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Patricia Lages
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Análise — Venezuela confirma: socialismo implantado com sucesso

FMI projeta que o país com a maior reserva de petróleo do mundo será o mais pobre da América Latina em 2021

Patricia Lages|Patricia Lages, do R7


O povo sofre com pobreza e fome na Venezuela
O povo sofre com pobreza e fome na Venezuela

O Haiti, uma ilha sem nenhum recurso natural, mas com abundância de desastres naturais, como terremotos e furacões, perdeu o posto de país mais pobre da América Latina. Mesmo com mais de 60% da população haitiana vivendo na pobreza e com 90% sob risco de desastres naturais — segundo o Banco Mundial —, a Venezuela foi capaz de lhe tirar o título e assumir a primeira posição no quesito pobreza.

O ditador Nicolás Maduro conseguiu provar que, sob seu comando, o socialismo foi implantado com sucesso na Venezuela. Isso porque o país sofreu uma queda meteórica que o levou de dono da maior reserva de petróleo do mundo à nação mais pobre da América Latina em 2021, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com a nova Pesquisa de Condições de Vida, apresentada pela Universidade Católica Andrés Bello (instituição de ensino privada da Venezuela), o país do ditador registra 94,5% dos venezuelanos como pobres e 76,6% que estão abaixo da linha de pobreza extrema. Isso significa que mais de nove a cada dez habitantes do país vivem com menos de US$ 1,90 por dia (ou menos de R$ 320 por mês) e que quase oito de cada dez vivem com menos de US$ 5,50 por dia (ou menos de R$ 925 por mês).

Para se ter uma ideia, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), no Brasil, 34,4% da população vive com um salário mínimo por mês (R$ 1.100). Sabemos o quanto a pobreza aflige este país, mas tente imaginar como seria viver em um lugar onde apenas 5,5% da população recebe mais do que R$ 925 por mês e que, por causa disso, não é considerada pobre.

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A derrocada da Venezuela tem dados alarmantes. Veja abaixo um pequeno resumo:

• Até o fim de 2022, a economia do país terá recuado quase 80% em apenas nove anos;

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• Nos últimos 13 anos foram cortados 14 zeros da moeda local, o bolívar;

• Em maio de 2021, o salário mínimo subiu para 7 milhões de bolívares (US$ 2,50 ou R$ 14);

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• O valor não é o suficiente para comprar 1kg de carne;

• O Banco Central da Venezuela (BCV) anunciou que, de janeiro a outubro de 2021, a inflação acumulada foi de 574,4%, o que se considera hiperinflação;

• Em 2020, a inflação no país foi de 2.959,8%.

Esse é o retrato do “paraíso socialista” implementado pela “democracia” venezuelana. Resta saber se é isso que queremos para o Brasil, elegendo políticos que aplaudem e apoiam (inclusive financeiramente) o governo do ditador Nicolás Maduro.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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