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Na vida e na arte, Jeff Bridges dança com a mortalidade e brilha em nova série de ação

Após ter enfrentado uma combinação de câncer e Covid-19, a lenda do cinema tem seu primeiro grande papel na TV em 'The Old Man'

|Por Gabriel Solti Zorzetto, da Record TV

Jeff Bridges estrela 'The Old Man', série que estreia no Brasil nesta quarta-feira (28)
Jeff Bridges estrela 'The Old Man', série que estreia no Brasil nesta quarta-feira (28)

A vida real quase ultrapassou a arte durante as gravações de The Old Man, série da FX que estreia no Brasil nesta quarta-feira (28) pelo serviço de streaming Star+. Jeff Bridges, estrela da produção, quase morreu por conta de uma combinação letal de câncer e Covid-19. “Eu estava bem perto de morrer. Os médicos ficavam me dizendo: 'Jeff, você tem que lutar. Você não está lutando’. Eu estava em modo de rendição. Eu estava pronto para ir. Eu estava dançando com minha mortalidade”, contou o ator de 72 anos à revista People.

Ao contrário do pai, Lloyd Bridges, mais conhecido pelos trabalhos na televisão americana, principalmente na série de ação Aventura Submarina, no fim dos anos 1950, Jeff consolidou sua carreira no cinema e se destacou como um dos atores mais naturais e autênticos da indústria. Foi capaz de transmitir, com a mesma verdade, papéis tão distintos como The Dude, de O Grande Lebowski, e o xerife Rooster Cogburn, de Bravura Indômita. Em pleno 2022, porém, era uma das poucas exceções entre os grandes “tesouros” da atuação, pois ainda não tinha estrelado uma série de TV. Isso, somado a sua experiência de quase morte, torna The Old Man ainda mais fascinante.

Bridges interpreta Dan Chase, um velho aposentado, ex-agente da CIA, que precisa se confrontar com seus fantasmas e erros do passado, escondendo a verdadeira identidade, ao mesmo tempo em que tenta superar delírios causados pela morte recente da esposa. Como todos os grandes thrillers, há um incidente que desencadeia toda a trama e apresenta o personagem vivido pelo veterano ator inglês John Lithgow (The Crown, Perry Mason, Dexter), um diretor do FBI que passa a rastrear o protagonista, numa dinâmica de “gato e rato” — dinâmica sob a qual The Old Man, ainda que com alguns deslizes, é construída com muita competência pelos showrunners Jon Steinberg e Robert Levine, que adaptaram o livro best-seller lançado por Thomas Perry em 2017.

A associação da dupla que conduz a série remonta a uma série de flashbacks no Oriente Médio, onde o jovem e rebelde Dan Chase é interpretado por Bill Heck (A Balada de Buster Scruggs). Além de ser fisicamente muito parecido com um Jeff Bridges de Paixões Violentas, por exemplo, Heck emula bem os trejeitos dele sem soar como uma imitação. Essas recordações, um tanto arrastadas por conta da complexidade da narrativa, estão presentes ao longo dos sete episódios da série, mesmo com o espectador ansiando por mais momentos de Bridges matando os inimigos com a ajuda de seus dois rottweilers. Os cães treinados do protagonista são incrivelmente dóceis até que Dan lhes dá um comando específico, e o caos se instaura em ótimas cenas de ação, com destaque para os dois primeiros episódios, que são dirigidos por Jon Watts (da nova trilogia do Homem-Aranha). A qualidade do suspense e da direção, inclusive, mostram que Watts pode ter um caminho mais promissor ao deixar para trás a superficialidade dos filmes de herói e se aprofundar nesse tipo de thriller.


Bill Heck é um jovem Jeff Bridges em 'The Old Man'
Bill Heck é um jovem Jeff Bridges em 'The Old Man'

Bridges, já recuperado do combo câncer-Covid que quase tirou sua vida, é esperado para retornar ao papel de Dan Chase em 2023, visto que uma segunda temporada de The Old Man foi confirmada pela FX. Já nas telonas, ainda não há nenhuma produção no horizonte para o ator. Sua última aparição num filme foi em Maus Momentos no Hotel Royale, de 2018.

Em compensação, ele tem participado de projetos relacionados ao mundo da música. É ele quem narra o novo documentário da Netflix, lançado no último dia 16, que retrata um show do Creedence Clearwater Revival em 1970, no Royal Albert Hall, em Londres. A união entre a banda californiana e o ator não foi por acaso. Bridges tem uma carreira musical respeitável, com três discos de estúdio lançados, por causa do sucesso de Coração Louco, filme de 2009 pelo qual ganhou seu único Oscar de Melhor Ator, ao interpretar o cantor country Bad Blake.

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