Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Johnny Depp aparece pela 1ª vez após batalha judicial e dispara: 'Não preciso de Hollywood'

Ator é a estrela de 'Jeanne du Barry', filme que abriu o tradicional Festival de Cannes

Cinema|

Johnny Depp conversa com a imprensa no Festival de Cannes
Johnny Depp conversa com a imprensa no Festival de Cannes Johnny Depp conversa com a imprensa no Festival de Cannes

"Não penso em Hollywood, não me importa Hollywood, não preciso de Hollywood." Foi assim que o ator americano Johnny Depp se mostrou, contundente, em Cannes, nesta quarta-feira (17), ao ser questionado sobre o possível boicote que está sofrendo por parte da indústria de seu país após a batalha judicial que enfrentou contra Amber Heard.

O ator fez um retorno triunfante a Cannes — embora se recuse a usar a palavra "retorno" —, onde protagoniza o filme de abertura do festival, Jeanne du Barry, naquela que é sua primeira grande aparição pública após o encerramento do julgamento com sua ex-esposa Amber Heard, que o acusou de maus-tratos.

"Quando eles pedem para você sair de um filme — o ator foi removido das sagas Piratas do Caribe e Animais Fantásticos — porque há um monte de vogais e consoantes no ar, você se questiona", disse Depp à pergunta se tinha sido boicotado por Hollywood.

Mas acrescentou que não tem essa impressão, basicamente porque não pensa em Hollywood, e disse que, embora o mundo esteja passando por uma fase "estranha, curiosa", em que "todo mundo quer ser ele mesmo, mas ninguém é", ele se sente realmente "do outro lado".

Publicidade

"A verdade é a verdade", disse o ator, que lembrou que "durante cinco ou seis anos" leu muita informação sobre sua vida, "ficção contada de forma horrível e fantasiosa".

E sobre a campanha lançada por defensoras de Amber Heard, que pedem o encerramento do festival por convidar Depp e por "celebrar abusadores há 76 anos", o ator disse que sempre haverá quem não goste de sua presença em Cannes ou em um McDonald's.

Publicidade

"Há muita coisa sendo lançada a partir de computadores, de forma anônima. Acho que as pessoas deveriam pensar um pouco e se perguntar do que realmente se trata", disse.

O ator não teve escrúpulos em responder a perguntas pessoais, apesar de, ao chegar à entrevista coletiva — com 40 minutos de atraso e quando a equipe de filmagem já falava havia 20 minutos —, ter dito que sua apresentação perante a mídia não era para falar dele mesmo, mas do projeto da francesa Maiwenn, que dirige e coprotagoniza Jeanne du Barry, apresentado fora de competição.

Publicidade

Ele também se referiu aos inúmeros meios de comunicação que falam do seu regresso ao mundo do cinema com este filme. "Aparentemente, tive 17 retornos", brincou Depp, que garantiu que não foi "a lugar nenhum".

"Pode haver pessoas que pararam de me ligar por diversos motivos, por medo, mas a palavra retorno não faz sentido", refletiu.

Depp foi a estrela da coletiva de imprensa, assim como foi a estrela da noite de gala da apresentação do filme e no tapete vermelho que antecedeu a exibição. O ator foi recebido em Cannes como astro, mas em seu país tem uma imagem negativa que não consegue superar, apesar de ter vencido o processo por difamação contra sua esposa por tê-lo acusado publicamente de abuso.

Outra polêmica do filme é o fato de Depp interpretar o rei Luís 15 em vez de um ator francês. A esse respeito, Maiwenn afirmou que propôs o papel a "atores franceses" que adora, mas que finalmente decidiu alimentar seu desejo de que Depp interpretasse o monarca.

“Quando me reuni, ele conhecia enormemente a história da França”, disse a atriz e diretora, que teve um primeiro encontro com o ator em Paris, que durou 15 horas, no qual quase não falaram sobre cinema.

Para Depp, foi uma surpresa que lhe oferecessem o papel, mas ele aceitou e trabalhou muito no sotaque — o ator fala francês desde que foi casado com Vanessa Paradis.

Jeanne du Barry centra-se na história de amor entre Jeanne du Barry e Luís 15, apesar de, em um primeiro momento, o roteiro incluir muitos outros casos amorosos da cortesã até sua morte, guilhotinada na Revolução Francesa.

O resultado é um clássico filme de época que conta a história de amor entre a cortesã Jeanne du Barry (Maiwenn) e Luís 15 (Depp), que durou até a morte do monarca, apesar da oposição da família real.

Com boa parte do filme rodado em Versalhes e uma grande preciosidade formal, a história é divertida, bem construída e interessante, porque o que conta é verdadeiro. E o casal protagonista é convincente em seus papéis, embora falte força ao conjunto.

Falso Johnny Depp ataca novamente na internet

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.