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Odebrecht nega doação para desfile da campeã Beija-Flor

Carnavalesco da escola de samba disse que empreiteiras ligadas à Lava Jato financiaram enredo

Carnaval 2015|Do R7

Beija-Flor se sagrou campeã do carnaval 2015 com enredo polêmico
Beija-Flor se sagrou campeã do carnaval 2015 com enredo polêmico Beija-Flor se sagrou campeã do carnaval 2015 com enredo polêmico (ANTONIO SCORZA/AFP)

A empreiteira brasileira Odebrecht emitiu uma nota oficial nesta quinta-feira (19) para negar que tenha patrocinado o desfile da escola de samba Beija-Flor, de Nilópolis, campeã do Carnaval 2015 no Rio de Janeiro. A empresa é uma das investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura supostas irregularidades em contratos com a Petrobras.

A agremiação teria recebido uma ajuda milionária de empresas brasileiras que atuam ou já tiveram negócios com o governo da Guiné Equatorial, governada pelo ditador Teodoro Obiang há 35 anos, para chegar ao topo da Sapucaí. Inicialmente, a suspeita era de que o governo da Guiné Equatorial tinha financiado o desfile, como noticiou ontem o R7.

A informação foi dada pelo carnavalesco Fran-Sérgio, integrante da comissão de Carnaval da escola, ao jornal carioca O Globo. Além da Odebrecht, outras duas empreiteiras — Queiroz Galvão e ARG — também teriam contribuído com a grana usada pela Beija-Flor neste ano. A Queiroz Galvão também estaria envolvida nos negócios da Petrobras investigados na Lava Jato.

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No comunicado, a Odebrecht informou que “não patrocinou” e que “nunca realizou obras na Guiné Equatorial”.

— A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro. A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014.

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Por sua vez, o governo da Guiné Equatorial emitiu uma nota oficial nesta quinta-feira (19) por meio da qual informou que “a iniciativa da homenagem à Guiné Equatorial não partiu do Governo da Guiné Equatorial, nem da Presidência da República. Trata-se de uma iniciativa de empresas brasileiras que operam na Guiné Equatorial, em conjunto com a escola Beija-Flor. Uma iniciativa que apoiamos”.

Ainda segundo o comunicado, assinado pelo Ministério da Informação, Imprensa e Rádio da Guiné Equatorial, houve apenas um reforço no “material para o espetáculo, assim como informação sobre nosso país, sua arte e cultura”. O país confirma ainda que dançarinos do Balé Nacional da Guiné Equatorial, “Ceiba”, também participaram do desfile.

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A reportagem do R7 procurou a Queiroz Galvão e a ARG, mas, até o fechamento desta reportagem, elas não retornaram. 

O R7 também entrou em contato com a assessoria da Beija-Flor sobre a informação de que construtoras brasileiras teriam patrocinado o Carnaval da Escola, mas a agremiação optou por não fornecer os nomes das empresas patrocinadoras do Carnaval.

A multinacional Andrade Gutierrez, que também foi citada como uma suposta patrocinadora, esclareceu ao R7 "que não deu qualquer tipo de patrocínio ou apoio financeiro ao enredo da Beija-Flor sobre a Guiné Equatorial".

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