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Adega do Déco

O Grande Encontro: Marco De Martino e Matias Riccitelli, lado a lado

Com estilos semelhantes e muitas coincidências, estes 2 competentes enólogos sul americanos colocam seus vinhos lado a lado, numa experiência inesquecível.

Adega do Déco|Do R7 e André Rossi

Marco De Martino, Deco Rossi e Matias Riccitelli
Marco De Martino, Deco Rossi e Matias Riccitelli

Marco De Martino (Chile) e Matias Riccitelli (Argentina) tem muitas coisas em comum além de serem 2 dos maiores enólogos da América do Sul e terem seus nomes começados com a mesma letra. Ambos caminham seguindo a mesma linha de produzir vinhos de pouca intervenção, preservando a fruta. Também tem um gosto pelo uso de ânforas, produzindo vinhos com grande complexidade e pouco uso de barricas novas, deixando que o terroir e cada variedade se expresse da melhor forma possível, dando vinhos extremamente equilibrados, vivos e que evoluem a cada gole, a cada minuto na taça e a cada ano em garrafa.

E como o mundo do vinho sempre nos presenteia com experiências incríveis, estes 2 gigantes ficaram lado a lado (e não frente a frente), colocando alguns de seus melhores vinhos para regar um almoço memorável pelos vinhos, pela comida e pela amizade.

Sobre os vinhos da Martino, já falei um pouco sobre alguns neste post aqui e sobre o Matias, falarei num post inteiramente dedicado a ele, pois quero esmiuçar um pouco cada um dos vinhos, pois aqui o foco é a experiência de ter este jogo de diferentes países, regiões e uvas.

Lado a lado, os vinhos de Riccitelli e De Martino
Lado a lado, os vinhos de Riccitelli e De Martino

2 brancos singulares: Um corte do Matias (Blanco de la Casa 2021) composto de Semillon, Sauvignon Blanc, e Chardonnay de Mendoza, com passagem por ânforas, ovos de concreto e foudres de carvalho; E um Chardonnay varietal do Marco (3 volcanes Chardonnay 2017), vindo de Malleco (Traiguén, sul do Chile), com passagem por tanques de inox e foudres de carvalho. Vinhos aparentemente diferentes, mas que se unem na complexidade, no final longo, no frescor e na longa vida que ambos tem ainda pela frente.


2 tintos simbólicos: Um resgate argentino da uva Bastardo (Trousseau), de vinhas velhas de 50 anos da Patagônia (Alto Vale do Rio Negro), fermentado 30% com cachos inteiros em cubas de carvalho abertas e depois, mais 8 meses em barricas usadas. Este é o Old Vines Patagonia Bastardo 2020, magistralmente feito por Matias. Enquanto do outro lado da cordilheira, um blend típico do sul da França, feito com Carginan e Cinsault, vindo do Vale do Maule (Carignan) e Itata (Cinsault), fermentado em ânforas. Este é o Viejas Tinajas Carignan/Cinsault 2014. Sim, 2014. Em comum, a intensidade aromática, a predominância da fruta fresca e de novo, uma longa guarda pela frente.

Outros vinhos vieram ainda para complementar a experiência, como o clássico Republica del Malbec 2017 feito pelo Mati e o Old Vines Las Cruces 2017 feito pelo Marco. Mas a dualidade e semelhanças destes 2 brancos e 2 tintos que me aprofundei mais, me chamaram a atenção de uma forma especial.


Realmente o mundo do vinho é feito de experiências, de momentos e de pessoas. E neste sentido, tivemos uma aula neste grande encontro.

Os vinhos da De Martino e do Riccitelli são importados pela Wine Brands

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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