No novo EP Alta Vibração, OvelhaNegra e Pamelloza fazem um mergulho profundo e festivo no tropical
Trabalho celebra a fusão entre a música eletrônica e a riqueza rítmica afro-brasileira
Cartão de Visita|Do R7
Trabalho celebra a fusão entre a música eletrônica e a riqueza rítmica afro-brasileira

O produtor musical OvelhaNegra (Wagner Bagão) e a cantora Pamelloza lançam o EP “Alta Vibração”, um trabalho que aprofunda a proposta da estética sonora denominada amapiano tropical — fusão entre os beats sul-africanos do amapiano, elementos da house music e a riqueza rítmica e melódica da música afro-brasileira. Com quatro faixas, o EP está disponível em todas as plataformas digitais.
OvelhaNegra, figura veterana da música independente paulistana e criador do projeto Dubalizer, vem desde 2022 desenvolvendo esse novo conceito sonoro, unindo ancestralidade, música eletrônica e groove. Já Pamelloza, cantora da zona leste de São Paulo, traz sua voz potente e trajetória marcada pelo Hip Hop, Afrobeats e samba, trazendo uma identidade única para o trabalho.
“Alta Vibração” tem a participação de Lirys Catharina, em diálogo com o maracatu e os tambores da cultura popular brasileira; das teclas e sintetizadores de Fernando TRZ, com uma levada melódica e cheia de groove; o saxofone marcante de Jair Virgílio, adicionando uma camada jazzística; e traz as releituras de “Pode Parar” e “Chamejai”, singles de Pamelloza que ganha, nova roupagem, fundindo beats de amapiano e suingue brasileiro.
Gravado e produzido por Wagner Bagão, o EP reafirma o protagonismo de artistas negros na criação de novas estéticas dentro da música eletrônica brasileira. Ao mesmo tempo dançante e político, o trabalho é um manifesto sonoro sobre esperança, celebração e conexão com as raízes afro-diaspóricas.
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OvelhaNegra
Nascido na periferia da cidade de São Paulo, Wagner Bagão é um artista multifacetado, cuja jornada pelo mundo da música abrange seus papéis como produtor e engenheiro de som, juntamente com seus talentos em composição musical. A carreira de Wagner, começa em meados dos anos 90, levando-o a colaborar com uma série de artistas em diversos gêneros musicais, incluindo rock, reggae, rap e samba.
Em 2006, iniciou uma jornada criativa, dando origem ao projeto conhecido como "Dubalizer", dedicado à fusão do Reggae e Dub jamaicano com texturas de música eletrônica, com o qual lançou oito álbuns originais, colaborando com vários produtores, artistas e DJs a nível nacional e internacional. Em 2018, alterou sua trajetória criativa, concentrando-se na música urbana produzida nas periferias do Brasil e além. Nesse momento inicia a exploração de sons e ritmos originários da África, entrelaçando melodias e grooves de maneira harmoniosa com a música urbana brasileira.
No início de 2022, Wagner teve um encontro fortuito com o renomado produtor artístico, Béco Dranoff. Esse encontro levou a uma proposta para que Bagão contribuísse com remixes para dois projetos para o novo selo de Dranoff, "Brasil Discos" ‘Orixás Remixed’ e ‘Musidisc Remixed’.
Wagner Bagão agarrou a oportunidade e, dessa colaboração com Béco nasceu o projeto inovador OvelhaNegra que une habilmente ritmos africanos, como Amapiano, Kwaito e Kuduro, com batidas brasileiras, como Samba, Funk Tamborzão, e a variedade rítmica extraída de cerimônias religiosas de raízes africanas. Todas essas influências são harmoniosamente recombinadas com elementos da música eletrônica e psicodélica global.
Como produtor, músico e entusiasta apaixonado pela música originária do Brasil e do continente africano, a jornada de Wagner Bagão reflete uma exploração contínua de convergência cultural e rítmica. Sua música carrega a essência de dois mundos, entrelaçada em um cenário sonoro único e sem fronteiras.