Assassino de John Lennon tem 14º pedido de liberdade condicional rejeitado
Mark David Chapman, hoje com 70 anos, teve mais uma solicitação de liberdade condicional rejeitada pela Justiça de Nova York
Bang Showbiz|Do R7
O assassino de John Lennon (1940-1980) teve seu pedido de liberdade condicional negado pela 14ª vez. Em dezembro de 1980, Mark David Chapman matou a tiros o cantor dos Beatles em frente ao edifício Dakota, onde o músico morava em Nova York, nos Estados Unidos. Condenado em agosto do ano seguinte a cumprir de 20 anos à prisão perpétua, o homem segue atrás das grades mais de quatro décadas após o crime que chocou o mundo.
O Departamento Estadual de Correções e Supervisão Comunitária de Nova York informou que Chapman, hoje com 70 anos, participou de uma audiência da junta de condicional em 27 de agosto, mas o pedido foi novamente rejeitado. A transcrição da sessão ainda não foi divulgada para a imprensa.
Em audiências anteriores, o detento disse reconhecer a gravidade de seu crime. Em 2022, ele declarou que estava plenamente consciente de seus atos. "Não vou culpar nada nem ninguém por me levar até lá. Eu sabia o que estava fazendo, e sabia que era errado, sabia que era perverso, mas eu queria tanto conquistar fama que estava disposto a dar tudo e tirar uma vida humana", disse na ocasião.
Na época, os magistrados negaram o pedido, afirmando que "o mundo sofreu para se recuperar do vazio que ele criou".
Chapman viajou do Havaí a Nova York para cometer o assassinato. Horas antes de atirar contra Lennon, que tinha 40 anos na ocasião de sua morte, o criminoso chegou a pedir um autógrafo do recém-lançado álbum "Double Fantasy".
Em 2012, durante outra audiência, Chapman contou que hesitou antes de apertar o gatilho. "Não foi totalmente a sangue frio, mas em sua maior parte foi. Eu realmente tentei me convencer a ir embora. Peguei o álbum, podia levá-lo para casa, mostrar para minha esposa, tudo ficaria bem. Mas eu estava tão compelido a cometer aquele assassinato que nada me afastaria daquele prédio", relatou.
Atualmente, ele cumpre pena no Green Haven Correctional Facility, presídio de segurança máxima no estado de Nova York. Sua próxima oportunidade de solicitar progressão de regime será apenas em fevereiro de 2027.
O ex-assistente pessoal de Lennon, Dan Richter - que trabalhou com o músico e sua esposa, Yoko Ono, entre 1969 e 1973 -, avalia que falhas de segurança contribuíram para o crime. O ex-funcionário disse acreditar que o artista não deveria ter usado a entrada principal do edifício Dakota naquela noite.
"Aquela porta era um ponto perigoso. Você pode identificar e evitar isso. E havia uma porta lateral que ele poderia ter usado", afirmou em entrevista ao jornal Daily Telegraph.