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Morre na Itália a atriz sueca Anita Ekberg

Em La dolce vita, ela tornou a Fontana di Trevi um dos mais românticos cenários do cinema

Cinema|Do R7


Anita Ekberg também era modelo e fez história no cinema
Anita Ekberg também era modelo e fez história no cinema

A atriz que recusou a mudar seu nome, Anita Ekberg, morreu neste domingo (11), aos 83 anos, em clínica nos arredores de Roma.

Ela deixa na memória dos fãs a cena que ajudou a tornar célebre, em que contracenou com Marcello Mastroianni, no filme La dolce vita (A doce vida), na famosa cena em que se beijam dentro da Fontana di Trevi.

De fulgurantes olhos azuis, a sueca Kerstin Anita Marianne Ekberg (nome de batismo de Anita Ekberg) não era apenas a imagem da perfeição feminina, que a levou ao título de Miss Suécia em 1951.

Anita usou seus dotes femininos e o seu talento para se tornar uma "sex symbol" sueca dos 1960, chegando a dividir os holofotes com as grandes musas do cinema da época, como Sophia Loren, Brigitte Bardot e a compatriota Ingrid Bergman, ganhadora de três estatuetas do Oscar, duas como melhor atriz e uma como melhor atriz coadjuvante.


Viagem aos Estados Unidos

A trajetória de Anita no cinema foi consequência de sua carreira de modelo e miss. Ela se tornou, para os suecos, e em nível internacional, uma precurssora do que a estonteante Vera Fischer viria a ser para os brasileiros, poucos anos depois.


Nascida em Malmö, em 29 de setembro de 1931, Anita fez sucesso em desfiles por seu país, até sentir a necessidade de expandir as fronteiras de sua beleza. 

Viajou para os Estados Unidos, para participar do concurso de Miss Universo e o que parecia ser uma derrota, tendo "apenas" ficado entre as seis primeiras, acabou sendo o passaporte para sua entrada em Hollywood, já que o regulamento do concurso previa a assinatura de um contrato das finalistas com a Universal Studios.


Lá, o excêntrico produtor de cinema, Howard Hughes, também apaixonado por aviação, insistiu com a musa para que ela mudasse de nome. Sem querer se desvincular de suas origens, e de sua identidade, ela se recusou, dizendo algo como: "se eu ficar famosa, logo vão assimilar meu nome. E se não, de nada adiantará".

Sábias palavras de uma mulher de personalidade. E foi por estas características, após participar de alguns filmes nos anos 50, tendo substituído inclusive Marilyn Monroe na TV, que ela acabou escolhida pelo lendário diretor, Frederico Fellini, para o elenco de A doce vida, onde sua característica ousada e única deu vazão à personagem Sylvia Rank - atriz de Hollywood em busca de uma nova identidade para a carreira.

Beleza e talento

No filme, o personagem de Marcelo Mastroianni, um jornalista de origem humilde, de nome Marcelo Rubini, que acaba vivendo no ambiente glamouroso da Via Veneto, se interessa pelo perfil único da musa e vai desvendando sua história, se inteirando de seu mundo, até conhecê-la de perto, quando, no auge da noite, por iniciativa da moça, se banham nas águas da Fontava de Trevi, sob a lua prateada.

A cena diz muito também sobre o estilo da atriz, sobre a necessidade de insubordinação de sua beleza, na busca de ações surpreendentes e profundas. A áurea imprevisível e turbulenta, a propiciou uma vida sentimental agitada. Foram dois casamentos, com os atores Anthony Steel, entre 1956 e 1959, e Rik Van Nutter e uma relação com o magnata italiano Gianni Agnelli. Além de muitos corações partidos no rastro de sua sensualidade.

Depois de participar da obra-prima de Fellini, exibida em 1960, Anita ainda teve importantes papeis em outras produções, como Boccaccio '70, em que contracenou com Sophia Loren e Romy Schneider; Malenka, em que ela faz papel de uma vampira; e Intrivista, em que ela interpreta a si mesma.

Anita Ekberg morreu na Itália, país onde escolheu morar após deixar o cinema. Visitava pouco a Suécia. Pessoas próximas dizem que ela estava cansada e falida, vivendo às custas de donativos. O glamour havia passado, a pele estava desgastada, a saudade latejava. Mas algo nela ainda se manteve intacto. Era o brilho daqueles olhos azuis, que permaneceram na mesma tonalidade de quando, um dia, foram banhados em uma fonte pela luz da lua prateada.

Atriz escolheu a Itália para morar no final de sua vida
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