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Colecionador Gilberto Chateaubriand morre aos 97 anos

Dono de mais de 8.000 obras de arte por trás do Museu de Arte Moderna, ele morreu em sua fazenda, no interior de SP, de causas naturais

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Gilberto Chateaubriand morreu, aos 97 anos, de causas naturais
Gilberto Chateaubriand morreu, aos 97 anos, de causas naturais Gilberto Chateaubriand morreu, aos 97 anos, de causas naturais

O colecionador Gilberto Chateaubriand, cuja coleção soma mais de 8.000 obras de arte por trás do Museu de Arte Moderna, o MAM do Rio, morreu nesta quinta-feira (14), aos 97 anos, por causas naturais. Ele estava em sua fazenda, no interior de São Paulo, e deixa um filho único, Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand.

Nascido em Paris, em 1925, Gilberto era filho do empresário de comunicação Assis Chateaubriand (1892-1968), que, entre as décadas de 1920 e 1940, criou o primeiro grande império da comunicação no país, além de exercer forte influência política em todas as esferas do governo. Ele começou a sua coleção em 1953, aos 28 anos, com a tela Paisagem de Itapuã, de José Pancetti. Ao longo dos anos, foi montando pequenas coleções dentro de sua própria coleção. Depois de Pancetti, Carlos Scliar foi o segundo artista que o colecionador sempre acompanhou.

Gilberto Chateaubriand só soube que era filho de Assis aos 13 anos. Passaram-se outros quatro anos para ser legalmente reconhecido. Teve início então uma relação conflituosa que acabou chegando ao rompimento em 1961. A partir daí, começaram as acusações, de ambos os lados.

Como colecionador, montou um acervo exemplar, com cerca de 8.000 obras, no qual estão representados grandes momentos da arte nacional. Ao mesmo tempo, ele se tornou uma espécie de embaixador das artes brasileiras. Consciente de que um patrimônio cultural dessa dimensão não pode ficar restrito a quatro paredes, cedeu-o, em 1993, em comodato ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, potencializando de forma impressionante seu alcance. Fato que não reduziu em nada seu desejo de continuar buscando as obras que estão definindo os rumos da arte brasileira.

Para Chateaubriand, colecionar obras de arte era uma forma de mecenato. "Isso porque envolve necessariamente uma relação pessoal com a obra de arte. Não existem mecenas impessoais da mesma forma como existem investidores impessoais. É algo que você sabe ser fundamental para a sociedade, ou é melhor você deixar de lado", disse ao Estadão em 2001.

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