Avril Lavigne fala sobre doença que a tirou dos palcos: "Tratamento deve durar uns nove meses"
Cantora foi diagnosticada com Doença de Lyme, que afeta o sistema imunológico
Pop|Do R7

Avril Lavigne passa por uma fase difícil depois de ter sido diagnosticada com Doença de Lyme, geralmente causada pela mordida de um carrapato. Os sintomas da doença podem parecer o de uma gripe, só que são mais fortes. Dores no corpo, fadiga e crises de vômito estão entre os sintomas, impedindo que a pessoa faça até mesmo coisas cotidianas.
Em entrevista para a revista Ability, Avril falou sobre seu tratamento e sobre seu atual estado de saúde.
— Eu estou bem, é um processo lento. Eu estou em tratamento há meses e ainda tenho mais alguns para continuar. Em breve devo ter uma recuperação 100% e isso vai ficar para trás. Minha médica disse que eu estou melhorando muito mais rápido do que deveria. Estou muito agradecida, porque eu tive a doença por sete meses antes do tratamento. Muitas pessoas têm Lyme por anos e precisam ser tratados durante anos. No total, meu tratamento deve durar uns nove meses. Essa experiência tem me dado tempo e perspectiva. Vou sair disso mais forte e com mais conhecimento.
A cantora dá detalhes de seu complicado diagnóstico. Ela conta que sabia o que tinha de tanto pesquisar na internet e de ouvir a opinião dos amigos, mas que não foi nada fácil ouvir da boca dos médicos.
— Foi um processo frustrante e longo, mas o tempo todo eu sabia o que tinha. Eu fui parar em pronto-socorros, me consultei com inúmeros médicos e especialistas e ninguém me dizia o que era, mas eu dizia "eu sei que é Lyme" e eles respondiam "Não, as pessoas não pegam isso". Finalmente, visitei um especialista em Lyme e fiz o teste correto. Foi um alívio finalmente ter a resposta.
O tratamento também não é fácil, segundo Avril, já que é preciso tomar inúmeros antibióticos.
— A picada do inseto se transforma em múltiplos organismos. Você precisa tomar diferentes antibióticos para matar estas várias formas, porque é um inseto inteligente que muda. Não dá para ser apenas um antibiótico. Eu estou tomando alguns especialmente receitados para mim, as pessoas devem sempre procurar seus médicos.
Ligada à filantropia há muito tempo, ela agora se dedica à sua própria fundação e também escreveu a música Fly, tema das Olimpíadas Especiais.
— Desde o começo da minha carreira, a fundação Make-A-Wish me dizia que tinha gente querendo me conhecer e eu ia a hospitais para ver essas pessoas que estavam doentes ou tinham alguma deficiência. Era muito emocionante e me fez querer começar a minha própria fundação. Todos os anos, no meu aniversário, fazemos uma campanha para arrecadar fundos. No ano passado, quando fiz 30 anos, nós arrecadamos dinheiro para que 30 atletas pudessem participar das Olimpíadas Especiais. Eu escrevi a canção inspiracional Fly há alguns anos para a minha fundação. É sobre elevar as pessoas e dizer para elas não desistirem, não importa o quão difícil sejam as coisas. No Itunes, toda a arrecadação com as vendas da música vão para as Olimpíadas Especiais. Eu gravei um vídeo para a música, no qual os atletas são as estrelas. Estamos negociando para que eu faça uma apresentação no evento também.
Avril finaliza a entrevista fazendo um balanço e falando de alguns novos projetos, como sua empreitada nos cinemas.
— Eu estou entre 80% e 85% melhor. É um processo e eu posso ver uma luz no fim do túnel. Minha saúde é minha prioridade, mas eu me senti bem o suficiente para gravar uma música nova há algumas semanas. Eu tenho até projetos no cinema. Fãs desenharam camisetas vendidas para apoiar a Fundação Lavigne e as Olimpíadas Especiais. Você não pode deixar obstáculos te derrubarem, você precisa se manter positivo e continuar procurando pelo melhor, que é, como vocês sabem, o slogam das Olimpíadas Especiais.