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Maria do Caos
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Depois do sim. O que mais poderia dar errado?

Melhor nem perguntar, né? Depois de ter perdido a aliança em plena lua de mel, nossa Maria acreditou que, a partir daquele momento, tudo seria diferente. Seria, se não fosse o fator genético: caos no DNA

Maria do Caos|Do R7 e Mônica Simões


Eu me separei e acabei com uma cama amarrada nas minhas costas. Fazer o quê? Era herança de família
Eu me separei e acabei com uma cama amarrada nas minhas costas. Fazer o quê? Era herança de família

E aí, Marias!

Como passaram a semana? Ansiosas para a continuação da história irreverente da nossa Maria casamenteira, né? Casamenteira foi só uma expressão, tá?

Mas calma aí! Antes quero saber de vocês! Que tempo doido, né? Parece que o caos teve uma conversa com são Pedro e os dois resolveram transformar nossa vida em "pega guarda-chuva, coloca casaco, tira casaco, pega o caiaque, guarda o caiaque, liga o ar-condicionado, esfriou de novo". Ufa! Que loucura. Ando na força do caos.

Tudo bem, dei uma enroladinha aqui só para deixar todas vocês na expectativa para o desfecho da vida amorosa da nossa Maria.

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Gente, sério... Surreal é uma palavra real quando vocês chegarem ao fim desta página.

Caos que fala? E quando o DNA é repleto de esquisitices? Vocês se lembram da família da Maria? Do casamento dela? Do lencinho pendurado no nariz?

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Bem, venham comigo e apertem o cinto, porque a previsão do tempo está mais maluca do que nunca. Vem vendaval por aí.

Se tudo dá errado no dia do seu casamento... a lua de mel promete ser pior ainda. Acreditem no que falo neste blog, Marias.

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Gente, depois que perdi minha aliança ralo abaixo, o Theo não quis olhar na minha cara por dois dias. Eu nem podia dizer nada, afinal estava casada e sem os brilhantes na minha mão esquerda. Logo o anel, que ele tanto demorou para escolher e, no dia do pedido, ainda quase morreu infartado com a minha mãe saindo de trás de uma árvore e pulando em cima dele. 

Atenção!!! Marias, só para não esquecerem, minha família é aquela bem diferentona. Minha mãe, então, nem se fala. Ela tem essa mania irritante de se esconder e assustar os outros. O objetivo? Nenhum!

Bom, dois dias se passaram e não tinha o que fizesse para animar o Theo, então resolvi reservar um restaurante caríssimo, daqueles bem típicos, com dança flamenca e tudo mais. Eu me arrumei toda, passei o perfume que meu marido (estranho falar marido!) tanto gostava e arrastei ele do hotel.

Pegamos um táxi e descemos na porta do restaurante. O lugar era lindo! Entramos, e nossa mesa era bem de frente para o palco. E adivinhem? Teve show!

Eu chegava perto do Theo e ele nem me olhava, estava realmente chateado comigo. Isso porque ele não sabia nem da metade do que tinha acontecido comigo no dia do nosso casamento. Comecei a lembrar de tudo e veio uma irritação que me atingiu em cheio. Marias, quando vocês ficam irritadas sobe um calor esquisito e vocês também perdem o controle das coisas?

Eu perdi mesmo. O show começou. Antes do incidente do anel, idealizei por meses o Theo me tirando para dançar e dizendo no meu ouvido o tanto que me amava e estava feliz com nossa união eterna, mas não foi isso que aconteceu. Estava lá sentada, com a cara amarrada, até que um instrutor de dança me puxou pela mão, ele pediu permissão ao Theo, e meu marido acenou com a cabeça, querendo me arrancar de perto dele.

O homem me levou para o meio do salão, me jogou de um lado para o outro, e eu de salto agulha, me desequilibrei e meu pé dobrou, meu salto quebrou e eu fui direto para o chão.

Senti uma dor insuportável. Resultado: torci meu tornozelo e passei o resto da viagem de muletas.

Claro que não dava para fazer os passeios que tínhamos comprado, e o Theo ficou mais irritado ainda com toda a situação e acabou me culpando por tudo.

