Ana Furtado fala sobre experiência com câncer: 'Por que não eu?'
Apresentadora mediou conversa sobre direitos das mulheres antes e depois do câncer de mama, durante o 6º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer
Famosos e TV|Do R7
Ana Furtado falou pela primeira vez diante de uma plateia sobre sua experiência com o câncer de mama, doença contra a qual ela revelou estar lutando em maio de 2018.
Na ocasião, ela já tinha feito a cirurgia para retirada do tumor. Esta semana, a apresentadora da Globo mediou uma conversa sobre direitos das mulheres antes e depois do câncer de mama, durante o 6º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer.
No início de sua apresentação, Ana disse que ao ler no resultado do exame que tinha um carcinoma ductal invasivo in situ procurou na internet para saber o que era. "Eu fiquei em choque, eu não sabia direito o que era, eu consultei o Google. O que é carcinoma? O que é isso que eu tenho que certamente não me pertence?", relatou no painel promovido pelo Instituto Avon.
Ela afirmou que, apesar do diagnóstico de uma doença, não se desesperou, mas acreditou na cura. A apresentadora chegou a se perguntar por que a doença a tinha afetado. "Até o dia em que eu entendi o 'por que eu' e me fiz outra pergunta: 'por que não eu?'. A partir daí, consegui entender vários propósitos novos para minha vida. Entendi que o câncer é uma ameaça, mas não é o fim, é o começo. O câncer não é o vilão, mas pode ser e é um grande professor. O câncer não é seu inimigo, mas pode ser seu principal agente transformador."
Com essa visão mais otimista e esperançosa, Ana Furtado disse que conseguiu traçar uma trajetória bem sucedida de cura durante as sessões de quimioterapia e radioterapia. "Atualmente, eu faço tratamento anti-hormonal e, se Deus quiser, em quatro anos estarei celebrando a minha remissão total do meu câncer de mama", disse.
A apresentadora também contou, pela primeira vez, que perdeu toda a sobrancelha, quase todos os cílios e 40% do cabelo devido às sessões de quimioterapia. "Só não perdi a guia da minha sobrancelha porque, antes de fazer a quimio, eu fiz a minha micropigmentação", disse.
Para evitar a queda intensa dos fios, ela usou a crioterapia, técnica de resfriamento do couro cabeludo que reduz a quantidade de quimioterápicos que atingem os bulbos capilares e provocam a perda de cabelo. A criação desse procedimento, aliás, foi inspirado no resfriamento de cerveja.
Ana disse que continuar trabalhando durante o tratamento ajudou a manter o foco na vida e não apenas na doença. Outra pessoa que seguiu trabalhando durante o tratamento contra o câncer foi a jornalista e influenciadora digital Karina Hollo. Ela também contou sua experiência no painel.
"Desde 2013 sou PJ [pessoa jurídica], então se eu não trabalho eu não recebo. Tomei a decisão de contar para pouquíssimas pessoas, vou ficar bem e vou trabalhar. O trabalho me ajudava a colocar o pé no chão e olhar para frente quando eu ficava nervosa, me ajudou a me manter focada na cura", relatou Karina.