Em noite de desfiles memoráveis, Rosas de Ouro termina mais perto do título
Águia de Ouro, Dragões da Real e Acadêmicos do Tucuruvi também estão na briga
Carnaval 2015|Thiago Calil, do R7
Foi uma noite para entrar na história do Carnaval de São Paulo. Com acabamentos primorosos, criatividade e evoluções perfeitas, as sete escolas que entraram na avenida no primeiro dia de desfiles (13) estavam dispostas a brigar pelo título. O destaque ficou por conta da Rosas de Ouro, que, após três anos no segundo lugar, pisou na avenida com “cheiro” de campeonato.
A escola da Freguesia do Ó fez um desfile luxuoso, com uma comunidade ensaiada e vibrante. Mas não se pode cantar vitória antes da hora. Tanto Dragões da Real quanto Águia de Ouro também levaram para o Anhembi um trabalho de barracão impecável e se saíram bem em quesitos como harmonia e evolução. Ambas as escolas também já estão há anos na briga pelo título.
Isso sem falar nos desfiles da Acadêmicos do Tucuruvi e da Nenê de Vila Matilde, que, embaladas por ótimos sambas, também levantaram a arquibancada e surpreenderam. Isso porque foi só a primeira noite.
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Mancha Verde
A Mancha Verde levou o centenário do Palmeiras para o Anhembi. A escola começou seu desfile falando sobre a imigração italiana, povo que criou o clube alviverde. Para homenagear o time do coração da agremiação, a Mancha mostrou um pedaço da história de São Paulo. O que mais se destacou na avenida foi o orgulho dos componentes em voltar ao Grupo Especial e, principalmente, poder falar sobre o Palmeiras.
Mancha Verde faz bonito e não esconde a emoção ao homenagear o centenário do Palmeiras
Acadêmicos do Tucuruvi
Segunda escola a desfilar, a Acadêmicos do Tucuruvi lembrou os antigos Carnavais e as marchinhas que embalam foliões até hoje. Dona de um dos melhores sambas de 2015, a escola encantou com carros luxuosos, fantasias coloridas e muita descontração na avenida. Nas alas, marchinhas famosas, como Cabeleira do Zezé, Bebezão (do refrão Mamãe Eu Quero), Sassaricando, Marcha da Cueca, O Pirata da Perna de Pau... A escola ainda homenageou nomes da música brasileira, como Chiquinha Gonzaga e Carmen Miranda.
Tucuruvi canta, samba e se diverte mostrando a beleza do Carnaval
Tom Maior
A Tom Maior, terceira escola a se apresentar, falou sobre a adrenalina. Para isso, entrou com a bateria tocando forte e muita animação dos componentes. Se o desfile começou mostrando como o hormônio age no corpo, os setores seguintes apresentaram o que o faz disparar no organismo: o amor, o medo e a expectativa do Carnaval. O momento mais marcante foi a alegoria do terror, com personagens assustadores das telonas, como Jason e Freddy Krueger.
Tom Maior supera susto de 2014 e faz seu melhor desfile dos últimos anos
Dragões da Real
Quarta escola a desfilar na noite de sexta-feira (13), a Dragões da Real pisou na avenida acreditando na vitória inédita. “Acredite se Puder” mostrou a história de Tomé, um menino que só acredita nas coisas vendo. A comissão de frente foi inspirada na história da Fantástica Fábrica de Chocolate. No abre-alas, uma biblioteca mágica nos moldes de Harry Potter. A escola passou ainda por florestas mágicas, civilizações mitológicas e chegou ao sonho de uma educação de qualidade e uma saúde eficiente ao alcance de todos. Fechando o desfile, a lição de que é preciso acreditar na vitória do Carnaval
Com desfile impecável, Dragões da Real entra na briga pelo título
Rosas de Ouro
A Rosas de Ouro entrou na avenida disposta a faturar o campeonato de 2015. A comissão de frente contou com elementos teatrais e truques de mágica para representar o jogo da vida. Cada setor da Azul e Rosa mostrou as mensagens positivas dos contos infantis. Peter Pan, Alice no País das Maravilhas, O Mágico de Oz e A Bela e a Fera foram as histórias escolhidas.
Com enredo de superação, Rosas de Ouro faz desfile histórico no Anhembi
Águia de Ouro
Penúltima escola a desfilar, a Águia de Ouro conseguiu inovar ao falar sobre o Japão. A agremiação da Pompeia celebrou os 120 anos do tratado da amizade do país oriental com o Brasil. O abre-alas trouxe vários ícones da cultura pop japonesa, como mangás, samurais e heróis clássicos da TV. Nas alas seguintes, karaokê, cosplays e Lolitas. A escola ainda mostrou a preocupação dos orientais com a saúde do corpo e da mente. Na quarta alegoria, uma escultura gigantesca vinda diretamente do Japão. No último carro, uma reverência a Zico, responsável por popularizar o futebol na Terra do Sol Nascente.
Águia de Ouro inova em desfile sobre o Japão e brilha no sambódromo paulistano
Nenê de Vila Matilde
Última escola a desfilar, a Nenê de Vila Matilde contou a história de Moçambique. A agremiação abriu sua apresentação com a lenda do Baobá, árvore símbolo da África. No alto do abre-alas, uma enorme águia voou na avenida. Após apresentar as riquezas naturais de Moçambique, a escola mostrou a influência árabe e a exploração portuguesa. Foi um desfile luxuoso e criativo, à altura da tradição da Nenê.
Com luxo e grandiosidade, Nenê de Vila Matilde faz desfile emocionante sobre Moçambique