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Crítica: 'Podres de Ricos' aborda tradição e família em boa comédia

Trazendo a nova realidade dos ricos asiáticos, filme retrata a dualidade de valores contemporâneos com a milenar cultura oriental

Cinema|Caio Sandin, do R7

O casal protagonista de Podres de ricos
O casal protagonista de Podres de ricos

Quase toda comédia romântica é igual, certo? Protagonistas se conhecem, enfrentam dificuldades juntos, se separam por um período e, no fim, têm seu final feliz. O que diferencia uma história da outra é o pano de fundo e o carisma dos atores.

Podres de Rico, que estreia nesta quinta-feira (25), não foge completamente a esta regra, mas se estabelece como um ponto fora da curva ao apresentar, fugindo de preconceitos, o novo oriente, em que os milionários enviam seus filhos para estudar e conhecer a cultura no ocidente, mas ainda fincam suas raízes nas milenares tradições passadas de avô para pai e daí para filho.

E demonstrando para certos produtores que adoram transformar todo e qualquer personagem em branco pela “falta de atores orientais”, todo o elenco do longa faz parte da comunidade asiática, sendo descendentes ou nascidos por lá. E, por sinal, todos estão muito bem, conquistando as gargalhadas do público ou até as lágrimas em certos momentos da trama.

Luxo é uma constante no longa
Luxo é uma constante no longa

Na história, o casal central, interpretados por Constance Wu e Henry Golding, vive uma vida normal em Nova York até terem de ir a um casamento na terra natal do rapaz. Em meio a esta viagem, a moça descobre que seu namorado escondia sua família milionária e que, ao chegar lá, terá de enfrentar a rigorosa mãe do ‘mocinho’(Michelle Yeoh) e toda a sorte de familiares e amigos mesquinhos, que acham que ela não passa de mais uma interesseira estrangeira. O trio citado acima cativa a audiência e tornam a trama real, protagonizando conflitos atuais que envolvem gerações distintas e a eterna batalha do novo com o tradicional.


À princípio, o longa parece uma grande propaganda de Cingapura, com seus belos monumentos e moderníssimos arranha-céus, muito bem aproveitados pela equipe de design de produção, que também é magistral nas cenas internas gravadas em mansões luxuosas. Mas com o desenrolar do filme, tramas mais profundas e densas se mesclam às cenas cômicas e entregam algo a mais, tratando com a complexidade necessária as relações entre membros da família, casais e tradições.

O filme, como um todo, é muito bem dirigido e consegue conduzir as emoções dos espectadores de maneira muito eficaz, trazendo às lágrimas alguns espectadores ao fim da projeção. Assim como a protagonista, toda a equipe de produção sabe muito bem jogar o jogo e são capazes de ganhar qualquer espectador mais sisudo, como em uma boa partida de Mahjong. Eu acho.


Ficha técnica:

Ano: 2018


Classificação: 12 anos

Duração: 2h01 min

Direção: Jon M. Chu

Roteiro: Peter Chiarelli, Adele Lim, Kevin Kwan

Elenco: Constance Wu, Henry Golding, Michelle Yeoh, Gemma Chan e Ken Jeong

Fotografia: Vanja Cernjul

Produtores: Nina Jacobson, John Penotti e Brad Simpson

Música: Brian Tyler

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