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Filme sobre violência policial me abalou, diz John David Washington

O ator, que é filho de Denzel Washington, disse ter ficado abalado quando se preparava para personagem em "Monsters and Men"

Cinema|Rollo Ross, da Reuters

John David disse ter ficado abalado durante preparação para personagem
John David disse ter ficado abalado durante preparação para personagem

LOS ANGELES (Reuters) - Como um norte-americano negro, o ator John David Washington não desconhece a violência e o racismo. Mas Washington, filho do também ator Denzel Washington, disse ter ficado abalado quando se preparava para interpretar um policial de Nova York que se envolve na morte a tiros de um homem negro desarmado no filme Monsters and Men.

"Acompanhei rondas de policiais durante cerca de um mês, e foram noites insones para mim. Vi um homem ser baleado e quase sangrar até morrer. Isso foi no meu primeiro dia", disse Washington à Reuters Television sobre sua pesquisa para o papel.

"Vi coisas sobre as quais não quero falar muito, mas com as quais vou conviver para sempre. Mas depois pensei que eles vivem assim o tempo todo. E como você se desliga disso? Como vai a um churrasco de família depois de ter feito um turno de 12 ou 13 horas vendo pessoas morrerem baleadas?", indagou.

Monsters and Men, que estreia nos cinemas dos EUA na sexta-feira (28), tampouco tem respostas fáceis.


Título mais recente de uma série de filmes inspirados pelas mortes de homens e mulheres desarmados causadas por policiais, que provocaram tumultos e protestos em massa em cidades norte-americanas, o longa dramatiza um destes incidentes e mostra seus efeitos em três negros que moram no bairro nova-iorquino do Brooklyn.

Anthony Ramos vive um pai jovem que filma uma das mortes com o celular e hesita em divulgar o vídeo, enquanto o personagem de Washington enfrenta o dilema de um erro de um de seus colegas e Kelvin Harris Jr. interpreta um jogador de beisebol adolescente que é politizado pelo acontecimento.


Monsters and Men incita as plateias a se fazerem perguntas semelhantes.

"O filme não é sugestivo. Ele escancara o que está acontecendo no nosso país neste momento, tanto positiva quanto negativamente", disse Washington, de 34 anos.


"Isso talvez só ajude a lançar algumas ideias ou alguns lembretes de como estamos divididos, então quem sabe inspiramos alguém a encontrar a solução e iniciar o diálogo".

As mortes provocadas por policiais e as relações raciais nos EUA também deram ensejo à série Seven Seconds, do Netflix, aos filmes Infiltrado na Klan e Ponto Cego, lançados em meados deste ano, e ao ainda inédito The Hate U Give.

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