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Maria do Caos
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Viagem romântica? Só se o sapo voltar a ser príncipe!

Sabe aquelas viagens megaplanejadas? Pois bem, era para ser um passeio a dois superespecial, mas o CAOS tomou conta de tudo e até um sapo resolveu tomar banho de banheira

Maria do Caos|Do R7 e Mônica Simões


Queria tanto um príncipe que acabei beijando um sapo
Queria tanto um príncipe que acabei beijando um sapo

E aí, Marias!!!

Mais uma semana começando, e claro que o caos vem com tudo para preencher cada espacinho dessa nossa "salinha particular", aqui no R7.

Amei receber as mensagens de vocês e fiquei muito feliz em saber que se identificaram com a história da terça passada. Às vezes, eu me pego pensando em como tudo acontece de forma meio sem explicação: quando pensamos que já aconteceu tudo, parece que algum tipo de consciência extramundo nos ouve e arremessa mais desafios. Já estou vacinada; afinal, sou a rainha do caos, mas é intrigante como as palavras têm poder. Me diz aí, vocês teriam coragem de dizer em alto e bom som: "Não falta acontecer mais nada!"?. Xiuuuuuu.... foi só brincadeira! Não falem não, Marias! Vai que acontece alguma coisa... vamos evitar.

Juro que, quando li a história da Maria de hoje, caí na gargalhada, claro, com todo respeito à situação, que não deve ter sido nada fácil. Mas, gente, sério... como pode ter tantas situações caóticas em uma única viagem? Até o príncipe virou sapo, e, quando digo isso, é de forma literal, Marias!

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Para melhorar (seria piorar, mas, quanto pior fica, mais divertida vai ficando a história, vocês vão sentir), quando nossa Maria sentia que uma luz no fim do túnel estava prestes a aparecer, a escuridão vinha e jogava raios na cabeça dela.

Então, aconcheguem-se e degustem cada detalhezinho dessa história, porque se é caos que vocês querem, é caos que vou entregar! (Imaginei uma risada de bruxa aqui!).

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"Dizem que nove meses de namoro é simbólico; na verdade, quem dizia isso era minha avó. Ela falava: 'A paixão dura apenas nove meses. Se passar disso, case, porque nada vai mudar!'. Bom, graças a essa frase, acreditei que, finalmente, tinha encontrado minha cara-metade, o grande amor da minha vida! Afff...

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Bom, para que essa data fosse comemorada de forma especial, resolvi comprar uma viagem daquelas beeeeem românticas, a dois, com direito a chalé nas montanhas, banheira de hidromassagem, champanhe e pétalas de rosas jogadas em cima da cama. Sei que para muitas isso pode soar brega ou até mesmo patético, mas, para mim, uma romântica incurável, é o ápice do amor — ou era, nem sei mais. Sim, Marias, porque, depois que contar tudo o que aconteceu durante quatro dias de imersão total no meio da natureza, talvez vocês acreditem nos nove meses declarados pela minha avó.

Conheci o Léo de uma forma inesperada: estava solteira havia três anos, isso mesmo, e não me sentia nada encalhada. Sempre soube curtir a vida, e, mesmo quando tudo não ia como o planejado, ainda sim conseguia fazer do limão uma limonada. Sabe como é? Pois bem, um belo dia, estava entediada com a vida e resolvi, não mais que de repente, instalar um aplicativo de namoro... xiiiii...

Comecei a olhar o cardápio humano e nada de atrativo: era cada descrição bizarra, que cruzes! Estava quase desistindo, quando passei por homem lindo, com covinhas no rosto, um olhar tão meigo. Me peguei suspirando por uma pessoa que nem conhecia, aí não tive dúvidas: era o meu super-like! Essa é uma expressão que usamos quando gostamos muito de alguém.

E adivinhem? Hummm... ele curtiu de volta! Aí, abrimos o bate-papo e conversamos por horas e horas e horas... As horas viraram dias, os dias viraram semanas, e nem preciso dizer que me apaixonei. E, no mês em que completaríamos os tais dos nove meses, ahhhh — vocês já sabem, Marias.

