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Após 50 anos, mistério de Jimmy Hoffa, que inspirou filmes de Hollywood, ganha nova teoria

Nova hipótese sugere que líder sindicalista, desaparecido em 1975, foi assassinado pela máfia e teve corpo destruído em uma salsicharia

Cinema|Do R7

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Nova teoria sugere que Jimmy Hoffa foi assassinado pela máfia de Detroit e teve seu corpo destruído em uma salsicharia.
  • Hoffa, líder sindical influente, desapareceu em 1975 após um encontro com mafiosos que se opunham ao seu retorno ao poder.
  • De acordo com a nova hipótese, seu corpo teria sido moído e incinerado para não deixar rastros.
  • O FBI continua investigando o caso, que permanece aberto quase 50 anos após o desaparecimento de Hoffa.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Jimmy Hoffa foi oficialmente declarado morto em 30 de julho de 1982, mas o corpo dele nunca foi encontrado Divulgação/Teamsters

Quase 50 anos após o desaparecimento do líder sindicalista Jimmy Hoffa, em 30 de julho de 1975, uma teoria apresentada na última quarta-feira (23) aponta que ele foi assassinado pela máfia de Detroit, nos Estados Unidos, e teve o corpo destruído de forma macabra.

Hoffa foi um dos mais influentes líderes sindicais dos EUA, à frente do poderoso sindicato dos Teamsters, que representava os caminhoneiros. Ele comandou a organização de 1959 a 1971, mas sua trajetória também foi marcada por laços estreitos com o crime organizado.

Isso porque Hoffa usava sua influência para negociar com a máfia, que se beneficiava de regalias, como o acesso ao lucrativo fundo de pensão do sindicato.

O mistério envolvendo o caso inspirou livros, documentários e até filmes de Hollywood, como “Hoffa - Um Homem, Uma Lenda” (1992), com Jack Nicholson, e “O Irlandês” (2019), dirigido por Martin Scorsese, com Al Pacino e Robert De Niro.


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Em 1975, após deixar a liderança do sindicato, Hoffa planejava retomar o controle. Essa ambição, no entanto, contrariava os interesses da máfia, que não queria perder sua influência sobre os Teamsters.

No dia de seu desaparecimento, Hoffa marcou um encontro com dois grandes nomes do crime organizado: Anthony “Tony Pro” Provenzano, da família Genovese, de Nova Jersey, e Anthony “Tony Jack” Giacalone, chefe da máfia de Detroit.


A reunião estava agendada para as 14h locais no restaurante Machus Red Fox, em Bloomfield Hills, Michigan. Por volta das 14h15, Hoffa, então com 62 anos, ligou para sua esposa, Josephine, do estacionamento do local, informando que ninguém havia aparecido.

Essa foi a última vez que se teve notícias dele. Hoffa foi oficialmente declarado morto em 30 de julho de 1982, mas o corpo dele nunca foi encontrado.


Nova teoria: um crime perfeito?

Na última quarta-feira, durante um evento na Faculdade Comunitária de Macomb, em Michigan, o escritor especializado em crimes Scott Burnstein, o ex-promotor federal Richard Convertino e Nove Tocco, ex-integrante da máfia, apresentaram uma nova teoria sobre o caso.

Segundo o jornal New York Post, eles afirmam que Hoffa foi assassinado pela família criminosa Tocco-Zerilli, de Detroit, em um crime que teria sido planejado para não deixar rastros.

De acordo com a teoria, Hoffa foi espancado pelo mafioso Anthony “Tony Pal” Palazzolo e levado para a Detroit Sausage Company, uma salsicharia controlada pela máfia. Lá, o corpo dele teria sido moído em um moedor de salsichas.

Os restos mortais foram, então, incinerados em uma empresa de descarte de resíduos em Hamtramck, ainda em Michigan, também ligada à máfia. Oito meses depois, essa empresa foi destruída por um incêndio suspeito, e hoje o local abriga um complexo prisional.

“Eles consideravam esse um crime perfeito — e, de muitas maneiras, foi mesmo. Eu só não acho que eles imaginaram que as pessoas ainda estariam falando sobre isso 50 anos depois”, disse Burnstein ao Post.

Segundo o autor, a família Tocco-Zerilli era conhecida pela discrição, diferentemente das máfias de Nova York ou Chicago, que buscavam mais visibilidade.

Outro possível motivo para o assassinato, segundo Burnstein, foram rumores de que Hoffa estaria colaborando com o FBI, a polícia federal dos EUA, como informante confidencial. “Os rumores começaram a se espalhar pelas ruas na primavera de 75”, disse o escritor.

Capa do filme "O Irlandês" (2019), que retrata teoria de assassinato de Hoffa Divulgação/Netflix

Décadas de buscas e teorias

O desaparecimento de Hoffa mobilizou o FBI, que designou centenas de agentes e gastou milhões de dólares em investigações, mas sem sucesso. Ao longo das décadas, diversas teorias surgiram, muitas descartadas pela agência. Entre as mais conhecidas, estão:

  • Everglades, Flórida: alegava-se que Hoffa foi morto por ordem de Provenzano, cortado em pedaços e jogado nos pântanos da Flórida. O FBI nunca encontrou evidências;
  • Estádio dos Giants, Nova Jersey: uma teoria de 1989 sugeria que Hoffa foi enterrado sob o gramado do antigo estádio. O FBI rejeitou a ideia e nem investigou quando o estádio foi demolido em 2010;
  • Casa em Detroit: Frank “O Irlandês” Sheeran, amigo de Hoffa, afirmou em 2003 que matou o líder sindicalista com dois tiros na nuca. A história inspirou o filme “O Irlandês”, mas o FBI descartou a teoria após testes de DNA; e
  • Fazenda em Milford, Michigan: em 2006, o FBI gastou US$ 265 mil em buscas em uma fazenda após alegações de que Hoffa havia sido enterrado no local. A apuração não trouxe resultados.

Ao New York Post, o FBI informou que o caso permanece aberto e pediu que informações confiáveis sejam enviadas à agência.

“À medida que o 50º aniversário do desaparecimento do Sr. Hoffa se aproxima, o Escritório de Campo do FBI em Detroit permanece firme em seu compromisso de buscar todas as pistas confiáveis”, disse Cheyvoryea Gibson, agente especial do FBI.

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