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Cinema de Segunda
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Clássico ou bomba: Veja 7 filmes que foram detonados pelo público no Festival de Cannes

Edição de 2024 do festival começa nesta terça-feira (14); saiba quem já foi vaiado pelos espectadores

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window


Robert De Niro em cena de 'Taxi Driver' Divulgação

Começa nesta terça-feira (14) a edição de 2024 do Festival de Cannes, um dos mais importantes do cinema. Nas últimas décadas, ótimos filmes já disputaram a prestigiada Palma de Ouro, o prêmio principal do festival na Riviera Francesa.

Um dos termômetros para saber se um filme fez ou não sucesso em Cannes é a quantidade de minutos de aplausos que ele teve depois da exibição para jornalistas e convidados.

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Mas aqui no Cinema de Segunda a gente não quer saber só desses filmaços que fizeram sucesso. Portanto, vamos para a nossa listinha de longas que foram detestados pelo público. Seja pelo tema, seja porque eles só são ruins mesmo, confira sete filmes que foram detonados ao serem exibidos em Cannes.

A Aventura (1960)

Monica Vitti em cena de 'A Aventura' Divulgação

A Aventura, de Michelangelo Antonioni, é considerado um dos maiores filmes de todos os tempos. Mas o clássico do cinema italiano teve uma recepção bem difícil em Cannes, com o público vaiando as cenas. Há relatos de que Antonioni e Monica Vitti, a estrela do filme, saíram do cinema no meio de exibição.

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A repercussão foi tão ruim que um grupo de artistas, entre eles o diretor italiano Roberto Rossellini, organizou um abaixo-assinado pedindo uma nova exibição do filme no festival. No fim, A Aventura acabou levando o prêmio especial do júri, um dos principais de Cannes.

Taxi Driver (1976)

Taxi Driver, uma das obras-primas de Martin Scorsese, ganhou o principal prêmio do Festival de Cannes, a Palma de Ouro. Mesmo após ter sido muito vaiado pelo público em sua exibição oficial no festival francês.

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“Toda a questão sobre a violência no filme explodiu”, disse Jodie Foster em entrevista ao The Hollywood Reporter em 2016. Taxi Driver foi um dos primeiros filmes da atriz no cinema.

Além da péssima recepção na estreia, Scorsese ficou sabendo que Tennessee Williams, presidente do júri, odiou o filme. Assim, ele decidiu deixar a França e voltar para os EUA para finalizar o seu filme seguinte, New York, New York.

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Crash: Estranhos Prazeres (1996)

James Spader em cena de 'Crash: Estranhos Prazeres' Divulgação

David Cronenberg construiu a carreira com filmes ousados e esquisitos. Crash: Estranhos Prazeres se encaixa muito bem nisso. A história de pessoas que recriam acidentes automobilísticos famosos em busca de prazer não é para todos os públicos.

O filme foi bastante vaiado na sua exibição pública, mas dividiu a crítica. Acabou não levando a Palma de Ouro, e Cronenberg encontrou um culpado: o presidente do júri, Francis Ford Copolla.

“Coppola foi totalmente contra o filme. Acho que ele foi o principal opositor. Quando me perguntam por que Crash recebeu o Prêmio Especial do Júri (um de menor importância em Cannes), bem, acho que foi uma tentativa do júri de contornar a negatividade de Coppola, porque eles tinham o poder de criar seu próprio prêmio sem a aprovação do presidente. E foi assim que fizeram, mas foi Coppola quem certamente foi contra”, disse Cronenberg à IndieWire em 2020.

Irreversível (2002)

Monica Bellucci em cena de 'Irreversível' Divulgação

Um dos filmes mais polêmicos que já foram exibidos em Cannes, Irreversível provocou desmaios, vômitos e muita gente abandonando a sala de cinema mais cedo. O longa de Gaspar Noé tem uma longa e brutal cena de estupro que causou essas reações na audiência.

Estima-se que mais de 250 pessoas abandonaram o filme no meio da sessão. Os bombeiros precisaram atender cerca de 20 pessoas que passaram mal vendo o longa.

“Acho que as pessoas vão embora não porque estão entediadas, mas porque não aguentam”, justificou Noé em entrevista à IndieWire em 2009.

Brown Bunny (2003)

Cena do filme 'Brown Bunny' Divulgação

“O público demonstrou de maneira alta e desdenhosa a sua antipatia pelo filme. Centenas de pessoas saíram, e muitos dos que permaneceram só ficaram porque queriam vaiar”. O crítico de cinema Roger Ebert definiu assim em seu site a exibição de Brown Bunny no festival. Ele também apontou o filme como “o pior da história de Cannes”.

O diretor Vincent Gallo colocou em Ebert a culpa no fracasso de Brown Bunny. Segundo ele, com 20 minutos de filme o crítico começou a falar em voz alta na sala a sua desaprovação, acabando com as chances do longa.

“Seus protestos, gemidos e eventual canto alto aconteceram nos primeiros 20 minutos, interrompendo e manipulando completamente a exibição do meu filme para a imprensa”, disse Gallo. Os dois acabaram trocando acusações nos dias seguintes, com Ebert falando que “até a minha colonoscopia é mais divertida que este filme”.

Southland Tales: O Fim do Mundo (2006)

Um diretor que tinha acabado de conseguir um grande sucesso (Richard Kelly, de Donnie Darko) e um elenco estrelado (Dwayne Johnson, Sarah Michelle Gelllar, Seann William Scott e Justin Timberlake). Southland Tales: o Fim do Mundo tinha tudo para dar certo, mas foi um flop gigantesco. O fracasso e as vaias em Cannes assombraram o diretor por muito tempo.

“Foi doloroso. Eu só pensava: ‘por favor, que isso acabe logo’”, disse Kelly ao The New York Times anos depois. “Parte de mim sente que escapei impune de um assassinato. É um filme que algumas pessoas podem considerar um filme B inacessível, que foi massacrado no maior festival de cinema do mundo”.

A Casa Que Jack Construiu (2018)

Matt Dillon em cena de 'A Casa Que Jack Construiu' Divulgação

Lars von Trier provocou uma das maiores debandadas de um filme em Cannes. Segundo reportagens da época, mais de 100 pessoas se levantaram das cadeiras e saíram da sala de cinema quando A Casa Que Jack Construiu foi exibido no festival.

A história bem gráfica de um serial killer que mutila as suas vítimas definitivamente não caiu no gosto do público. “É nojento”, resumiu uma espectadora ao sair do cinema, em declaração reproduzida pela Variety.

A exibição terminou com apenas metade do público inicial presente.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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