Vai-Vai supera dificuldade do enredo e faz desfile empolgante
Escola homenageou os 50 anos da cidade de Paulínia
Vai-Vai|Thiago Calil, do R7
Tornar os 50 anos da cidade de Paulínia, na região de Campinas, em São Paulo, um tema interessante para o Carnaval foi o maior desafio que a Vai-Vai enfrentou em 2014. Por sorte o carnavalesco Chico Spinosa, que voltou para a agremiação neste ano, já tem experiência com esse tipo de missão.
A Vai-Vai entrou na avenida com a mesma vibração que já é tradicional da escola, uma das mais antigas de São Paulo. A riqueza das fantasias e das alegorias fez jus ao potencial da cidade homenageada.
O gigante abre-alas era formado por três carros acoplados, que somaram quase 70 metros de comprimento. A alegoria representou a fazenda que deu a origem a Paulínia, com direito a uma fonte com água de verdade.
O segundo carro foi dedicado ao polo petroquímico com uma grande refinaria de petróleo. No terceiro carro, uma marionete com mais de dez metros de altura representava um boneco andando e jogando bocha na avenida.
Pontos altos da cidade paulista, como a educação, o incentivo às artes e o teatro, vieram nos setores seguintes. O incentivo de Paulínia ao balé como forma de inclusão social levou bailarinas a sambarem na ponta do pé, mesmo com a pista molhada pela chuva.
Os filmes produzidos no polo de cinema de Paulínia, um dos mais importantes do País, foram lembrados nas últimas alas. Produções como Eu e Meu Guarda-Chuva, O Menino da Porteira e O Homem do Futuro. A alegoria de encerramento do desfile mostrou o festival de cinema da cidade. No lugar dos astros das telonas, componentes da Velha Guarda vieram em trajes de gala.
Como já é tradicional nos desfiles da Vai-Vai, é difícil não se contagiar com a escola na avenida. Mas o samba-enredo forte enfatizou mais ainda a tradição da agremiação do Bixiga.