Buscas continuam no Marrocos à medida que mortes aumentamFlipar|Do R711/09/2023 - 11h00 (Atualizado em 03/04/2024 - 16h32)twitterfacebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-A cada hora que passa, o Marrocos continua a sofrer os impactos do forte terremoto que atingiu a região na sexta-feira (08/09). Na manhã desta segunda-feira (11/09), um novo relatório do Ministério do Interior revelou que o número de vítimas fatais aumentou para 2.497 – o relatório anterior, divulgado no domingo, indicava um total de 2.122 mortes. O abalo sísmico foi classificado como um dos mais destrutivos dos últimos anos em escala global. O tremor ocorreu nas proximidades de Marraquexe na noite de sexta-feira (8), com uma magnitude de 6,8, conforme apontado pelo serviço geológico norte-americano. Já para o centro de pesquisa científica e técnica marroquino, a escala do terremoto foi de 7. Este terremoto representa o mais potente já registrado no país desde o início dos registros modernos e afetou uma região densamente povoada. A potência do abalo corresponde à explosão de 32 bombas atômicas sendo detonadas ao mesmo tempo. O epicentro do tremor foi numa região de vilarejos montanhosos, 45 quilômetros ao sul de Marraquexe. Imagens aéreas de drone mostraram o estrago causado pelo terremoto. Uma câmera de segurança flagrou a correria e o desespero de pessoas tentando se abrigar no momento do terremoto. De acordo com as autoridades marroquinas, aproximadamente 2.476 pessoas foram feridas, enquanto centenas permanecem desaparecidas. Nesta segunda-feira (11), equipes de resgate de Marrocos e de outras nações se mobilizaram intensamente em busca dos desaparecidos, concentrando seus esforços principalmente na província de Al Haouz, o epicentro do terremoto. No sábado (09/09), o país anunciou um período de três dias de luto nacional, enquanto líderes de diversas nações expressaram suas condolências a Rabat em meio à tragédia. A Argélia reabriu seu espaço aéreo para permitir que aeronaves transportem ajuda humanitária e realizem operações de resgate para os feridos. Os dois países estavam sem ponte aérea por dois anos por conta de conflitos envolvendo a disputa pelo território do Saara Ocidental. O Banco Mundial declarou seu compromisso em fornecer todo o suporte necessário ao Marrocos devido à situação crítica. Segundo informações do The Guardian, a Espanha mobilizou um contingente de 86 socorristas e oito cães farejadores para auxiliar Marrocos em suas operações de resgate. O Reino Unido também enviou equipes de emergência com especialistas em resgate, equipes médicas e equipamentos. Além disso, no domingo à noite, um voo de ajuda humanitária do Qatar decolou da base aérea de Al-Udeid, localizada nos arredores de Doha, em direção a Marrocos. As autoridades tratam o momento atual como uma verdadeira “corrida contra o tempo” na busca por sobreviventes. Patrimônio Mundial da Unesco, a cidade velha de Marraquexe foi atingida e sofreu danos. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, até o momento não há informações de brasileiros mortos no desastre. google-newsfacebooktwitterwhatsapplinkedinshare