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Patricia Lages
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Boato sobre suposto affair de Whindersson Nunes acaba da pior forma possível

R7 confirma morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos. O vale-tudo por engajamento nas redes sociais parece não ter limites

Patricia Lages|Do R7


Boato com Whindersson provocou uma tragédia
Boato com Whindersson provocou uma tragédia

Nesta sexta-feira (22), às vésperas das festividades de Natal e Ano-Novo, deparamos com mais um ato de total irresponsabilidade que acabou da forma mais trágica possível. Desde segunda-feira (18), começou a circular nas redes sociais o boato de que Whindersson Nunes, de 28 anos, um dos maiores humoristas e influenciadores da internet, estaria envolvido em um novo affair.

A “prova” seria o vazamento de um suposto diálogo entre ele e Jéssica Vitória Canedo, até então, uma jovem anônima, de 22 anos, moradora de Araguari, município mineiro a 567 km de distância de Belo Horizonte.

Em questão de horas, o humorista se pronunciou e afirmou que as conversas compartilhadas eram falsas e que não conhecia Jéssica. “Eu não faço ideia de quem seja essa moça, e isso é um print fake”, escreveu, replicando o boato publicado por um perfil de fofocas.

Jéssica também postou um desabafo em que afirmou que o diálogo era uma montagem e pediu o fim dos ataques que estava sofrendo em seu perfil. “Toda essa palhaçada envolvendo meu nome e do Whindersson não passa de uma brincadeira muito sem graça”, disse e questionou: “Qual a graça que existe em infernizar a vida de alguém dessa maneira? Quero fazer uma pergunta diretamente para quem está fazendo isso: o que ou quanto você está ganhando?”.

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Mesmo após os esclarecimentos de ambos, o perfil de Jéssica continuou recebendo comentários pejorativos, acusações, xingamentos e todo tipo de crítica. Inês Oliveira, mãe da vítima, também foi às redes sociais pedir o fim dos ataques, dizendo que a filha sofria de uma forte depressão e havia tentado o suicídio algumas vezes.

Se por um lado a motivação de veículos que criam factoides sem nenhuma responsabilidade é fama e dinheiro, por outro, o que leva pessoas comuns a se transformarem em monstros, capazes de despejar inveja, raiva, frustração e ódio em cima de pessoas que não conhecem, sobre assuntos que não lhes dizem respeito? Como entender o que se passa na mente de quem gasta tempo e energia para ofender outras gratuitamente?

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Essa associação perigosa de dois lados inescrupulosos que se retroalimentam forma um ciclo diabólico em que vale tudo: assassinato de reputação, linchamento virtual, sensacionalismo, cancelamento e, em vários casos, como o de Jéssica, até mesmo a morte.

A nota de falecimento, publicada no perfil da mãe da garota, diz: “É com muito pesar que informamos que nessa manhã do dia 22/12 a Jéssica não resistiu à depressão e a tanto ódio e veio a óbito”.

Seria essa a última morte provocada por esse ciclo maligno? Infelizmente já sabemos a resposta. Afinal, essa equação que estimula a manifestação do que há de pior no ser humano é aprendida, absorvida e replicada sem nenhuma resistência por uma sociedade doente, sem propósito de vida e sem valores.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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