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Convite | Estreia Lima Barreto, Ao Terceiro Dia

Teatro-X revisita história de um dos maiores escritores brasileiros em Lima Barreto, Ao Terceiro Dia, que estreia em julho no Centro...

Cartão de Visita|Do R7

Teatro-X revisita história de um dos maiores escritores brasileiros em Lima Barreto, Ao Terceiro Dia, que estreia em julho no Centro Cultural Olido

Dono de uma literatura militante e engenhosa, Lima Barreto (1881-1922) não apenas ficou conhecido como um dos maiores nomes da nossa literatura, como viveu às margens dessa sociedade racista e desigual que tanto combateu em suas obras. E a genialidade desse grande autor negro é visitada pelo grupo Teatro-X em Lima Barreto, Ao Terceiro Dia, com dramaturgia de Luís Alberto de Abreu e direção de Paulo Fabiano.

O espetáculo estreia em curta temporada no Centro Cultural Olido, na Sala Sala Paissandú, de 18 de julho a 3 de agosto, com sessões gratuitas, às sextas e aos sábados, às 19h30, e aos domingos, às 18h. 

A montagem trata do período em que o escritor e jornalista esteve em sua segunda internação no Hospício Dom Pedro II para tratar sua dependência de álcool e os problemas de saúde.  A peça é um mergulho poético e visceral nos pensamentos finais do autor. 


Na trama, aos 41 anos, durante o período em questão, Lima revive memórias de sua juventude e o processo de escrita de “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, que ele publicou como folhetim no Jornal do Commercio em 1911, e, mais tarde, em 1915, foi lançada em livro em uma edição bancada pelo próprio autor.

Entre delírios e a lucidez, ele fantasia encontros com os personagens que criou, como se eles próprios viessem cobrar, consolar ou confrontar seu criador. A peça ainda escancara as marcas de um Brasil racista, elitista e hipócrita que empurrou o autor à margem.


A trama é narrada em três planos: o do presente, no qual vemos Lima internado compulsoriamente em 1919 por alcoolismo; o do passado, quando ele escreve sua obra-prima; e o da ficção, no qual se desenvolvem trechos da história de Policarpo e outros personagens do autor. 

A ideia é propor um diálogo urgente entre passado e presente, revelando o abismo entre o gênio literário de Lima e o grave abandono e a falta de reconhecimento que ele sofreu em vida. Além disso, em consonância com a luta antimanicomial, o trabalho denuncia as internações em hospícios como forma de controle social, processo que vitimou uma massa de pessoas pretas, incluindo o próprio escritor.


Sobre Lima Barreto

Filho de um tipógrafo e de uma professora negros, Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881, no Rio de Janeiro, e era apadrinhado por Visconde de Ouro Preto, senador do Império. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas seis anos. 

Seus primeiros escritos começam cedo, em 1900, com registros de suas impressões sobre o Rio de Janeiro e da vida urbana em seu “Diário Íntimo”, publicado postumamente. Em 1905, começa a trabalhar na imprensa ao escrever reportagens publicadas no Correio da Manhã. Em 1907, torna-se secretário da revista Fon-Fon, que tinha grande circulação na época.

Em 1911, publicou em folhetim o romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma” no Jornal do Commercio. E essa obra tão importante para a literatura brasileira só ganhou formato de livro em 1915, em uma edição bancada pelo próprio autor. 

Por ser um homem negro e por conta de sua literatura combativa e suas críticas aos costumes, às hipocrisias e às desigualdades sociais, foi excluído da crítica literária e teve suas obras praticamente ignoradas. Marginalizado e vítima do racismo, sofreu com a desvalorização de seu trabalho, alcoolismo e depressão, que resultaram em duas internações em manicômios. Morreu em 1922, aos 41 anos, por conta de um colapso cardíaco. 

Além de “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, Lima Barreto escreveu outras grandes pérolas da literatura brasileira, como “Recordações do escrivão Isaías Caminha” (1909), “Numa e a Ninfa” (1915), “Clara dos Anjos” (1922/1948 - póstumo) e “Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá” (1919), além de contos, crônicas, memórias e correspondências e peças de teatro.

Ficha Técnica

Dramaturgo   Luis Alberto de Abreu

Direção   Paulo  Fabiano

Criação  de  Luz   Décio  Filho

Criação  Musical   Ivan  Silva

Operação  de  Luz   Flávia  Servidone

Criação de  figurino   Paulo  de  Moraes  e  Claudia  Mitsue  Petroff

Cenografia   Paulo Fabiano   

Cenotécnica  e  adereços   Eduardo  Mena  e  Emerson  Fernandes  

Produção  geral   Tamires  Santana e Andréia  Manczyk

ELENCO   Alda   Machado, Cléo  de  Moraes, Estefane  Barros, Paulo Fabiano, Baraúna, Ulisses  Sakurai, Jon  Marquez, Marcelo Sousa, Sérgio  Fabi, Airton Reno, Paulo de  Moraes e Rodrigo Cristalino SUBS  Ricardo  Sequeira e Valmir Santana

Preparação  Vocal    Gleiziane  Pinheiro

Preparação  corporal   Inês  Aranha

Criação  audiovisual  e  Fotografia   Alexandre  Mercki

Assessoria Tupi Guarani   Claudio  Vera

Assessoria  de  Imprensa   Pombo  Correio

Design  Gráfico  MANCZYK

Mídias  sociais   Jon Marquez

Entrevistados   Estefânia  Ventura, Eduardo  Silva, Luis  Alberto  de  Abreu e Rui Ricardo Dias

Agradecimentos   EMEI Regente Feijó: Andrea  Angelotti e Maria Bamonte ; Teatro Studio Heleny Guariba : Dulce  Muniz  e Roberto Sullivan

Sinopse

Internado em um manicômio, Lima Barreto revisita sua trajetória como jovem escritor enquanto escreve Triste Fim de Policarpo Quaresma. Entre delírios e lembranças, ele dialoga com seus personagens e enfrenta os fantasmas de uma sociedade que o marginalizou. Texto de Luís Alberto de Abreu, direção de Paulo Fabiano, realização do grupo Teatro-X.

Serviço

Lima Barreto, Ao Terceiro Dia

Classificação: 16 anos

Duração: 120 minutos

Centro Cultural Olido - Sala Paissandú

Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo

Temporada: 18 de julho a 3 de agosto de 2025

Às sextas e aos sábados, às 19h30; e aos domingos, às 18h

Ingressos: Grátis (Reservas antecipadas Sympla - link: Lima Barreto ao Terceiro Dia em São Paulo - Sympla  ) Distribuição de ingressos a partir de 1h antes do início do espetáculo *espaço sujeito à lotação

Capacidade: 139 lugares

Acessibilidade:  acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida (SIM) // Domingo, 03 de Agosto terá intérprete de libras

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