Carlos Lombardi, sobre Pecado Mortal: "Um bom bandido é aquele que acha que é mocinho"
O autor de Pecado Mortal disse que tem mocinhos de bandidos “multifacetados”
Famosos e TV|Rodrigo Teixeira, do R7, no Rio

Carlos Lombardi, autor de Pecado Mortal, a nova superprodução da Record, foi categórico ao dizer que em sua trama não existe somente um protagonista. "Existem pelo menos dez", conta ele, que é da escola em que personagem bom é o personagem mau.
— Não existe um protagonista nessa novela. Existem pelo menos dez protagonistas, se você fizer uma conta apressada. Quem é a protagonista? Primeiro, eu não separo muito protagonista. Tem um estilo em fazer novela em que personagem bom é vilão. Respeito muito e são novelas muito bem sucedidas.
Lombardi diz seguir uma linha de autores de novela onde os mocinhos “levam” a história.
— Eu sou de uma escola do Maneco, do Benedito [Ruy Barbosa], do Geraldo Vietri, da Gloria Perez, quem leva as histórias são os mocinhos.
Para Lombardi, a ideia é distanciar os personagens de Pecado Mortal do maniqueísmo. Os bandidos "não vão salivar" nem os mocinhos serão "chatos".
— Os mocinhos são mais complicados, estou tendo fazer mocinhos e bandidos multifacetados. Que os mocinhos não sejam tão mocinhos assim, senão ficam chatos. E que os bandidos não salivem. Eu acho que um bom bandido é aquele que acha que é o mocinho. Eu não tenho uma história só, eu tenho um cruzamento de várias histórias.
O autor exemplifica a tese dos vilões com o personagem de Vitor Hugo, o delegado Picasso, que tem a certeza de que as atrocidades e crimes que pratica são coisas corretas de se fazer.
— Por exemplo, o Picasso. Eu gosto que o Picasso ache que aquele hippie grandão [Carlão], que está atrapalhando o caminho dele, se o errado. Ele pensa: “aquilo sim é um cara que não tinha nada que se meter nisso”, entendeu?
Pecado Mortal estreia no dia 25 de agosto, na Record.