Caos na Argentina: país vive onda de saques em meio à tensão eleitoralFlipar|Do R723/08/2023 - 19h02 (Atualizado em 03/04/2024 - 16h11)twitterfacebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-Em profunda crise econômica e cenário político acalorado, a Argentina vive dias de terror. Uma onda de vandalismo e saques a supermercados e lojas se espalhou por várias cidades e chegou à capital Buenos Aires. Há relatos de roubos coletivos e prisões nas províncias de Córdoba, Mendoza, Neuquén, Rio Negro e na região metropolitana de Buenos Aires. De acordo com o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, foram registradas ao menos 150 ações coordenadas de saques nas áreas da periferia de argentina. A cidade de Moreno, na área da Grande Buenos Aires, registrou ataques em massa a comércio com participação até com crianças. A violência nas ruas acirrou os ânimos da disputa eleitoral. No dia 22 de outubro, a Argentina escolherá seu novo presidente. Os atos estariam sendo mobilizados por páginas nas redes sociais, segundo o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof. Gabriela Cerrutti, porta-voz da presidência, acusou contas na internet ligadas aos candidatos da oposição de incentivarem os saques. Os perfis apontados por Cerutti apoiam Javier Millei e Patricia Bullrich, os candidatos da direita com mais votos nas primárias do dia 14 de agosto. A versão governista é de que milícias digitais do O polêmico Milei, que se autointitula um Milei, que defende o fim do Banco Central e a dolarização da economia local, comparou as cenas de selvageria às vistas em 2001. Flipar Bullrich criticou o que considera omissão do presidente Alberto Fernández e sua vice Cristina Kirchner (ex-mandatária do país). Os saques são mais uma face da tremenda crise econômica vivida pela Argentina. A inflação anual ultrapassa os 100% e o peso só faz derreter em relação ao dólar. A desvalorização da moeda fez até brasileiros e uruguaios promoverem excursões apenas para fazer compras na Argentina. Sergio Massa, ministro da Economia e candidato situacionista à presidência, anunciou depois das primárias medidas para desbloquear empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). A desvalorização da moeda foi de 22% só nas últimas semanas. As estimativas mais pessimistas calculam que a Argentina baterá os 200% de inflação no ano. google-newsfacebooktwitterwhatsapplinkedinshare