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Décio Piccinini revela sofrer de síndrome que causa tremores 

'Não posso olhar para aquilo que estou fazendo, do contrário, eu tremo. É uma espécie de autocobrança', explicou o jornalista

Famosos e TV|Aurora Aguiar, do R7

'Não tenho o menor problema em falar sobre o assunto', disse o jornalista
'Não tenho o menor problema em falar sobre o assunto', disse o jornalista

Décio Piccinini é uma das figuras lendárias que compunha o impagável corpo de jurados do Show de Calouros, programa de auditório comandado por Silvio Santos entre 1977 e 1996. Ao lado de personagens cômicos como Aracy de Almeida e Pedro de Lara, o jornalista e apresentador avaliava a perfomance de candidatos que passavam por ali. Por ser exigente demais, acabou ganhando fama de implicante. "A ideia de prejudicar ou evidenciar um determinado calouro não era sinônimo de protagonismo na atração. Isso não existia. Obviamente, nós tinhamos opiniões diferentes e não precisava cutucar muito para que a gente discordasse a respeito das pessoas que se exibiam", contou ele, em entrevista ao R7

Não posso olhar para aquilo que eu estou fazendo. Se eu tiver que olhar para a xícara que eu estou te entregando%2C eu vou tremer. É uma espécie de autocobrança

(Décio Piccinini)

Mas nem tudo foi sempre divertido na vida de Décio Piccinini. Há quatro anos, o jornalista foi diagnosticado com um distúrbio neurológico chamado TE (tremor essencial). A síndrome provoca tremores involuntários e pode afetar diversas partes do corpo, sendo mais comum nas mãos e nos braços. "Eu tenho problema de ansiedade. Não posso olhar para aquilo que eu estou fazendo. Se eu tiver que olhar para a xícara que estou te entregando, eu vou tremer. É uma espécie de autocobrança", contou.

Frequentemente confundido com o Parkinson, o tremor essencial é uma doença que não tem cura e o quadro costuma se agravar com o passar dos anos. Amigos de Piccinini notaram os tremores do jornalista, no entanto, não tiveram coragem de perguntar o que se passava com ele. "Acho que isso está incomodando mais as pessoas do que a mim. Eu não tenho o menor problema em falar sobre o assunto", disse Décio, reafirmando não ter nenhum tipo de constrangimento pela condição.

Piccinini explicou ainda que, de acordo com um ortopedista consultado, a doença também tem a ver com a estrutura do carpo (conjunto de ossos dos membros anteriores). "No meu caso, não é a mão inteira que treme, são os polegares, direito e esquerdo. Daria para eu fazer um tratamento que me levaria a uma cirurgia ou então, partir para a fisioterapia. Mas eu ainda não me decidi por nenhum dos dois tratamentos."


Décio com os amigos Flôr, Sônia Lima, Wagner Montes, Elke Maravilha e Leão Lobo
Décio com os amigos Flôr, Sônia Lima, Wagner Montes, Elke Maravilha e Leão Lobo

Patrão de Pijamas

Na última semana, Décio Piccinini foi surpreendido por pelo patrão. Após quase dois anos afastado da TV por causa da pandemia, Silvio Santos apareceu nos estúdios da Anhanguera usando pijama. O modelo branco com estampa xadrez foi um presente do neto, Tiago Abravanel, que tem uma marca de roupas para dormir e costuma mandar as novidades para o avô. Silvio gostou tanto da lembrança que decidiu gravar o programa que leva o nome dele usando o modelito.


'Ninguém fica esse tempo todo como essa corda toda, com o público fiel que ele tem'
'Ninguém fica esse tempo todo como essa corda toda, com o público fiel que ele tem'

"Aquilo foi incrível. Eu não esperava. Ele me pareceu extremamente saudoso, nunca passou um ano e meio longe de um microfone. Então, ele voltou com a corda toda, alegre, falante... Foi muito legal ver volta dele."

Ainda sobre Silvio Santos, que em dezembro passado completou 90 anos, Piccinini se diz impressionado com os feitos do apresentador. "A longevidade dele como comunicador... Ninguém fica esse tempo todo como essa corda toda, com a audiência que ele dá, com o público fiel que ele tem", pontuou o jornalista, que não se arriscou a prever quais seriam os próximos passos de Silvio Santos agora: "Ele é sempre uma grande caixa de surpresa. Eu não tenho a menor ideia do que poder acontecer, o que me parece extremamente positivo".


À esq. Décio no final da década de 1970; à dir, quando recebeu o 1º Troféu Imprensa
À esq. Décio no final da década de 1970; à dir, quando recebeu o 1º Troféu Imprensa

Além de colecionar trabalhos na televisão, Décio também atuou no rádio e na mídia impressa. Se é um profissional realizado? "Acho que sim, quer dizer, realizado eu não sou, porque do contrário, o que eu estou fazendo aqui? Sempre há alguma coisa para se realizar", explicou o jornalista, que já entrevistou presidentes da república, governadores, empresários e mais um tanto de gente. "Obviamente já tirei tantas conclusões, já tirei tantas surpresas boas e tantas, mas tantas decepções, que eu prefiro ser supreendido. Eu adoro surpresas, então, que venha o dia de amanhã", acrescentou.

'Não quis saber de ir ao barbeiro, então, decidi deixar crescer', disse o jornalista
'Não quis saber de ir ao barbeiro, então, decidi deixar crescer', disse o jornalista

Magro e cabeludo 

A pandemia também trouxe mudanças no visual do apresentador. Ele emagreceu 10 quilos e deixou o cabelo crescer. "Eu, minha mulher e minha filha fazíamos caminhadas diárias de 50 minutos a 1 hora. Também levantei halteres para não perder massa muscular. Acho que me cuidei mais nessa época. Mas confesso que agora eu já relaxei um pouco e voltei a ganhar alguns quilos", contou Décio, aos risos. "Já o cabelo, eu estava meio saudoso daquele que usava quando comecei a trabalhar e não dependia da minha imagem. Usava os fios quase no meio das costas. Isso era final de 1975, 1976. Então, veio a pandemia e eu não quis saber de ir ao barbeiro e decidi deixar crescer", contou. 

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