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Tina Turner é tema de exposição que a mostra de vítima de violência doméstica a musa sexy do rock

Série de fotos sobre a diva americana está em cartaz no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, até o dia 9 de julho

Entretenimento|Do R7, com Agência Brasil

Exposição sobre Tina Turner no MIS, em São Paulo
Exposição sobre Tina Turner no MIS, em São Paulo Exposição sobre Tina Turner no MIS, em São Paulo

Morreu nesta quarta-feira (24), aos 83 anos, a cantora e compositora Tina Turner. A estrela da música estava em sua casa próxima a Zurique, na Suíça. A informação da morte foi confirmada por um porta-voz da artista e publicada no perfil oficial dela no Instagram.

A cantora é tema de uma exposição que ainda está em cartaz no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Confira abaixo mais informações sobre o evento que homenageia a artista.

Tina Turner: uma Viagem para o Futuro

Em 1988, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, reuniu um dos seus maiores públicos. Mais de 188 mil pessoas estiveram no local para presenciar o show de uma artista internacional, o que colocou o evento no livro dos recordes. A artista que quebrou essa marca, alcançando o maior público para um show solo, foi Anna Mae Bullock, mais conhecida como Tina Turner.

Dona de voz potente e única e ritmo frenético, Tina Turner fez história na música internacional. Com quase 200 milhões de discos vendidos e 12 Grammys, ela é uma das cantoras de maior sucesso de todos os tempos, tendo sido considerada a rainha do rock. Criou um estilo único de se vestir e de se apresentar nos palcos, e seu sucesso se estendeu para além da música: passou a lançar moda e atuou em diversos filmes, como Mad Max.

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O sucesso da cantora sempre foi acompanhado pelas lentes de diversos fotógrafos. E, agora, as imagens produzidas por quatro desses profissionais chegam ao Brasil e estão expostas no Museu da Imagem e do Som (MIS), na avenida Europa, em São Paulo. A mostra Tina Turner: uma Viagem para o Futuro fica em cartaz até o dia 9 de julho.

“Tina Turner é um dos ícones do século 20. Entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990, com certeza ela foi a artista mais famosa e mais relevante do mundo”, disse André Sturm, diretor-executivo do MIS-SP.

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“Ela é uma mulher negra que, aos 40 anos, se reinventou de uma maneira feminina, sexy, cheia de energia, de suor e de felicidade e com músicas muito potentes. Quem não a conheceu terá aqui a chance de se empolgar com essa mulher extraordinária. E temos a sorte de ter fotógrafos que foram muito próximos da Tina e conseguiram captá-la em momentos que a gente não teve. Não são apenas fotos de palco, mas de bastidores também”, acrescentou.

“Esta exposição chega para reverenciar a trajetória de uma mulher potente, forte e exemplo para toda uma geração. E também para trazer esse legado a uma galera que ainda não a conhece”, ressaltou Lia Vissotto, correalizadora da exposição.

As fotos, que nunca haviam sido expostas no Brasil, foram produzidas por Bob Gruen, Ebet Roberts, Ian Dickson e Lynn Goldsmith. São 120 imagens da rainha do rock que mostram a cantora não só nos palcos, mas também em sua difícil vida privada.

“A exposição da Tina Turner é como uma oportunidade de você estar em um show dela. A maior parte das imagens foi feita no palco. E o palco é o espaço de criação dela, de liberdade. Elas foram feitas por fotógrafos do mundo da música e do mundo do rock que a acompanharam por um período muito grande. São fotos que trazem outras perspectivas, outras possibilidades e o deixam muito perto dessa mulher que é um ícone”, afirmou Adriana Couto, uma das curadoras da exposição, em entrevista à Agência Brasil.

A mostra reúne fotografias históricas, conteúdos audiovisuais e instalações que apresentam desde o início da carreira de Tina Turner, na década de 1950, até o fim dos anos 1990. Nascida em 1939, no conservador estado do Tennessee, nos Estados Unidos, ela iniciou sua carreira em 1957, sob o nome de Little Ann, ao lado de Ike Turner, com quem foi casada, entre 1962 e 1978.

