colocar quatro canções do grupo?

Com todos estes pontos negativos, o quarto filme do loirão de Asgard ficou bem próximo de ser o pior da história da Marvel. Provavelmente só não perde mesmo para Thor: O Mundo Sombrio e para Eternos. Amor e Trovão escapou, mas foi por pouco.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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