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'Gosto de surpreender as pessoas', diz irmão de Stallone

Vida de Frank Stallone, do hit  'Far From Over', foi tema do documentário 'Stallone: Frank, That is', que venceu a 20ª edição do Beverly Hills Film Festival

Cinema|Eugenio Goussinsky, do R7

Frank é 4 anos mais novo do que Sylvester
Frank é 4 anos mais novo do que Sylvester

Subúrbio da Filadélfia à noite. O durão Rocky Balboa, com seu casaco de couro, touca de boxeador e passos descontraídos, caminha pela rua vazia. Para em uma loja de animais, mostra ternura ao brincar com um cãozinho na vitrine. Em seguida, cumprimenta um grupo de desocupados em torno de uma fogueira.

Frank elogia a música Eye of the Tiger
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Depois prossegue no ritmo de sua vida de lutador desconhecido, enquanto joga e pega uma bolinha, com o olho esquerdo roxo após pancada no treino, caminhando pelo bairro rumo ao seu destino mais imediato, a sua casa. Como quem, um dia, quer vencer mas não sabe de que maneira.

Ele atuou em 77 filmes
Ele atuou em 77 filmes

A cena estaria longe de ser a mesma se a trilha de fundo não fosse a suave e dançante Take You Back, que deu ritmo à atuação do protagonista Sylvester Stallone, no consagrado Rocky, de 1976, e é cantada por seu irmão mais novo, Frank, que também aparece, como um dos desocupados.


Mesmo em um filme de ficção, a cena retrata uma realidade para o cantor e ator Frank Stallone. Cada apresentação se tornou, ao longo do tempo, um desafio para ele mostrar que seu trabalho independe do estrelato do irmão mais famoso.

Uma das coisas que Frank, perto de completar 70 anos, diz mais gostar de fazer é subir em um palco e deixar admiradas as pessoas que só conhecem o seu irmão Sylvester, quatro anos mais velho.


"É por isso que sempre quero realizar shows. Quando as pessoas vão, não sabem o que esperar e ficam surpresas em ver a apresentação de Frank. Gosto de surpreender as pessoas", diz ao R7.

A vida do irmão mais novo do astro de Rocky e Rambo, entre outros, foi tema do documentário Stallone: Frank, That is (Stallone: Frank, É isso), que acabou de vencer a 20ª edição do Beverly Hills Film Festival, cujo presidente é o produtor Frederico Lapenda. O festival, apesar de ter o evento de entrega cancelado por causa da atual pandemia, não deixou de anunciar os vencedores nesta segunda quinzena de junho.


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O prêmio de Melhor Ator do festival foi para William Baldwin, no filme Talk, dirigido por Romuald Boulanger. O de Melhor Atriz foi para Olívia Dejonge, no filme Josie e Jack.

O de Melhor Filme Estrangeiro foi para Punch It, dirigido por Perrier Olivier, e o chamado Golden Palm Award ficou com Opeka dirigido por Cam Cowan. Já o de Melhor Documentário em curta-metragem foi para o 40 anos de Rocky, narrado por Sylvester Stallone e dirigido pelo texano Derek Johnson.

Carreira própria

O documentário sobre a vida de Frank retrata a jornada dele e apresenta aquilo que o artista sempre buscou mostrar: Frank Stallone não é apenas sombra do irmão. Pelo contrário, tem 77 filmes como ator, além de ter composto e interpretado mais de 200 músicas, com algumas premiações.

"O projeto do documentário demorou mais ou menos dois anos e meio, eu participei ao indicar e localizar as pessoas para serem entrevistadas, mas queria uma opinião sem influência. Não participei no momento em que as pessoas foram entrevistadas, não queria aparecer na produção para não influenciar", conta.

Desde jovem, Frank foi em busca de sua vocação musical, tendo, após participar de várias bandas, se tornado músico profissional com apenas 15 anos, em 1965. Dez anos depois, assinou com a RCA Records e gravou seu primeiro álbum. Sua primeira trilha foi mesmo em Rocky.

"Não tive problemas (em trabalhar com o irmão), procurei separar as coisas. E fiz o trabalho com facilidade, sabia que estava fazendo o que gostava e por isso não senti dificuldades", destaca.

Para ele, o prêmio no festival de Beverly Hills é um reconhecimento ao seu trabalho. O próprio nome do documentário, Stallone: Frank, That is, é uma maneira de dizer que ele considera ter motivos para se orgulhar de seu sobrenome.

"É um grande prazer ganhar este prêmio neste momento. Vivo a cerca de 1 milha (1,6 km) de Beverly Hills, é como ganhar um prêmio em sua cidade. Por causa da covid-19, outros festivais foram totalmente cancelados e fiquei muito feliz e agradecido com essa premiação. Não poder ir a nenhum evento para receber o prêmio e encontrar amigos é frustrante, mas é assim que as coisas estão agora", ressalta.

O auge de sua carreira, após também ter participado de alguns filmes da série Rocky e Rambo, como ator e como cantor, foi a interpretação do hit Far From Over, do filme Os Embalos de Sábado Continuam, com John Travolta, em 1983.

A música, também composta por ele, foi indicada ao Grammy e ao Globo de Ouro de 1984 e esteve entre as mais ouvidas dos anos 80.

"Aquela música mudou minha vida. Sempre fiz música, minha vida inteira é tocar. Me sinto mais cantor do que ator. E a letra deste sucesso é autobiográfica: 'Eu estou mal, mas estou longe de terminar... estou dando a volta por cima'. Quando a toco ou a ouço, ainda hoje, vejo o reconhecimento naquela época, a feição admirada das pessoas, é muito prazeroso. É uma música que marcou uma geração, como as de Saturday Night Fever, Rocky. Assim como Eye of the Tiger, é uma das grandes músicas da história do cinema", observa.

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Tendo iniciado a carreira basicamente como cantor de jazz, despertando a atenção de Frank Sinatra e Tony Bennett, ele acredita que sua transição para o pop foi natural.

"Eu era fã de Elvis, Frank Sinatra, The Beatles, The Everly Brothers, Nat King Cole. Gostava de todo o tipo de música. E sempre cantei vários estilos também. Mas a partir da atuação nas trilhas de Rocky e, principalmente com Far From Over, mudou muita coisa. As pessoas de certa forma me pré-julgavam antes de conhecer o meu trabalho", completa.

O prazer em surpreender as pessoas, no entanto, continua sendo uma busca diária. As gerações mudam e, para continuar despertando atenção é preciso lutar. Como fez Rocky, um Stallone em sua raiz. O trabalho, para Frank, independe da fama. Mas reconhecimento sempre é bom. 

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