Bob Dylan vai, enfim, receber o Nobel de literatura
Cantor estará na Suécia para dois shows e entrega será feita em cerimônia fechada
Famosos e TV|Do R7
Agora vai! Depois de uma longa espera, finalmente o cantor Bob Dylan receberá o Nobel de literatura de 2016. O anúncio foi feito pela secretária Sara Danius, que vai finalmente encontrar-se com Bob Dylan no fim de semana e a academia entregará então o diploma do Nobel e a medalha Nobel pelo Prémio Nobel da Literatura. O desfecho da novela do prêmio terminará pois Bob Dylan estará em Estocolmo para uma série de shows e a entrega será realizada em uma cerimónia "íntima" e sem jornalistas.
Num texto publicado no seu blog, Sara Danius escreve que não haverá uma palestra Nobel, como é tradição. A Academia vai marcar presença em um dos concertos de Bob Dylan na capital sueca. Há dois shows marcados em Estocolmo, dias 1 e 2 de abril, e um outro em Lund, no dia 9.
“A Academia tem razões para acreditar que uma versão gravada da palestra será enviada posteriormente à entrega do prémio", diz Sara. A referida comunicação, que pode ser um vídeo, uma canção ou uma mensagem em qualquer outro formato, é obrigatória para que o premiado receba formalmente não só o diploma e a medalha, mas também o cheque de oito milhões de coroas suecas (824 mil euros) a que corresponde o Nobel.
Esta semana, a Academia havia dito que Dylan sabia que, segundo as regras, teria até o dia 10 de junho para receber formalmente o prémio. Alegando problemas de agenda, o músico não foi à cerimónia oficial de entrega, realizada no dia 10 de dezembro de 2016. Desde que foi anunciado, em 13 de outubro do ano passado, o Nobel para o músico causou polêmica. Muita gente criticou a escolha dele para o prêmio de literatura e o próprio Dylan só se manifestou a respeito mais de duas semanas depois, quando aceitou a honraria.
Mais de cinco meses depois, só agora ele irá, de fato, receber o prêmio, o primeiro entregue a um nome cuja principal atividade é a música e a escrita de canções, sucedendo a escritores como José Saramago, William Faulkner, George Bernard Shaw ou Albert Camus, ou Jean-Paul Sartre (que o rejeitou).