Mancha Verde faz jus à história de Mário Lago
Escola palmeirense homenageou o centenário do sambista e escritor
Carnaval 2013|Thiago Calil, do R7

Terceira escola a desfilar na madrugada de sábado (9), a Mancha Verde levou para a avenida uma homenagem ao sambista e escritor Mário Lago. A agremiação destacou a pluralidade cultural do artista e fez uma apresentação à altura da biografia de seu personagem.
A comissão de frente, um dos principais destaques da escola, foi batizada com uma das frases de Mário Lago: “Eu não fico na calçada para ver o desfile passar”. A coreografia era uma estátua viva rodeada de sambistas. No meio do caminho, ela se levantava e mostrava que também tinha samba no pé.
No abre-alas e nas primeiras alas, uma homenagem aos avôs de Mário Lago. Os ritmistas representavam os malandros da Lapa, bairro da boemia carioca. Aliás, todos os personagens clássicos da boemia estavam representados no segundo carro da escola.
Veja fotos do desfile da Mancha Verde
Bombeiros apagam incêndio em abre-alas da Mancha
A Mancha Verde mostrou os primeiros passos dele como escritor, como folião do Cordão do Bola Preta e como autor de teatro. No terceiro carro, o Cassino da Urca e uma enorme Carmem Miranda, umas das estrelas que se apresentavam no espaço.
As canções clássicas de Mário Lago, como Amélia e Aurora, não ficaram de fora, assim como radionovelas e peças de teatro de autoria do artista. Na quarta alegoria, Rolança do Tempo, retratou o autor e sambista como um personagem sempre antenado em seu tempo. As principais telenovelas das quais Mário Lago participou estavam no último carro, como Barriga de Aluguel, Dancing Days, O Tempo e o Vento, entre outras.
Novamente, um dos pontos fortes do desfile da Mancha Verde foi a criação e o acabamento de suas alegorias. Outro destaque foi o próprio enredo da escola, que valorizou um grande ícone da cultura nacional. Para coroar o desfile, o bom samba que conduziu os foliões pela avenida.