O caso do tiro que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins continua a ter desdobramentos.
Agora, o marido de Halyna, Matt Hutchins, deu entrevista ao programa Today, para falar sobre sua revolta com o ator Alec Baldwin, que fez o disparo.
"A ideia de a pessoa segurando a arma, e que a fez disparar, não ser responsabilizada é absurda para mim", desabafou Matt.
Na visão de Matt, a arma carregada com bala de verdade não foi o único problema no set do filme Rust: "Há uma série de padrões da indústria que não estavam sendo postos em prática, e há múltiplos responsáveis por isso".
Baldwin discutiu o assunto em entrevista para o ABC News: "Alguém é responsável pelo que aconteceu, e eu não posso dizer quem, mas não sou eu".
Para Matt, ver o ator falando sobre o caso gerou ainda mais descontentamento: "Ao assistir à entrevista, senti tanta raiva. Eu tive raiva ao ver que ele falou da morte dela tão publicamente, de maneira detalhada, e sem aceitar nenhuma responsabilidade depois de ter descrito que a matou".
Leia também
O ator também disse à ABC News que a própria Halyne pediu a ele que apontasse a arma para ela, fora das câmeras.
"Quase parece que ele foi a vítima. E ouvi-lo culpar Halyna na entrevista e jogar a responsabilidade para outros, e ver que ele estava chorando sobre isso, eu pensei: 'Nós devemos realmente nos sentir mal por você, senhor Baldwin?'", questionou Matt.
A polícia de Santa Fé ainda investiga o caso. Ninguém foi preso ou acusado de nada até o momento. Matt revelou que a família vai "buscar justiça de todos os jeitos possíveis", mas que isso não trará Halyna de volta. "Mas talvez a memória dela possa ajudar a manter pessoas em segurança e impedir que algo do tipo aconteça novamente", opinou o marido da diretora.
Halyna também deixou um filho de 9 anos, chamado Andros. Matt falou sobre como foi contar a ele sobre a morte da mãe: "Eu tive que ser bem direto, porque eu ia buscá-lo e iríamos ao aeroporto para ir até Santa Fé, e eu não queria que ele pensasse que nós iríamos encontrar com ela e nos divertir juntos, elevar a esperança dele. Eu contei, enquanto estávamos sentados, que a mãe dele tinha sido baleada e estava morta. Ele, é claro, não acreditou de cara, não queria acreditar. Acho que esse é o tipo de notícia que você precisa dizer muitas vezes para acreditar. E, quando ele acreditou, nós choramos juntos".