Bom, joguei palavras meio desconexas para buscar o lugar ideal para viver uma experiência suuuuperemocionante com o homem dos meus sonhos. O site me deu várias opções, e eu acabei escolhendo uma cidadezinha no meio do nada. Achei que seria romântico ficarmos no meio da natureza, cercados pela mata, pelos animaizinhos, sem contar as estrelas, a lua e aquele visual de tirar o fôlego (e tirou mesmo!).

Bom, reservei a pousada, e o que me chamou a atenção era que o chalé ficava beeeem afastado dos outros. Como queríamos privacidade, topamos esse mesmo. Pelas fotos, parecia tão lindo, e era mesmo! Tinha uma banheira redonda, com vista panorâmica para a vegetação. Fiquei imaginando que seria delicioso mergulhar em espumas e sais de banho. Admirar borboletas flutuando em meio ao ar quase rarefeito, porque para mim tudo passaria bem devagar, quase em câmera lenta. Imaginei que poderia enxergar os mosquitinhos batendo aquelas pequenas asinhas e sorrindo para mim. Essa divagação toda de mulher apaixonada. Quem nunca, Marias?

Com o Léo, me sentia diferente, sei lá, era como se milhares de vaga-lumes tivessem invadido minha mente, porque tudo ficava iluminado quando ouvia aquela voz e olhava para aqueles olhos redondos iguais a duas jabuticabas maduras.

Ohhhh, Mariaaaaa!!!! Já arrumou a mala?

'Ai, meu Deusssss!!! O que eu vou levar???? Tá frio? Tá calor? E se nevar?'

Calma, Maria! Respira, Maria!

Estamos no Brasil, na primavera, impossível nevar.

Arrumei a mala, e a cada cinco minutos decidia que tinha que mudar o look. Ai, gente, sério! Isso também acontece com vocês? Eu sou superindecisa e nunca sei o que levar em uma viagem.

Bom, acabei levando tudo. TUDO MESMO! Duas malas gigantes e outra só de sapatos.

Tá, eu sei que estava indo para o meio do mato, mas nunca se sabe, né?

O Léo passou aqui em casa e ele estava apenas com uma mochilinha. Imagina o susto que ele levou? Achou que estivesse de mudança.

Colocamos o endereço no GPS, e logo de cara já veio um problema! O aplicativo não reconheceu a rua. Tentamos outro, e nada. Tivemos que ligar para a pousada, e a gerente compartilhou a localização em tempo real. Acho que, desde o início, o universo estava me enviando sinais de que não deveria ir de jeito nenhum! Mas, como toda Maria, ignorei to-dos!

Seguimos viagem, o Léo no volante e eu falando na cabeça dele durante todo o caminho. Ahhh, esqueci de mencionar, o tal do chalé tinha um espaço gourmet na frente, com churrasqueira e tudo mais. Imaginem, Marias... claaaaaro que eu carreguei o carro de carne, linguiça, pão de alho, queijo... Como isso poderia dar certo? Champanhe com churrasco? Oi????

Estávamos no meio da rodovia curtindo uma musiquinha quando de repente a voz do GPS fala:

'Vire à esquerda'.

Mas como virar à esquerda? Não tinha nada à esquerda a não ser uma entradinha meio estranha, toda cheia de lama e bem estreitinha. O Léo disse:

'Acho que temos que entrar aqui'.

Eu surtei. Como assim entrar em um lugar que nem mesmo o carro passaria? É, o Léo não me ouviu, deu seta e simplesmente entrou. O resultado? Ahhhhhhh...

Ficamos atolados no meio da lama, sem sinal no celular, GPS falhando e uma rota toda maluca. Eram 20 km no meio da selva! Por sorte, um homem com um trator passou e acabou nos ajudando. Ai, gente, fomos rebocados até a pousada. Olha aí, mais um sinal!

Tudo bem, tudo bem. O Léo estava de bom humor e nem reclamou, enquanto eu fingia sanidade. Bom, chegamos, fizemos o check-in e seguimos para o chalé.

