Saiba como o estilo picante dos 'hot fofinhos' conquistou uma geração de jovens adultos
'Quebrando o Gelo' é bom exemplo do fenômeno que mistura trama açucarada com elementos que beiram literatura erótica
Estante da Vivi|Vivian Masutti e Vivian Masutti
A ilustração infantil da capa de “Quebrando o Gelo” (R$ 34,90; 368 págs. Rocco) engana o leitor, que pode chegar desavisado ao conteúdo picante da história entre o capitão de um time de hóquei e uma patinadora olímpica, ambos alunos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Há 22 semanas no topo da lista de mais vendidos do New York Times, o romance é escrito pela estreante Hannah Grace, uma autora que mora em Manchester, na Inglaterra, e é especializada na literatura young adult — aquela categoria que engloba leitores dos 14 aos 20 e poucos anos e suas questões: dúvidas sobre o futuro, descoberta da sexualidade e relacionamentos melodramáticos.
Hannah costuma ter orgulho dessa associação e se autointitula autora de “hot fofinhos”, livros com uma legião de leitores fiéis no Tik Tok que impulsionaram a hashtag #smuttok, criada a partir da palavra "obsceno" em inglês, a ponto de ela chegar a 5 bilhões de visualizações.
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A relação entre os protagonistas Anastasia e Nathan acontece na base da proximidade forçada, já que ambos têm de conviver no mesmo rinque de patinação. Logo as coisas explodem quando eles descobrem ter uma química fora do comum, com direito a muitos detalhes. O livro não chega a ser erótico, mas sem dúvida mostra um bom tempero.
Embora “Quebrando o Gelo” também não seja um romance pesado, ele ainda lida com temas mais sérios, como imagem corporal, transtorno alimentar, depressão e ansiedade. Agora, todos esperam mais de Hannah Grace.
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