O nome pelo qual ficaria mundialmente conhecida só surgiu em 1960, com o lançamento do single A Fool in Love. Mas somente 24 anos depois, já divorciada de uma relação extremamente abusiva com Ike Turner, é que Tina ganhou o seu primeiro Grammy.

Nichos

A mostra foi organizada em torno de quatro temas principais relacionados à vida de Tina: sua carreira musical, o poder feminino, sua participação no cinema e seu estilo único refletido nos figurinos e nos penteados emblemáticos.

“As imagens não foram separadas de forma cronológica. Elas foram separadas em nichos. Colocamos no poder feminino esse lugar de ver a Tina como um ser global, como uma mulher que tinha de romper muitas barreiras por ter vivido naquela época. Sendo uma mulher negra, nascida em 1939, ela viveu toda a sua juventude dentro da segregação racial americana. Então, aqui vemos o poder dessa mulher em transformar essas realidades”, disse a curadora.

“Temos também muitas fotos de performances em shows. A carreira dela começou com o Ike Turner. Depois da separação, ela seguiu carreira solo e, nessa carreira, alcançou o estrelato, já aos 44 anos. Hoje falamos em etarismo, e a Tina Turner conseguiu romper isso sem ter feito a discussão, mas trazendo o tema para os dias atuais. E, em relação à violência doméstica, ela conseguiu falar sobre isso em 1981, quando ninguém falava”, explicou Adriana.

Em um dos espaços produzidos especialmente para a mostra, é possível assistir à apresentação histórica de Tina Turner no Maracanã. “Temos uma tela de LED gigante com muitos momentos da Tina em shows para as pessoas se sentirem no palco. E, para finalizar, temos a chance de ver, em uma tela maior, o show que ela fez no Brasil, em 1988, no Rio de Janeiro, que foi recorde de público. É o recorde, ainda hoje, de uma artista solo mulher, com mais de 188 mil pagantes.”

A exposição traz também fotos de bastidores, com Tina ao lado de figuras emblemáticas do mundo musical, como David Bowie, Mick Jagger e Keith Richards. Em outro nicho, são apresentadas fotos de sua vida pessoal. “Tem uma outra possibilidade na exposição, que é chegar mais perto da Tina na vida íntima, que é algo muito difícil, porque ela sempre esteve em cima do palco. Aqui na exposição, há imagens da Tina fora do palco, em momentos da família”, disse Adriana.

Para os visitantes que queiram se sentir um pouco como a cantora, o MIS produziu um espaço onde será possível vestir uma peruca e usar um microfone para imitar a estrela do rock.

“Tina Turner tem algumas marcas que fazem dela quem é. No segundo momento da carreira, nos anos 1980, ela deixou de usar o cabelo totalmente solto e comprido, para repicá-lo. Esse é um dos cabelos mais icônicos mundialmente. Ela sempre foi uma mulher que estava no palco dançando e, no início de sua carreira, tinha de pensar em suas roupas. Ela desenhava e costurava suas roupas, costurava as perucas, fazia as coreografias, se maquiava. Depois, ela foi tendo mais ajuda, mas você começa a perceber que ela é uma mulher que tomou conta da própria imagem. Ela sabe que a imagem é um poder. A partir da imagem que ela projeta, ela pode exalar potência.”

Tina Turner: uma Viagem para o Futuro

Quando: até 9 de julho de 2023

Onde: Museu da Imagem e do Som (MIS) - av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo - SP

Horários: Das 11h às 20h, de terça a sexta-feira; das 10h às 19h nos sábados, domingos e feriados 

Quanto: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia); terças-feiras: entrada gratuita 

Ingressos: no site oficial https://mis-sp.org.br/exposicoes

Classificação: livre

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