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Após invadir música e literatura, produções pornográficas tomam conta do cinema comercial

Don Jon e Ninfomaníaca são alguns dos filmes que chegam no embalo de 50 Tons de Cinza

Cinema|Do R7

Jon troca Scarlett Johansson por pornografia em "Don Jon"
Jon troca Scarlett Johansson por pornografia em "Don Jon"

Se na música triunfa o "pornô pop" graças a Miley Cyrus e Rihanna, e na literatura as sagas eróticas se multiplicam à sombra do "efeito Grey", o cinema não podia ficar atrás e isso parece estar provado com filmes recentes como Don Jon e Ninfomaníaca

Enquanto as salas de cinema entram em decadência, o conteúdo erótico e/ou pornográfico se infiltra no cinema convencional a reboque de 50 Tons de Cinza, cuja adaptação cinematográfica, dirigida por Sam Taylor Johnson, está causando frisson antes mesmo de começar a ser rodado. 

James Franco, Lars von Trier, Rob Epstein, Michael Winterbottom e Abdellatif Kechiche são alguns dos diretores que despontaram no mundo do cinema erótico com conteúdo, embora nem sempre o sexo seja explícito. Esse é o caso de Don Jon, na realidade uma comédia convencional com a pornografia como fio condutor: trata de um garoto (Joseph Gordon-Levitt), um autêntico Don Juan capaz de seduzir as mulheres mais belas, mas que não aproveita as relações de carne e osso, nem mesmo com a belíssima Scarlett Johansson, tamanha é a sua obsessão pelo pornô. 

Atores aparecem tendo orgasmos em cartazes do polêmico filme Ninfomaníaca


Veja um trecho de Ninfomaníaca

Sophie Charlotte se irrita com polêmica sobre suas cenas de sexo


O filme tem ainda uma pitada mórbida que fica a cargo de Julianne Moore, que retorna ao tema 16 anos depois de interpretar à sensual Amber Waves em Boogie Nights: Prazer Sem Limites. A versão original de Don Jon, lançada no último Festival de Sundance, tinha mais cenas pornográficas, mas o ator, que também foi o roteirista e o diretor do filme, passou a tesoura para poder conseguir a classificação indicativa apta para menores de 17 acompanhados de adultos. 

Já no Brasil o filme estreou no Festival do Rio desse ano, com salas lotadas em todas as seções, sob o título de Como Não Perder Essa Mulher e chega aos cinemas comerciais no próximo mês de dezembro. 


Muito mais escandaloso, e não era para menos, é esperado o próximo filme de Lars von Trier, que, depois de ter sido declarado persona non grata no Festival de Cannes por dizer que era simpático a Hitler durante a apresentação de Melancolia, em 2011, gerou uma expectativa muito maior agora. Eis que o dinamarquês traz dessa vez Ninfomaníaca, que conta a história de uma mulher, interpretada por Charlotte Gainsbourg, que conta suas experiências eróticas para um homem que a salva depois de uma briga. E, para tanto, nada melhor do que ele estrear na terra natal do diretor, a Dinamarca, no dia de Natal, apesar de ainda não ter data para chegar ao Brasil.

O fato de ter duração superior a cinco horas não facilita muito sua a distribuição. O que já está sendo adiantado, desde o último dia 10, são os pôsteres individuais do filme em que o elenco aparece tendo orgasmos. Nomes como Uma Thurman, Stellan Skarsgård e Willem Dafoe são alguns dos atores do filme que está sendo definido como um "drama pornográfico" pela revista The Hollywood Reporter e terá cenas de sexo explícito, conforme disse Shia LaBeouf, um dos atores em recente entrevista. 

Do sempre inquieto James Franco e do especialista em cinema gay Travis Mathew, nasce Interior. Leather Bar. Polêmico e inédito no Brasil, o filme abrirá a 21ª edição do Festival MIX Brasil de Cultura da Diversidade em São Paulo e no Rio de Janeiro, que acontece em novembro nas duas cidades. Trata-se de uma releitura de Parceiros da Noite, de 1980, estrelado por Al Pacino e do qual, supostamente, foram cortados 40 minutos de sadomasoquismo entre homens para que o filme não recebesse a classificação de pornô. 

Protagonizado pelo ator Val Lauren, o longa é um misto de documentário e ficção com cenas reais de sexo gay. A contribuição do ator californiano não para por aí, já que Franco também deu vida ao fundador de Playboy Hugh Hefner em Lovelace, a cinebiografia dirigida por Rob Epstein sobre a estrela do pornô Linda Lovelace, interpretada por Amanda Seyfried. 

Outra biografia que foi parar no cinema é O Olhar do Amor, a visão do cineasta britânico Michael Winterbottom sobre Paul Raymond, o magnata que ergueu um império de clubes de strip-tease e revistas no Reino Unido na década dos 60. 

A combinação "biografia + sexo" parece mesmo estar em alta. Após viver uma paixão lésbica em Azul é a Cor Mais Quente, o diretor Abdellatif Kechiche revelou que entre os projetos que tem em mente há um roteiro sobre a vida de Marilyn Chambers, uma atriz pornô famosa por protagonizar o que foi considerado um dos primeiros filmes do tema com uma história: Atrás da Porta Verde, de 1972. 

Outra modalidade é a que mistura sexo com tecnologia em formato "thriller". Para essa surgiu o nome do estilista Marc Jacobs que estreou no cinema no ano passado como empresário do sexo cibernético em Disconnect. Nacho Vigalondo também segue essa linha. Ele escolheu a ex-estrela do cinema adulto Sasha Grey para protagonizar Open Windows, uma trama de intriga sobre roubos de identidade e perseguições virtuais atualmente em fase de pós-produção.

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