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Primeiro filme rodado na Amazônia é redescoberto após 100 anos

O documentário 'Amazonas, Maior Rio do Mundo', de Silvino Santos, havia sido roubado e foi reencontrado em um arquivo na República Tcheca

Cinema|Do R7


'Amazonas, Maior Rio do Mundo', de Silvino Santos, ficou desaparecido por cem anos
'Amazonas, Maior Rio do Mundo', de Silvino Santos, ficou desaparecido por cem anos

O documentário Amazonas, Maior Rio do Mundo, de Silvino Santos, foi redescoberto após passar cem anos desaparecido. O filme foi o primeiro rodado na Amazônia, mas nunca chegou a ser exibido no Brasil, pois foi roubado pouco após ser concluído, em 1918, e já na década de 1930 não havia mais vestígios da obra.

Uma cópia do filme foi redescoberta no início deste ano no Národní Filmový Archiv, uma cinemateca localizada em Praga, na República Tcheca. Especialistas brasileiros e italianos analisaram o filme e concluíram que se trata do até então desaparecido documentário.

Silvino Santos era português, mas passou boa parte da vida na região da Amazônia. O diretor é considerado um dos principais cineastas de não ficção do Brasil no começo do século 20. A obra mais famosa dele é No País das Amazonas, de 1922, que especialistas consideram uma tentativa de refazer o trabalho roubado anos antes.

Em uma autobiografia jamais publicada, Santos conta como Amazonas, Maior Rio do Mundo desapareceu. O documentário, filmado ao longo de três anos entre o Brasil e o Peru, foi roubado por um antigo colaborar do cineasta, Propércio de Mello Saraiva, que negociava a venda internacional da obra.

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Com o filme em mãos, Saraiva afirmou ser o diretor responsável pelo trabalho, o renomeou para Wonders of the Amazon [Maravilhas da Amazônia] e negociou a distribuição para a Inglaterra, onde o documentário foi exibido em um primeiro momento, e posteriormente teve uma boa recepção na Europa.

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Cerca de uma década depois do roubo, o filme não era mais encontrado. Foi somente após um século que um dos curadores da cinemateca tcheca desconfiou que a obra poderia estar catalogada de maneira errada, pois estava descrita como um filme dos Estados Unidos, de 1925.

A cópia foi analisada pelo especialista em filmes mudos Jay Weissberg, que soube ter em mãos um trabalho mais antigo do que lhe foi dito e que definitivamente não era dos Estados Unidos. Após diferentes análises, os pesquisadores concluíram que se trata de Amazonas, Maior Rio do Mundo.

Silvino Santos mostrou as paisagens, a natureza, o extrativismo e os povos da Amazônia em documentário
Silvino Santos mostrou as paisagens, a natureza, o extrativismo e os povos da Amazônia em documentário

Sávio Stoco, professor da UFPA (Universidade Federal do Pará), é um dos principais estudiosos do trabalho de Silvino Santos e acreditava que era impossível recuperar o documentário perdido. "É basicamente um milagre. Nós não tínhamos a menor esperança de que esse trabalho seria encontrado um dia", diz.

O filme é descrito como "imagens fascinantes das diversas paisagens da floresta amazônica e seus habitantes, incluindo algumas das imagens em movimento mais antigas dos indígenas do povo uitoto". Além disso, Santos registrou uma jornada pelo rio Amazonas com imagens da fauna, flora, de rituais indígenas e sequências mostrando a atividade extrativista na região.

Após cem anos, o documentário será exibido pela primeira vez no festival italiano Pordenone. Também há exibições planejadas para acontecer no Brasil e na República Tcheca ainda em 2023.

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