Ahhhh, esqueci de um detalhe suuuuperimportante. Levei minhas cachorras também. É, eu sei que não se deve levar doguinhos em uma viagem a dois. Não dá certo! Mas só sei disso agora, tá?!?

Ajeitamos nossas coisas no quarto, na cozinha, na sala, no banheiro... Ocupei todos os cômodos. Aí, tive a brilhante ideia de querer usar a banheira para relaxar um pouco a tensão da viagem. As instruções eram claras. Diziam: 'primeiro encha a banheira, depois use a função hidromassagem para esquentar a água'. Óbvio que não segui as recomendações e acionei a hidromassagem com pouca água. O disjuntor caiu.

Junto com o disjuntor, uma tempestade também apareceu e, de mãos dadas com ela, a energia desapareceu daquele lugar. Em um primeiro momento, acreditei que seria gostosinho. Aquele negócio de luz de velas e tudo mais. Porém, a energia demorou três dias para voltar, e eu só no desespero. Não tinha o que fazer, e as cachorras só latiam, a chuva não parava. O Léo, em um rompante, resolveu abrir a porta para elas darem uma voltinha.

A voltinha delas foi um desaparecimento de uma hora e quase 15 infartos. Berrei, chorei, me joguei no rio e nada de elas aparecerem. O Léo já não estava me suportando, e eu só conseguia pôr a culpa nele.

Até que, do alto de uma rampa, surgiu uma delas, toda molhada. A outra veio em seguida, e até hoje não sei por onde elas andaram. Talvez foram abduzidas, usadas como experimento de alienígenas e, hoje, estão com chip na cabeça.

Não surta, Maria!

Durante esse tempo todo, ficamos com as portas escancaradas, e Marias, vocês sabem o que dizem sobre portas abertas no meio do mato? Não preciso nem dizer, né?

A energia voltou, e eu estava megaestressada. Propus ao Léo que, finalmente, experimentássemos a banheira e prometi que dessa vez faria tudo certinho. Bom, o Léo respondeu com uma sacudida de cabeça e ele mesmo foi resolver nosso banho.

Fiquei na sala meio decepcionada. O Léo estava estranho, acho que foi muito estresse para poucos dias. Sabe aquela história de que quando estamos com a cabeça cheia não enxergamos nada à nossa frente? Isso aconteceu com o Léo.

Ele disse: 'Hidromassagem, ok'. Sim, desse jeito, animadão, só que não.

Quando entrei no banheiro e olhei para a espuma... Vi umas bolhinhas diferentes meio esverdeadas, uma coisa borbulhante, cintilante e que fazia 'frog frog frog'...

Vou parar aqui um pouquinho para vocês entenderem a minha situação. Estava com o homem dos meus sonhos em um chalé lindo, no meio da natureza, com uma banheira de hidromassagem gigante... Mas o universo não queria que aquilo desse certo e mandou uma estrada de terra esburacada, uma tempestade, falta de energia, sumiço das minhas filhinhas de quatro patas e agora, adivinhem?

'LÉOOOOOOOOOOOOOOOOO, TEM UM SAPO NA BANHEIRA!!!!!!!!!!!!!!'

Bom, definitivamente, aquele relacionamento só daria certo se o sapo voltasse a ser príncipe.

Voltamos para casa sem nos falar, terminamos, e o Léo me procurou depois de 15 dias para me convidar para um retiro de casal — no meio da natureza —, disse que seria bom para a nossa conexão.

Nããããããããããããão!!!!!"

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Mariaaaasssss, só tenho uma coisa a dizer sobre essa história: sigam os sinais do destino, eles nunca falham! Vivam e sorriam para a vida. Façam belas e deliciosas limonadas!

Se você tiver uma história muito doida, mande para mim, vou adorar transformar os seus momentos em nossos e colocar um tiquinho de caos no roteiro. Prometo que será só um pouquinho! Chama lá: @monicasimoestv.

Até a próxima semana.

Um beijo, Marias.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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