Saiba como proteger o celular para sair nos blocos de Carnaval
Existem opções rápidas e práticas que evitam que o aparelho seja levado ou que, uma vez roubado ou esquecido, não haja prejuízo
Carnaval 2020|Mariana Morello, do R7*
Cerca de 15 milhões de foliões devem tomar as ruas de São Paulo neste Carnaval, ocupando a cidade com mais de 600 blocos entre o período que começou no último final de semana, se estende pelo feriadão, e só termina no dia 1º de março. A grande concentração de pessoas aumenta o risco de furtos e roubos, o que exige cuidados de quem não abre mão de levar o celular para a folia.
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É nesta época que os usuários de aplicativos de transporte mais esquecem objetos nos carros dos motoristas parceiros. O celular ocupa o topo da lista, de acordo com levantamento do Uber. Em segundo lugar, aparece carteira, seguida de chaves e óculos.
Mas ainda dá tempo de se proteger. Existem opções rápidas e práticas que evitam que o celular seja levado ou que, uma vez roubado ou esquecido, não haja prejuízo.
Seguros
Há seguradoras com opções de planos a preços acessíveis, que não possuem período de carência e podem ser cancelados depois de um mês de uso. Os polanos também permitem tanto a contratação como o cancelamento pelo próprio site ou aplicativo.
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Um dos serviços disponíveis sem cobrança de multas ou de franquia é o da seguradora Pier, que cobre furto simples e aceita aparelhos usados e sem nota fiscal. O serviço pode ser contratado pelo site e a aprovação normalmente acontece em instantes. Uma vez aprovado, o seguro começa a valer. O reembolso acontece, em média, em até 3 dias úteis.
Outra opção que prevê cobertura para roubo, furto qualificado e quebra acidental, é da seguradora Kakau. A contratação é feita online e o interessado não passa por aprovação. O contrato pode ser cancelado após um mês de uso. Os planos custam a partir de R$ 5, dependendo do modelo do aparelho. A empresa cobra franquia e só aceita aparelhos com nota fiscal.
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Thiago Grandino, de 31 anos, é comissário de voo e faz uso do seguro digital. "Cheguei à empresa por meio de um anúncio no Instagram. Quando fui roubado não tive problemas com a seguradora, o que demorou foi o cancelamento do IMEI que é feito pela operadora", conta. Thiago contratou o seguro ao comprar um aparelho novo e foi roubado cinco dias depois. O comissário recebeu o reembolso quatro dias após acionar a seguradora.
Doleiras e pochetes
O perfil Loira Gelada no Instagram dá diversas dicas para aproveitar ao máximo o Carnaval com segurança e respeito. Ana Luísa Pimentel, criadora da página, é apaixonada pela folia e conta que, de tanto frequentar os blocos, começou a ficar esperta e a adotar estratégias para curtir sem sofrer danos.
Ana Luísa reforça sobre a importância de manter "o celular e os pertences o mais próximo de você possível", uma estratégia contra as tentativas de furto simples ou qualificado. Para ela, as doleiras (aquelas bolsinhas junto ao corpo) são a opção mais segura. O folião pode guardar suas coisas e esconder a bolsinha por debaixo da roupa.
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Outra opção são as pochetes. A pessoa curte a festa com os braços livres e de olho na bolsa, que fica na frente do corpo. Porém, como ficam para fora da roupa é bom prestar atenção e sempre manter o zíper fechado. "Para reforçar a segurança dá também para prender o zíper com durex", indica a Loira Gelada.
Outra dica é usar um lacre de pão para prender o zíper na alça das bolsas, dificultando a abertura. Existe também opções de cordões de segurança que prendem o celular ao suporte do cinto e podem ser comprados na internet. A foliã e ritmista Ludmila Maia, de 40 anos, não coloca mais o celular no bolso. "Caiu [o celular] dentro do vaso sanitário. Recuperei, mas 'ele morreu' logo em seguida", lamenta.
Fiquei sem celular, e agora?
O especialista em tecnologia e inovação, Arthur Igreja dá algumas dicas técnicas do que fazer antes de sair para a folia. E também em caso de perda ou roubo.
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1 - É importante configurar o bloqueio de tela, seja por senha numérica, desenho, impressão digital ou reconhecimento facil (opção mais segura), e anotar o número do IMEI (que será usado para bloquear o aparelho em caso de roubo ou furto).
2- O usuário deve desinstalar aplicativos de bancos e desabilitar as senhas em perfis de redes sociais. Em caso de eventualidades, isso evita o vazamento dos dados pessoais.
3- Habilitar o aplicativo de localização que já vem com o aparelho, deixar o GPS ligado e manter a bateria carregada contribuem para rastrear o celular.
4 - Constatado o roubo ou furto e com todas as possibilidades de localização esgotadas, a indicação é bloquear definitivamente o aparelho e apagar tudo o que estava salvo nele. “Isso é possível fazer pelo perfil de usuário em uma conta Apple ou Google”, diz o especialista.
*Estagiária do Portal R7, sob a supervisão de Clarice Sá