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Escritora Lygia Fagundes Telles morreu aos 103 anos, e não aos 98, indica documento

Pesquisador analisou a certidão do primeiro casamento, com o jurista Goffredo Telles, firmada em 17 de abril de 1947

Entretenimento|Do R7, com Agência Estado

Escritora morreu no último dia 3 de abril
Escritora morreu no último dia 3 de abril Escritora morreu no último dia 3 de abril

A escritora Lygia Fagundes Telles, morta no último domingo (3), tinha, na verdade 103 anos, revelou o genealogista Daniel Tadonne.

O pesquisador analisou a certidão do primeiro casamento de Lygia, com o jurista Goffredo Teixeira da Silva Telles, firmada em 17 de abril de 1947, e a identidade da autora.

Nesses documentos, consta que a autora nasceu em 19 de abril de 1918, e não 1923, como foi repercutido. Questionada, a Academia Brasileira de Letras se omitiu, alegando que a escritora gostava de manter discrição com relação à idade.

Lygia é autora de obras importantes e famosas da literatura brasileira, como Porão e Sobrado (1938), Ciranda de Pedra (1954), Verão no Aquário (1964), Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977), Mistérios (1981) e As Horas Nuas (1989).

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Era a quarta filha de um promotor público (Durval de Azevedo Fagundes) e de uma pianista (Maria do Rosário Silva Jardim de Moura). Mostrou interesse pela escrita desde muito cedo. Com a ajuda do pai, publicou seu primeiro trabalho, Porão e Sobrado.

Dois anos mais tarde, entrou na Escola Superior de Educação Física, em São Paulo. Também se formou em direito, no largo de São Francisco. Ainda muito jovem, conviveu com Hilda Hilst, Mario de Andrade e Oswald de Andrade.

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Em 1947, casou-se com o jurista Goffredo Teixeira da Silva Telles, com quem teve um filho, Goffredo da Silva Telles Neto. Separou-se em 1960 e, em 1963, casou-se com Paulo Emílio Sales Gomes, crítico de cinema e professor.

As Meninas, um de seus livros mais conhecidos, foi lançado em 1973 e deu a Lygia alguns prêmios importantes, entre eles o Jabuti. Como consequência de seu trabalho, em 1987 a escritora entrou para a Academia Brasileira de Letras, onde ficou com a cadeira de número 16. Em 2005, ela ganhou o prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra.

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Leia o texto que acompanha o post de Tadonne

"Hoje morreu Lygia Fagundes Telles. Sua genealogia nos mostra que a grande escritora guardava um segredo: ela era 5 anos mais velha do que dizia. Partiu hoje aos 103 anos e não aos 98 anos como todos os meios de comunicação e até a Academia Brasileira de Letras imaginam.

Lygia foi registrada no cartório de registro civil de Santa Cecília (São Paulo SP) em 23 de abril de 1918 com 4 dias de idade. Poucos dias depois foi batizada na paróquia da Consolação em 3 de maio de 1918.

Casou-se com seu primeiro marido, Goffredo Teixeira da Silva Telles, em 17 de abril de 1947, 2 dias antes de completar 29 anos. No registro de casamento sua data de nascimento é clara: 19 de abril de 1918.

A pesquisa genealógica muitas vezes revela dados e fatos escondidos há décadas. A análise dos registros de fonte primária pode desafiar nossas crenças.

Quem nunca desvendou alguns segredinhos com o auxílio da genealogia?" 

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