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Adega do Déco
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Gallo Nero: Conheça a história do vinho centenário que é um orgulho para a Itália

Geralmente, esses vinhos têm corpo médio a encorpado, ótima acidez, e alguns envelhecem muito bem em garrafa

Adega do Déco|André Rossi e André Rossi


Gallo Nero Chianti Clássico
Gallo Nero Chianti Clássico Reprodução/Instagram/@chianticlassico

Chianti Clássico é uma Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG) na Toscana, Itália. É, sem sombra de dúvidas, uma das mais importantes e conhecidas do mundo. O "Gallo Nero", famoso ícone do Chianti Clássico, é uma marca cheia de história.

Essa história remonta à época medieval, em meados do século XII, quando lutas fervorosas ocorriam entre os povos e cidades, particularmente entre Florença e Siena, na Toscana, pela posse da famosa região do Chianti.

A disputa foi resolvida de forma inusitada e curiosa: as cidades decidiram competir pela posse da região em uma corrida, onde cada cavaleiro partiria de sua cidade quando o galo cantasse. Assim, a fronteira entre Florença e Siena seria definida quando os dois cavalheiros se encontrassem no trajeto. Ou seja, o mais rápido teria percorrido uma distância maior, e com isso, sua fronteira seria estendida.

Um dia antes da disputa, Siena escolheu um galo branco, enquanto Florença optou por um galo negro. Reza a lenda que Siena alimentou abundantemente seu galo, esperando que ele estivesse mais forte no dia seguinte, enquanto Florença não alimentou seu galo.

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O resultado foi oposto ao esperado: no dia da corrida, o galo negro de Florença, faminto, começou a cantar antes do sol nascer, enquanto o galo branco de Siena, de barriga cheia, dormia.

Assim, o cavaleiro de Florença partiu muito antes, e o de Siena ficou esperando o galo cantar, atrasando sua partida. O resultado foi a "vitória" de Florença, que ficou com uma parte muito maior do território.

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Para simbolizar a região original do principal vinho da área, o Chianti, o "Consorzio del Chianti Classico" escolheu o Gallo Nero como seu grande ícone.

Em 1924, 33 produtores de vinho decidiram criar uma associação para promover e proteger os vinhos do Chianti Classico e sua área de produção, já mencionada pelo Grão-Duque da Toscana, Cosimo III de' Medici, em 1716, como uma das primeiras denominações de origem do mundo.

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Este ano, o Consorzio e seu Gallo Nero comemoram seu centenário com um evento que conta com quase 800 rótulos de mais de 200 produtores de Chianti Classico em um local deslumbrante em Florença.

Nestes 100 anos, aproximadamente 350 produtores se uniram, espalhados por 70.000 hectares entre Florença e Siena, exportando seus vinhos para mais de 160 países.

Para entender um pouco mais sobre os vinhos da região, eles são feitos principalmente com a uva Sangiovese (com um mínimo que varia entre 80% e 90%, podendo incluir outras uvas locais como Canaiolo e Colorino) e têm as seguintes classificações: Chianti Classico Gran Selezione, considerada a categoria superior; Chianti Classico e Chianti Classico Riserva.

O tempo mínimo de envelhecimento em barris de carvalho é um dos fatores que os diferencia: 12 meses para o Classico, 24 meses para o Riserva e 36 meses para o Gran Selezione.

O Chianti Classico tem ótima aceitação e alguns vinhos alcançam valores bastante altos, especialmente os produzidos pelos produtores mais renomados. Geralmente, esses vinhos têm corpo médio a encorpado, ótima acidez, e alguns envelhecem muito bem em garrafa, podendo durar décadas.

Sem dúvida, este ano marca um grande acontecimento no mundo do vinho, e que esses 100 anos sejam muito bem comemorados!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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