Cinema Alê Abreu aposta em animação mais acessível no primeiro trabalho após indicação ao Oscar

Alê Abreu aposta em animação mais acessível no primeiro trabalho após indicação ao Oscar

'Perlimps', que estreou nesta quinta-feira (9) nos cinemas, é o novo filme do diretor de 'O Menino e o Mundo'

  • Cinema | Lello Lopes, do R7

Cena de 'Perlimps', animação brasileira dirigida por Alê Abreu

Cena de 'Perlimps', animação brasileira dirigida por Alê Abreu

Divulgação

Longe dos holofotes, a animação tem gerado alguns dos filmes mais interessantes do cinema nacional nos últimos anos. E o maior exemplo é O Menino e o Mundo, que conseguiu uma improvável indicação ao Oscar em 2016.

Alê Abreu, o diretor do longa, lança agora outro filme. Perlimps, que estreou nesta quinta-feira (9) nos cinemas brasileiros, é o seu primeiro trabalho desde que O Menino e o Mundo perdeu o Oscar de Melhor Filme de Animação para Divertida Mente.

Perlimps é um filme bem mais acessível que o antecessor, seja na história, seja no estilo de animação. Na trama, Claé e Bruô são agentes secretos de reinos rivais. Em pouco tempo eles descobrem que precisam trabalhar juntos para enfrentar um inimigo em comum.

Se em O Menino e o Mundo a jornada do garotinho Cuca em busca do pai nos leva a um mundo moderno, solitário e opressor, em uma animação que lembra o clássico francês Planeta Fantástico, em Perlimps a história é mística e pessoal, mas apresentada de uma maneira mais convencional.

Os perlimps são criaturas misteriosas capazes de encontrar um caminho para a paz em tempos de guerra. E são eles que guiam Claé e Bruô até uma improvável amizade numa história que, acima de tudo, fala sobre as coisas realmente importantes que deixamos para trás quando crescemos.

O filme tamném reserva algumas boas surpresas, como uma hilária participação de Stênio Garcia como o João-de-Barro e a bela trilha sonora, assinada por André Hoso, do grupo Barbatuques.

No fim, Perlimps deve agradar aos pequenos com o seu visual ultracolorido e história de fácil compreensão. E deixar os adultos com uma boa reflexão sobre sua criança interior.

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