Na estreia de "Elysium", Alice Braga conta como é ser latina e atuar em Hollywood

Atriz brasileira revela detalhes da produção, que ainda conta com Wagner Moura no elenco

Cinema|Do R7

20/09/2013 - 02h25 (Atualizado em 20/04/2024 - 11h33)

Desde 2006, quando participou do filme mexicano Só Deus Sabe, Alice Braga vem construindo uma carreira respeitável no cinema internacional. Em Hollywood, a atriz já participou de filmes como Eu Sou a Lenda (2007), Predadores (2010), O Ritual (2011) e agora é uma das estrelas de Elysium, ao lado de Matt Damon, Judie Foster, além do brasileiro Wagner Moura. Ao R7, a atriz revela se sofreu preconceito no cinema americano e entrega algumas curiosidades dos bastidores de Elysium. Veja nas próximas imagens

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Texto e entrevista: Thiago Calil, do R7

Elysium se passa em 2159, quando a Terra se tornou um lugar impróprio para se viver. Superlotada, poluída e com condições precárias de moradia, apenas os pobres continuam no planeta. Não por acaso, a língua escolhida para retratar a vida na Terra é o espanhol. É assim que os americanos enxergam os latinos? Alice diz que não.

— O Neill (Blomkamp, diretor e roteirista de Elysium) é muito politizado. Ele é um sul-africano que cresceu com o apartheid. Ele escreveu a história baseada nas observações dele. Ele não colocou os latino-americanos na Terra por preconceito

A atriz garante que nunca sofreu nenhum tipo de preconceito em Hollywood por ser brasileira.

— Nunca.
Pelo contrário. Nunca passei por nada nem parecido. Não fui descriminada por ser latina.

Para continuarem com as mordomias, a elite passa a viver em Elysium, uma estação espacial onde ninguém envelhece ou fica doente. As casas são todas mansões e o padrão de vida é confortável. O idioma local é o francês.

— O francês foi uma coisa que a Jodie Foster trouxe, ela que quis. Mas é um filme que tem uma lupa sobre a realidade hoje em dia

Elysium marca a estreia de Wagner Moura em Hollywood. O ator é amigo de Alice Braga desde quando os dois contracenaram em Cidade Baixa, em (2005). A atriz se sentiu orgulhosa em dividir as telas com o astro de Tropa de Elite fora do país.

— Reencontrar o Wagner foi muito emocionante. Por Cidade Baixa
ser um filme muito forte, foi ali que eu saquei o que era atuação. Além de
ser um ídolo, ele é um irmão de vida. Ver ele chegar onde chegou foi muito
emocionante. É bom ver alguém ter a chance de mostrar a sua paixão em outro
país

Wagner Moura conquistou a crítica internacional com sua atuação em Elysium. Alice Braga agora espera que o ator tenha o mesmo tipo de repercussão positiva no Brasil.

— Espero que as pessoas assistam Elysium para o ver o Wagner, ver o que ele trouxe para o filme

Alice Braga passa boa parte de Elysium segurando a atriz mirim Emma Tremblay, que interpreta sua filha no filme. O problema é que a criança de sete anos pesava 25 kg, o que rendeu cenas engraçadas de bastidores.

— Eu tinha que fazer alongamento todo dia. Ela é forte. Eu olhava para o Wagner e ele ria. Ele me encontrava e falava: “E a gorda”?

Alice Braga relembra que a atriz mirim foi crescendo durante a produção do filme. E, com isso, ficando mais pesada

— Nos filmamos durante cinco meses e ela
foi mudando. Era uma criança de sete anos. Foi crescendo. O pior foi na
refilmagem, um ano depois.

Eu falava para o Wagner: “cara, ela está muito pesada”. Ela pesava 25 kg. Na refilmagem, já estava com 30 kg. Ela tinha crescido

A atriz revela ainda que ficou muito próxima de Emma Tremblay para que a criança realmente sentisse afeto por ela, como uma filha deveria sentir.

— Ela é um doce. A gente ficou colada. Ficamos desenhando no estúdio. Ela
tinha que ter muita confiança, porque eu realmente a carregava. Ela não podia
estar se segurando em mim, ela tinha que estar caída

Desde 2006, quando participou do filme mexicano Só Deus Sabe, Alice Braga vem construindo uma carreira respeitável no cinema internacional. Em Hollywood, a atriz já participou de filmes como Eu Sou a Lenda (2007), Predadores (2010), O Ritual (2011) e agora é uma das estrelas de Elysium, ao lado de Matt Damon, Judie Foster, além do brasileiro Wagner Moura. Ao R7, a atriz revela se sofreu preconceito no cinema americano e entrega algumas curiosidades dos bastidores de Elysium. Veja nas próximas imagens Veja todas as estreias da semana nas telonas Texto e entrevista: Thiago Calil, do R7