Decidimos encurtar a lua de mel e voltamos direto para o apartamento dele no Rio de Janeiro. Na época, morávamos lá. Desde o nosso casamento, minha relação com o Theo nunca mais foi a mesma. A gente só discutia, por coisas banais, sabe? E o pior, ninguém cedia. Ele começou a dormir no sofá da sala e eu, sozinha no quarto. Os dias começaram a ficar entediantes, o Theo chegava cada vez mais tarde do trabalho. Até que, um dia, cansei.

Ai, Marias... que tristeza! Não sei se algumas de vocês já passaram por isso, mas a separação acabou comigo. Resolvemos dar um tempo.

Bem, disse a ele que não queria nada do que compramos juntos, não desejava carregar pesos do passado, pedi apenas a nossa cama, que era herança de família, tinha sido da minha tataravó. Preferia não ter herança nenhuma; afinal, minha principal herança é o caos.

Aluguei umaquitinete de 30 metros quadrados, mas só a cama tinha 4 metros. A cama era tão grande que não conseguia abrir as portas do guarda-roupa. Minhas roupas ficaram dobradas em cima da mala. Pode isso, Marias? Pode, sim. Ai de mim me livrar daquela cama.

Mas, um belo dia, minha mãe e minhas irmãs resolveram me visitar. Um dia que jamais esquecerei. Minha mãe, com aquele jeitão "paz e amor", resolveu acender um incenso, mas, na hora de acender, ela derrubou o fósforo aceso no protetor de colchão, que é suuuuuperinflamável. Resultado: três viaturas do Corpo de Bombeiros, o prédio inteiro evacuado e o fim de uma era. A cama já era!

Bom, seis meses se passaram, eu já estava adaptada à minha vida sozinha, e não estava ruim, não. Saía com minhas amigas, fazia aulas de dança e até viajava em minha companhia. Até que, em uma quarta-feira, toca meu celular. Adivinhem? Sim, Marias! Era o Theo, me chamando para conversar. Ele pediu desculpa e disse que queria ter uma vida diferente, com menos agitação e mais paz interior.

Achei superbonitinho o jeito dele de querer viver em harmonia. Mas o que viria a seguir era demais para mim... porém, acabei topando.

O Theo pediu demissão na semana seguinte e nos mudamos para Noronha. Sim, Fernando de Noronha! Não! Não foi Noronha, Noronha, sabe? Era tipo uma tribo hippie na praia.

Os primeiros meses foram bem tranquilos: mar, céu azul, sol, água de coco; mas aí o dinheiro acabou... e a pousadinha que a gente pagava não aceitava fiado. Fomos parar em uma cabana, nem porta no banheiro tinha.

Não aguentei nem por uma semana. Conversei com o Theo, mas ele estava irredutível, queria ficar lá de todo jeito. Eu, então, resolvi ir embora.

Então me mudei mais uma vez, dessa vez para o Recife, onde moro até hoje. Ah, eu e o Theo terminamos mesmo, assinamos o divórcio. Eu com caneta preta e ele, com a digital.

Hoje, ele se sustenta com o dinheiro dos cocos e do artesanato que vende na praia.

E querem saber? Estou superfeliz com minha vida. Aconteceu do jeito que teve que acontecer, e está tudo bem. Sabe quem me procurou depois do meu divórcio? O Fabinho, meu ex, que tentou impedir meu casamento. Estamos juntos há seis anos. Mas calma aí, Marias! Cada um na sua casa, porque de casamento deu para mim.

E se o Universo enviar sinais a vocês, prestem atenção ou vão acabar como eu, com uma cama amarrada nas costas.

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Mariasssss, que final, hein? Quem diria que ela reencontraria o amor do passado? Será que era pra ela ter desistido do casamento?

Nunca saberemos!

O importante é que nossa Maria viveu tudo o que precisava viver, apostou em um relacionamento, depois resolveu mudar o rumo, ficou sozinha, foi para uma tribo e agora está felizona. Estranho, mas esse tal DNA que ela carrega é assim mesmo, esquisitão!

O que precisamos saber é que sempre poderemos mudar nossas escolhas e decisões.

"Nada na vida é permanente senão a mudança." Amo essa frase do filósofo Heráclito.

Portanto, viva tudo o que precisar com total intensidade, um dia de cada vez, e, se achar que estiver perdendo a cabeça...

Calma, Maria! Respira, Maria! Tudo vai dar certo, confia.

Se você tiver uma história muito doida e quiser compartilhar aqui na nossa salinha particular, mande para mim no @monicasimoestv.

Até a próxima semana!

Um beijo, Marias.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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