O que o plano de governo de Lula prevê para a cultura
'A cultura é uma dimensão estratégica do processo de reconstrução democrática do país', diz documento assinado pelo petista
O plano de governo do presidente Lula, eleito neste domingo para cumprir o mandato a partir de 2023, é genérico em relação à cultura.
No documento entregue pelo PT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula afirma que “a cultura é uma dimensão estratégica do processo de reconstrução democrática do país e da retomada do desenvolvimento sustentável”.
“Defendemos amplo direito à cultura, com o fortalecimento das instituições culturais e a recomposição do financiamento e do investimento, criando condições para a qualificação, ampliação e criação de políticas culturais, das condições de vida e de trabalho no mundo da cultura, dinamizando a economia da cultura, potencializando processos criativos, fortalecendo a memória e a diversidade cultural, valorizando a arte, a cultura popular e periférica, garantindo a plena liberdade artística e, assim, qualificando as relações sociais por meio do fomento a valores civilizatórios e democráticos”, afirma o presidente eleito no documento.
O plano de governo ainda defende “a implantação do Sistema Nacional de Cultura e a adoção da política de descentralização de recursos para Estados e o maior número possível de municípios, além de políticas para reestruturar a cadeia produtiva cultural, severamente prejudicada durante a pandemia e duramente perseguida pelo atual governo”.
Lula deve recriar o Ministério da Cultura, que foi rebaixado a secretaria no governo Bolsonaro. Hoje a pasta, comandada por Hélio Ferraz, está dentro do Ministério do Turismo.
"Eu quero que vocês saibam que nós vamos recuperar o Ministério da Cultura e vamos criar comitês estaduais de cultura para que a cultura se transforme em uma coisa para que todo mundo tenha acesso, para que a cultura se transforme em uma indústria de produzir emprego e de gerar renda. Quem tem medo de cultura é quem não gosta do povo, é quem não gosta de liberdade, é quem não gosta de democracia, e nenhuma nação do mundo será uma verdadeira nação se não tiver liberdade cultural, e o país vai recuperar sua cultura", afirmou Lula em discurso para apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, após a vitória.